Lesões não melanocíticas da conjuntiva

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pereira, Ana Patrícia da Fonseca
Data de Publicação: 2010
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10316/18474
Resumo: A conjuntiva é um local frequente de desenvolvimento de neoplasias e de lesões que as simulam. Os tumores conjuntivais representam um amplo espectro de lesões benignas, pré-malignas e malignas, algumas capazes de causar não sómente a perda da visão como, também, da vida. Por esse motivo, na abordagem destes tumores é essencial um correcto diagnóstico e tratamento. As lesões não melanocíticas da conjuntiva podem ser congénitas ou adquiridas e ter uma origem epitelial, em glândulas anexiais, nos tecidos moles, no tecido linfóide, podem ser tumores secundários ou, ainda, lesões inflamatórias que simulam tumores. As lesões de origem epitelial podem ser benignas, pré-malignas ou malignas. As lesões benignas resultam de uma diferenciação celular anormal confinada ao epitélio e raramente progridem para a malignidade. São exemplos os quistos, os papilomas, a hiperplasia pseudoepiteliomatosa, a disqueratose intraepitelial hereditária benigna, a placa queratótica, e a queratose folicular invertida. São consideradas lesões epiteliais pré-malignas a queratose actínica e a neoplasia intra-epitelial da córnea e conjuntiva. Por fim, as lesões malignas incluem o carcinoma de células escamosas, o carcinoma de células espinhosas e o carcinoma mucoepidermóide. As lesões da conjuntiva também podem ser resultantes de lesões congénitas benignas, como o dermóide límbico, dermolipomas e coristomas complexos. Os tumores com origem em glândulas anexiais podem ser benignos (oncocitoma, adenoma pleomórfico, siringoma e adenoma sebáceo) ou malignos (carcinoma sebáceo, carcinoma adenóide quístico ou adenocarcinoma de glândulas sudoríparas). Observam-se, ainda, na conjuntiva, tumores com origem nos tecidos moles, como o hemangioma, linfangioma, hemangiopericitoma, angiossarcoma, sarcoma de Kaposi, rabdomiossarcoma, histiocitoma fibroso, fibromas, lipomas, leiomiossarcomas, osteomas, entre outros. Há ainda a considerar as lesões de origem linfóide, tais como a hiperplasia linfóide (benigna), e os linfomas e leucemias (malignas). Alguns tumores com origem em estruturas como a pele palpebral, canal naso-lacrimal, globo ocular, órbita ou seios podem estender-se para a conjuntiva, originando aí lesões secundárias, assim como algumas lesões inflamatórias, como o chalázio, podem simular tumores conjuntivais. Este artigo é uma revisão bibliográfica sobre lesões não melanocíticas da conjuntiva, incidindo sobre as suas características clinico-patológicas e sobre o seu tratamento, com o objectivo de aumentar o conhecimento sobre o diagnóstico diferencial e obter uma correcta abordagem terapêutica dos tumores da conjuntiva.
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