Nanomateriais manufaturados – um risco para a saúde dos trabalhadores?

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Louro, Henriqueta
Data de Publicação: 2015
Outros Autores: Silva, Maria João
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.18/3177
Resumo: Introdução: Existem diversas definições de nanomateriais manufaturados (NM) embora, de um modo geral, estes sejam definidos como materiais fabricados deliberadamente e que contêm partículas com pelo menos uma dimensão externa na gama de tamanhos compreendida entre 1 e 100 nanómetros (Comissão Europeia, 2011). Esta pequena dimensão confere-lhes propriedades físicas, químicas e biológicas que podem diferir bastante das propriedades dos materiais com a mesma composição química mas utilizados numa escala não manométrica (p.ex., pós finos). São as propriedades mecânicas, óticas, elétricas e magnéticas inerentes aos materiais na escala “nano” que os tornam particularmente vantajosos e atrativos para as mais diversas aplicações industriais e biomédicas. A título de exemplo, menciona-se a utilização crescente de NM em produtos de cosmética e higiene pessoal (p.ex., dióxido de titânio em protetores solares e cremes), têxteis e calçado (p.ex., NM de prata), produtos e equipamentos desportivos (p. ex., nanotubos de carbono em raquetes e tacos de golf), construção civil (p. ex., dióxido de titânio em tintas e revestimentos), componentes de veículos automóveis e eletrónica (p.ex., nanotubos de carbono). Contudo, a enorme expansão que tem vindo a acontecer ao nível da síntese, produção industrial e utilização de NM contrasta com uma ainda insuficiente avaliação de risco para a saúde humana e para o ambiente. Com efeito, o conceito já proposto em 1990, de que a resposta exacerbada das células pulmonares à inalação de partículas com diâmetro inferior a 100 nm, as nanopartículas (NP), era dependente da pequena dimensão das partículas foi sendo progressivamente suportado pelos resultados de outros estudos, tendo-se evidenciado duas características fundamentais dos NM - a dimensão das partículas que os constituem e o seu comportamento dinâmico (formação de aglomerados ou de agregados) - que condicionam a sua toxicidade (Maynard et al., 2011).
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