AVALIAÇÃO DA EVIDÊNCIA DE DANO PARA A SAÚDE DOS CONSERVADORES- RESTAURADORES, RELATIVAMENTE À EXPOSIÇÃO A FUNGOS

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santos,M
Data de Publicação: 2019
Outros Autores: Almeida,A
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2183-84532019000200037
Resumo: RESUMO Introdução e Objetivo: O setor da Conservação e Restauro ainda não foi abordado pela Saúde Ocupacional de uma forma completa ou exaustiva, pelo que se registam várias lacunas de conhecimento. Os autores tiveram como objetivo recolher e resumir toda a informação que encontraram sobre o tema. Os fungos são os microrganismos mais frequentes e os espaços interiores não são exceção; o crescimento fica potenciado pela humidade, temperatura elevada, pouca luz e nutrientes. Metodologia: Foi realizada uma Scoping Review em fevereiro de 2019, considerando os motores de busca Scopus; PubMed/ MedLine; Web of Science; Science Direct; Academic Search Complete; CINALH; Database of Abstracts and Reviews; Central Register of Controlled Trials; Cochrane Database of Systematic Reviews; Nursing and Allied Health Collection; MedicLatina e RCAAP. Conteúdo/ Resultados: Os objetos restaurados frequentemente apresentam fungos cujo impacto médico nos Conservadores-Restauradores está escassamente avaliado. Eles podem causar alergias, infeções e/ ou inflamação, por vezes, mesmo mortos, devido aos produtos metabólicos presentes. Existem várias técnicas para avaliar a sua presença. Alguns métodos antifúngicos podem ser lesivos para a saúde. 85% dos funcionários com contato com objetos contaminados num Museu referia sintomatologia alérgica e 35% registou agravamento da semiologia durante o trabalho (lacrimejo, eritema conjuntival, prurido cutâneo e fluxo nasal). Os anticorpos relativos aos alérgenos foram superiores aos da população geral (24 versus 17%), por exemplo. Discussão e Conclusões: Desde longa data que são conhecidos malefícios concretos e sérios associados a algumas estirpes de fungos. Contudo, o setor da Conservação e Restauro é ainda muito pouco estudado em contexto de Saúde Ocupacional e os riscos do eventual contato com estes microrganismos não são exceção. Seria muito pertinente que surgissem equipas motivadas para estudar este setor e colmatar parte das limitações encontradas, não desenvolvidas na literatura internacional.
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