O stress ambiental pode provocar mais alterações nas plantas do que a engenharia genética

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Batista, Rita
Data de Publicação: 2018
Outros Autores: Fonseca, Cátia, Planchon, Sébastien, Negrão, Sónia, Renaut, Jenny, Oliveira, M. Margarida
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.18/5675
Resumo: A aprovação das plantas geneticamente modificadas é precedida de vários anos de investigação intensiva de forma a garantir a sua segurança para o homem e ambiente. Recentemente demonstrámos que o stress da cultura in vitro parece ser o fator que mais influencia as diferenças proteómicas encontradas entre as plantas geneticamente modificadas (GM) e os seus controlos. Neste trabalho tentámos avaliar quantas gerações são necessárias para os efeitos da “memória” desse stress serem apagados. Tentámos também comparar a relevância das alterações provocadas pelo stress da cultura in vitro quando comparadas com as provocadas por outros stresses ambientais. Para tal seguimos três linhas de arroz durante oito gerações após a transgénese combinando técnicas de análise transcritómica e proteómica. Na geração F6 as plantas foram sujeitas a stress salino. Os resultados deste trabalho demonstraram que: (a) as diferenças promovidas durante a modificação genética são maioritariamente diferenças fisiológicas de curta duração, que atenuam ao longo do tempo; (b) os stresses ambientais podem causar mais alterações proteómicas/trascritómicas que a engenharia genética. Com base nos dados obtidos questionamos quais os ensaios que são realmente relevantes e quais aqueles claramente excessivos na avaliação do risco das plantas GM para a saúde humana e animal, plantas e ambiente.
id RCAP_a4cc2c761c85d37b705a29ffb02cf84f
oai_identifier_str oai:repositorio.insa.pt:10400.18/5675
network_acronym_str RCAP
network_name_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository_id_str
spelling O stress ambiental pode provocar mais alterações nas plantas do que a engenharia genéticaEnvironmental stress is the major cause of transcriptomic and proteomic changes in GM and non-GM plantsStress AmbientalPlantas Geneticamente ModificadasCultura in vitroArrozstress salinoPortugalSegurança AlimentarSaúde PúblicaA aprovação das plantas geneticamente modificadas é precedida de vários anos de investigação intensiva de forma a garantir a sua segurança para o homem e ambiente. Recentemente demonstrámos que o stress da cultura in vitro parece ser o fator que mais influencia as diferenças proteómicas encontradas entre as plantas geneticamente modificadas (GM) e os seus controlos. Neste trabalho tentámos avaliar quantas gerações são necessárias para os efeitos da “memória” desse stress serem apagados. Tentámos também comparar a relevância das alterações provocadas pelo stress da cultura in vitro quando comparadas com as provocadas por outros stresses ambientais. Para tal seguimos três linhas de arroz durante oito gerações após a transgénese combinando técnicas de análise transcritómica e proteómica. Na geração F6 as plantas foram sujeitas a stress salino. Os resultados deste trabalho demonstraram que: (a) as diferenças promovidas durante a modificação genética são maioritariamente diferenças fisiológicas de curta duração, que atenuam ao longo do tempo; (b) os stresses ambientais podem causar mais alterações proteómicas/trascritómicas que a engenharia genética. Com base nos dados obtidos questionamos quais os ensaios que são realmente relevantes e quais aqueles claramente excessivos na avaliação do risco das plantas GM para a saúde humana e animal, plantas e ambiente.The approval of genetically modified (GM) crops is preceded by years of intensive research to demonstrate safety to humans and environment. We recently showed that in vitro culture stress is the major factor influencing proteomic dif ferences of GM vs. non-GM plants. This made us question the number of generations needed to erase such "memor y". We also wondered about the relevance of alterations promoted by transgenesis as compared to environment-induced ones. Here we followed three rice lines throughout eight generations af ter transgenesis combining proteomics and transcriptomics, and fur ther analyzed their response to salinity stress on the F6 generation. Our results showed that: (a) dif ferences promoted during genetic modification are mainly shor t-term physiological changes, attenuating throughout generations, and (b) environmental stress may cause far more proteomic/transcriptomic alterations than transgenesis. Based on our data, we question what is really relevant in risk assessment design for GM food crops.Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, IPRepositório Científico do Instituto Nacional de SaúdeBatista, RitaFonseca, CátiaPlanchon, SébastienNegrão, SóniaRenaut, JennyOliveira, M. Margarida2018-12-19T10:33:03Z2018-122018-12-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.18/5675porBoletim Epidemiológico Observações. 2018 setembro-dezembro;7(23):44-80874-2928info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-07-20T15:41:03ZPortal AgregadorONG
dc.title.none.fl_str_mv O stress ambiental pode provocar mais alterações nas plantas do que a engenharia genética
Environmental stress is the major cause of transcriptomic and proteomic changes in GM and non-GM plants
title O stress ambiental pode provocar mais alterações nas plantas do que a engenharia genética
spellingShingle O stress ambiental pode provocar mais alterações nas plantas do que a engenharia genética
Batista, Rita
Stress Ambiental
Plantas Geneticamente Modificadas
Cultura in vitro
Arroz
stress salino
Portugal
Segurança Alimentar
Saúde Pública
title_short O stress ambiental pode provocar mais alterações nas plantas do que a engenharia genética
title_full O stress ambiental pode provocar mais alterações nas plantas do que a engenharia genética
title_fullStr O stress ambiental pode provocar mais alterações nas plantas do que a engenharia genética
title_full_unstemmed O stress ambiental pode provocar mais alterações nas plantas do que a engenharia genética
title_sort O stress ambiental pode provocar mais alterações nas plantas do que a engenharia genética
author Batista, Rita
author_facet Batista, Rita
Fonseca, Cátia
Planchon, Sébastien
Negrão, Sónia
Renaut, Jenny
Oliveira, M. Margarida
author_role author
author2 Fonseca, Cátia
Planchon, Sébastien
Negrão, Sónia
Renaut, Jenny
Oliveira, M. Margarida
author2_role author
author
author
author
author
dc.contributor.none.fl_str_mv Repositório Científico do Instituto Nacional de Saúde
dc.contributor.author.fl_str_mv Batista, Rita
Fonseca, Cátia
Planchon, Sébastien
Negrão, Sónia
Renaut, Jenny
Oliveira, M. Margarida
dc.subject.por.fl_str_mv Stress Ambiental
Plantas Geneticamente Modificadas
Cultura in vitro
Arroz
stress salino
Portugal
Segurança Alimentar
Saúde Pública
topic Stress Ambiental
Plantas Geneticamente Modificadas
Cultura in vitro
Arroz
stress salino
Portugal
Segurança Alimentar
Saúde Pública
description A aprovação das plantas geneticamente modificadas é precedida de vários anos de investigação intensiva de forma a garantir a sua segurança para o homem e ambiente. Recentemente demonstrámos que o stress da cultura in vitro parece ser o fator que mais influencia as diferenças proteómicas encontradas entre as plantas geneticamente modificadas (GM) e os seus controlos. Neste trabalho tentámos avaliar quantas gerações são necessárias para os efeitos da “memória” desse stress serem apagados. Tentámos também comparar a relevância das alterações provocadas pelo stress da cultura in vitro quando comparadas com as provocadas por outros stresses ambientais. Para tal seguimos três linhas de arroz durante oito gerações após a transgénese combinando técnicas de análise transcritómica e proteómica. Na geração F6 as plantas foram sujeitas a stress salino. Os resultados deste trabalho demonstraram que: (a) as diferenças promovidas durante a modificação genética são maioritariamente diferenças fisiológicas de curta duração, que atenuam ao longo do tempo; (b) os stresses ambientais podem causar mais alterações proteómicas/trascritómicas que a engenharia genética. Com base nos dados obtidos questionamos quais os ensaios que são realmente relevantes e quais aqueles claramente excessivos na avaliação do risco das plantas GM para a saúde humana e animal, plantas e ambiente.
publishDate 2018
dc.date.none.fl_str_mv 2018-12-19T10:33:03Z
2018-12
2018-12-01T00:00:00Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10400.18/5675
url http://hdl.handle.net/10400.18/5675
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv Boletim Epidemiológico Observações. 2018 setembro-dezembro;7(23):44-8
0874-2928
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, IP
publisher.none.fl_str_mv Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, IP
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron:RCAAP
instname_str Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron_str RCAAP
institution RCAAP
reponame_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
collection Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository.name.fl_str_mv
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1777303628377227264