Application of chitosan in the control of fungal infections by dermatophytes

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Lopes, Ana Isabel Ribeiro
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: eng
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.14/15868
Resumo: Os dermatófitos são um grupo de fungos que conseguem invadir as superfícies queratinizadas de humanos e outros animais e originar uma infeção - dermatofitose. Estas infeções são um importante problema de saúde pública e, para as controlar, é necessário terapia prolongada. No entanto, os medicamentos existentes parecem exibir efeitos secundários e o uso frequente e prolongado destes compostos é responsável pela existência de estirpes resistentes a antifúngicos, o que representa um risco potencial para o ambiente e saúde humana. Por isso, são necessárias novas drogas biocompatíveis para usos prolongados. O quitosano é um polissacarídeo catiónico e biocompatível que possui atividade antimicrobiana. Assim, o principal objetivo deste trabalho foi avaliar a atividade antifúngica do quitosano sobre alguns dermatófitos e algumas espécies de Aspergillus sp. Para isso, a concentração mínima inibitória dos quitosanos foi determinada e os resultados mostraram que o quitosano possui atividade antifúngica contra T. rubrum e M. canis, apresentando CMIs que variam entre 1.1 e 2.2 mg/mL. Para as espécies de Aspergillus, não foi possível determinar as CMIs do quitosano. A concentração mínima fungicida também foi obtida para os dermatófitos, apresentando os mesmos valores obtidos para as CMIs. Como os dermatófitos são responsáveis por infeções das superfícies queratinizadas, é preciso compreender se o quitosano exerce algum efeito na atividade fúngica. A análise de imagens de microscopia eletrónica de varimento mostou que o quitosano parece ter um efeito protetor do substrato usado, o cabelo, quando este foi infetado com dermatófitos. O estudo do efeito do quitosano na atividade enzimática usando protease K revelou uma atividade importante na prevenção da ação das proteases. O efeito do quitosano na degradação de queratina por M. canis e T. rubrum também foi estudado pelo teste da “keratinazure” e os resultados indicaram que a libertação de cor era menor quando o quitosano estava presente no meio de cultura. A análise microscópica da superfície da “keratin-azure” quando o quitosano estava presente no meio de cultura corroborou as conclusões anteriores porque a superfície da “keratin-azure” tratada com quitosano mostrou-se intacta, apesar da existência de estruturas fúngicas à sua volta. Com base nestes resultados, é possível concluir que o quitosano apresenta uma atividade antifúngica relevante contra os dermatófitos, mostrando-se uma alternativa promissora aos tratamentos comuns para a tinha.
id RCAP_a3382122ef1f9557111bbe09e8af4b9b
oai_identifier_str oai:repositorio.ucp.pt:10400.14/15868
network_acronym_str RCAP
network_name_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository_id_str
spelling Application of chitosan in the control of fungal infections by dermatophytesDomínio/Área Científica::Engenharia e Tecnologia::Outras Engenharias e TecnologiasOs dermatófitos são um grupo de fungos que conseguem invadir as superfícies queratinizadas de humanos e outros animais e originar uma infeção - dermatofitose. Estas infeções são um importante problema de saúde pública e, para as controlar, é necessário terapia prolongada. No entanto, os medicamentos existentes parecem exibir efeitos secundários e o uso frequente e prolongado destes compostos é responsável pela existência de estirpes resistentes a antifúngicos, o que representa um risco potencial para o ambiente e saúde humana. Por isso, são necessárias novas drogas biocompatíveis para usos prolongados. O quitosano é um polissacarídeo catiónico e biocompatível que possui atividade antimicrobiana. Assim, o principal objetivo deste trabalho foi avaliar a atividade antifúngica do quitosano sobre alguns dermatófitos e algumas espécies de Aspergillus sp. Para isso, a concentração mínima inibitória dos quitosanos foi determinada e os resultados mostraram que o quitosano possui atividade antifúngica contra T. rubrum e M. canis, apresentando CMIs que variam entre 1.1 e 2.2 mg/mL. Para as espécies de Aspergillus, não foi possível determinar as CMIs do quitosano. A concentração mínima fungicida também foi obtida para os dermatófitos, apresentando os mesmos valores obtidos para as CMIs. Como os dermatófitos são responsáveis por infeções das superfícies queratinizadas, é preciso compreender se o quitosano exerce algum efeito na atividade fúngica. A análise de imagens de microscopia eletrónica de varimento mostou que o quitosano parece ter um efeito protetor do substrato usado, o cabelo, quando este foi infetado com dermatófitos. O estudo do efeito do quitosano na atividade enzimática usando protease K revelou uma atividade importante na prevenção da ação das proteases. O efeito do quitosano na degradação de queratina por M. canis e T. rubrum também foi estudado pelo teste da “keratinazure” e os resultados indicaram que a libertação de cor era menor quando o quitosano estava presente no meio de cultura. A análise microscópica da superfície da “keratin-azure” quando o quitosano estava presente no meio de cultura corroborou as conclusões anteriores porque a superfície da “keratin-azure” tratada com quitosano mostrou-se intacta, apesar da existência de estruturas fúngicas à sua volta. Com base nestes resultados, é possível concluir que o quitosano apresenta uma atividade antifúngica relevante contra os dermatófitos, mostrando-se uma alternativa promissora aos tratamentos comuns para a tinha.Dermatophytes are a goup of fungi that can invade keratinized tissues of humans and other animals and produce an infection - dermatophytosis. Dermatophytic infections are an important public health problem and to control them a prolonged therapy is required. But, the existing drugs seem to exhibit side effects and the frequent and prolonged use of these compounds is responsible for strain resistance, representing a potential risk for the environment and human health. Because of this features, new drug biocompatible formulations for long term use are required. Chitosan is a cationic, biocompatible polysaccharide that possess antimicrobial action. So, the main objective of this work was to evaluate the antifungal activity of chitosan upon some dermatophytes (T. rubrum and M. canis ) and some Aspergillus (A. terreus, A. niger, A. flavus and A. fumigatus). For this, the MIC of chitosans was determined and the results showed that chitosan possesses antifungal activity against T. rubrum and M. canis, presenting MIC ranging from 1.1 to 2.2 mg/mL. For Aspergillus species, in the range of tested concentrations it was not possible to determine the chitosan's MICs. Minimum fungicidal concentrations were also obtained for both dermatophytes, corresponding in both cases to the values obtained for MIC. As dermatophytes are responsible for infections of keratinized surfaces, is crucial to understand if chitosan exert any effect on fungi activity. The analysis of SEM images showed that chitosan seems to have a protective effect of the hair (substract), when this was infected with dermatophytes. The study of the effect of chitosan on enzymatic activity using protease K showed an important activity in preventing proteases action. The effect of chitosan on keratin degradation by M. canis and T. rubrum, was also studied by keratin-azure test and the results showed that the dye release is reduced when chitosan is present in culture media. A microscopic analysis of keratin-azure surface when chitosan was present in the culture media corroborated the previous conclusion, because keratin-azure surface treated with chitosan showed no damage, despite the existence of fungal structures around them. Based on the obtained results, it´s possible to conclude that chitosan showed relevant antifungal activity against dermatophytes, which opens good prospects to chitosan as an alternative for the usual tinea treatments.Pintado, ManuelaTavaria, FreniVeritati - Repositório Institucional da Universidade Católica PortuguesaLopes, Ana Isabel Ribeiro2014-12-04T14:25:38Z2013-09-2520132013-09-25T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.14/15868TID:201493829enginfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-07-12T17:21:17ZPortal AgregadorONG
dc.title.none.fl_str_mv Application of chitosan in the control of fungal infections by dermatophytes
title Application of chitosan in the control of fungal infections by dermatophytes
spellingShingle Application of chitosan in the control of fungal infections by dermatophytes
Lopes, Ana Isabel Ribeiro
Domínio/Área Científica::Engenharia e Tecnologia::Outras Engenharias e Tecnologias
title_short Application of chitosan in the control of fungal infections by dermatophytes
title_full Application of chitosan in the control of fungal infections by dermatophytes
title_fullStr Application of chitosan in the control of fungal infections by dermatophytes
title_full_unstemmed Application of chitosan in the control of fungal infections by dermatophytes
title_sort Application of chitosan in the control of fungal infections by dermatophytes
author Lopes, Ana Isabel Ribeiro
author_facet Lopes, Ana Isabel Ribeiro
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Pintado, Manuela
Tavaria, Freni
Veritati - Repositório Institucional da Universidade Católica Portuguesa
dc.contributor.author.fl_str_mv Lopes, Ana Isabel Ribeiro
dc.subject.por.fl_str_mv Domínio/Área Científica::Engenharia e Tecnologia::Outras Engenharias e Tecnologias
topic Domínio/Área Científica::Engenharia e Tecnologia::Outras Engenharias e Tecnologias
description Os dermatófitos são um grupo de fungos que conseguem invadir as superfícies queratinizadas de humanos e outros animais e originar uma infeção - dermatofitose. Estas infeções são um importante problema de saúde pública e, para as controlar, é necessário terapia prolongada. No entanto, os medicamentos existentes parecem exibir efeitos secundários e o uso frequente e prolongado destes compostos é responsável pela existência de estirpes resistentes a antifúngicos, o que representa um risco potencial para o ambiente e saúde humana. Por isso, são necessárias novas drogas biocompatíveis para usos prolongados. O quitosano é um polissacarídeo catiónico e biocompatível que possui atividade antimicrobiana. Assim, o principal objetivo deste trabalho foi avaliar a atividade antifúngica do quitosano sobre alguns dermatófitos e algumas espécies de Aspergillus sp. Para isso, a concentração mínima inibitória dos quitosanos foi determinada e os resultados mostraram que o quitosano possui atividade antifúngica contra T. rubrum e M. canis, apresentando CMIs que variam entre 1.1 e 2.2 mg/mL. Para as espécies de Aspergillus, não foi possível determinar as CMIs do quitosano. A concentração mínima fungicida também foi obtida para os dermatófitos, apresentando os mesmos valores obtidos para as CMIs. Como os dermatófitos são responsáveis por infeções das superfícies queratinizadas, é preciso compreender se o quitosano exerce algum efeito na atividade fúngica. A análise de imagens de microscopia eletrónica de varimento mostou que o quitosano parece ter um efeito protetor do substrato usado, o cabelo, quando este foi infetado com dermatófitos. O estudo do efeito do quitosano na atividade enzimática usando protease K revelou uma atividade importante na prevenção da ação das proteases. O efeito do quitosano na degradação de queratina por M. canis e T. rubrum também foi estudado pelo teste da “keratinazure” e os resultados indicaram que a libertação de cor era menor quando o quitosano estava presente no meio de cultura. A análise microscópica da superfície da “keratin-azure” quando o quitosano estava presente no meio de cultura corroborou as conclusões anteriores porque a superfície da “keratin-azure” tratada com quitosano mostrou-se intacta, apesar da existência de estruturas fúngicas à sua volta. Com base nestes resultados, é possível concluir que o quitosano apresenta uma atividade antifúngica relevante contra os dermatófitos, mostrando-se uma alternativa promissora aos tratamentos comuns para a tinha.
publishDate 2013
dc.date.none.fl_str_mv 2013-09-25
2013
2013-09-25T00:00:00Z
2014-12-04T14:25:38Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10400.14/15868
TID:201493829
url http://hdl.handle.net/10400.14/15868
identifier_str_mv TID:201493829
dc.language.iso.fl_str_mv eng
language eng
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron:RCAAP
instname_str Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron_str RCAAP
institution RCAAP
reponame_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
collection Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository.name.fl_str_mv
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1777303145736568832