Influência do controlo da vegetação herbácea sobre a conservação da água do solo em olivais no Alentejo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Alexandre, Carlos
Data de Publicação: 2007
Outros Autores: Andrade, José, Afonso, Teresa
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10174/7920
Resumo: As mobilizações de conservação em culturas arvenses são objecto de estudo em Portugal há mais de 20 anos mas, contrariamente ao que se verifica em Espanha, não existe ainda a mesma experiência na sua aplicação em olivais. O estudo de diferentes alternativas de mobilizações de conservação visa um controlo eficaz da vegetação herbácea e arbustiva, bem como uma melhor conservação do solo e da água. O controlo da água disponível no solo, sendo importante para a condução de qualquer olival, tem especial relevância nos anos que se seguem à instalação, tanto mais quanto maior o risco de ocorrência de anos anormalmente secos. Neste trabalho apresentam-se os resultados de mais de 2 anos de monitorização da humidade do solo em olivais jovens, em que se aplicam 3 técnicas de controlo da vegetação herbácea: cobertura com luzerna, Medicago spp. (L), mobilização tradicional (M) e não mobilização – controlo da vegetação espontânea com herbicida na linha e corte na entrelinha (N). Este estudo decorre próximo de Moura, Alentejo (Herdade dos Lameirões - DRAAl) em 6 parcelas de olival (var. “Galega”), situadas numa encosta com 4 5% de declive, num Solo Calcário Vermelho Para Barro derivado de calcários não compactos associados a xistos (Vc‘) segundo a Classificação dos Solos de Portugal, ou Cambissolo vértico-calcárico (crómico) pela terminologia WRBSR. A humidade do solo foi objecto de monitorização com periodicidade quinzenal a mensal, com sondas PR1 e PR2 (Delta-T)* até aos 40 cm de profundidade. De modo a atenuar os erros das sondas PR1 em solos argilosos, os primeiros resultados obtidos com estas sondas foram corrigidos com base nos valores obtidos com as sondas PR2 e o conjunto de dados é discutido essencialmente em termos comparativos. As principais diferenças no teor de água do solo detectadas entre os 3 tratamentos reflectem o grau de desenvolvimento do coberto de herbáceas, em especial na camada dos 0 aos 30 cm e durante as fases de secagem. O contraste foi mais evidente no final do Inverno e início da Primavera, período em que se registaram teores de humidade mais altos entre os 10 e os 30 cm no tratamento N, nos anos de 2004 e 2006, em coincidência com um grau de desenvolvimento do estrato herbáceo muito inferior ao verificado nas outras duas modalidades L e M. Estas diferenças podem variar com os anos, função das condições climáticas e das operações realizadas. O tratamento N permite conjugar uma maior conservação de água e uma melhor cobertura do solo.
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