Panencefalite esclerosante subaguda: de novo uma velha doença

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pinto, Susana
Data de Publicação: 2014
Outros Autores: Campos, M. M., Lavandeira Pimenta, M. Teresa
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: https://doi.org/10.25754/pjp.2006.4764
Resumo: Resumo A panencefalite esclerosante subaguda (PEES), é uma doença progressiva do sistema nervoso central, causada por infecção persistente pelo vírus do sarampo. A apresentação clínica é variável e subtil, vários anos após a infecção inicial, o que, aliado à redução da incidência da doença nas últimas décadas, pela vacinação regular, torna a suspeição clínica fundamental para o estabelecimento do diagnóstico. Descreve-se o caso clínico de uma criança de nove anos, com sequelas neurológicas de meningite tuberculosa aos quatro meses de idade (atraso global, hemiparésia esquerda e epilepsia). Nesse internamento, foi registado sarampo, de evolução benigna. Evoluiu com atraso de desenvolvimento, mas com aquisições progressivas e estabilidade da epilepsia. Pelos oito anos, foi tendo insidiosamente menor autonomia nas tarefas básicas, regressão da linguagem, seguido por mioclonias. O estudo complementar revelou bandas oligoclonais em espelho (sangue e líquido cefaloraquidiano), descargas periódicas no electroencefalograma, e evidência de positividade de anticorpos anti-sarampo, confirmativo do diagnóstico de PEES. O tratamento baseou-se na instituição de medidas de suporte gerais adequadas a uma doença crónica debilitante e já com sequelas neurológicas prévias. APEES é uma doença de evolução progressiva e inevitável para a deterioração neurológica e morte. Apesar de diversas tentativas terapêuticas, desde há mais de três décadas, não existe tratamento eficaz que pareça alterar de forma consistente a sobrevida ou o prognóstico da doença. Reforça-se a importância da imunização como única forma eficaz de prevenir a doença.
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