Impacto da doença pulmonar obstrutiva crónica na qualidade de vida
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2009 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10316/18106 |
Resumo: | Introdução: A Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC) é uma das maiores causas de morbilidade e mortalidade no mundo e resulta num peso económico e social simultaneamente substancial e progressivo. A abordagem tradicional de acompanhamento dos pacientes com DPOC reside nos testes de função pulmonar para quantificar a gravidade e avaliar a resposta aos tratamentos instituídos. Contudo, os parâmetros fisiológicos e de sobrevivência não traduzem o impacto global na saúde experienciado pelos pacientes. A redução do peso pessoal e social da doença através da melhoria clínica dos sintomas, da diminuição do impacto nas actividades da vida diária e na qualidade de vida, são objectivos importantes a alcançar. Objectivos: O objectivo do presente estudo foi identificar os factores que exercem um maior impacto na qualidade de vida relacionada com a saúde individual (QVRS) de pacientes com DPOC e avaliar a associação entre QVRS e os estadios de gravidade recorrendo a avaliações da função pulmonar. Desenho: Estudo transversal. Local: Serviço de Pneumologia do Hospital da Universidade de Coimbra. Métodos: O estudo foi realizado em doentes com DPOC. 22 indivíduos (17 homens, média de idade 75,5 anos) completaram o questionário específico de doença – Saint George’s Respiratory Questionnaire (SRGQ). De igual modo, os pacientes foram submetidos a testes de função pulmonar, tendo sido distribuídos por quatro grupos de gravidade de doença, de acordo com os valores normais previstos de FEV1 (pós-broncodilatador), recorrendo a duas guidelines: GOLD e BTS. Idade, género, hábitos tabágicos e índice de massa corporal foram tidos em consideração. Resultados: Os estadios de gravidade da DPOC não estão correlacionados com o score Total do SGRQ. Associações significativas podem ser encontradas entre os scores Parciais dos domínios Sintomas, Actividade, Impactos e estadios de gravidade da DPOC (GOLD p = 0,037; 0,011; 0,032 ; BTS p = 0,011; 0,008; 0,018). O score Total do SGRQ correlaciona-se significativamente com os valores de FEV1 % previsto (p=0,046, Coeficiente de Correlação Pearson = -0,429). Não foram encontradas diferenças significativas entre QVRS e idade, género ou hábitos tabágicos. Conclusão: Os resultados obtidos neste estudo revelam que existe um claro impacto na QVRS individual e que o nível de QVRS dos pacientes com DPOC declina linearmente com a diminuição dos valores de FEV1 % previsto. Idade, sexo e hábitos tabágicos não afectam a QVRS dos indivíduos, uma vez estabelecida a DPOC. |
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