Maneio reprodutivo intensivo da fêmea equina

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Fernandes, Mathilde Sylviane Jacqueline
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10348/11495
Resumo: Este relatório descreve e analisa o maneio de éguas destinadas à inseminação artificial, desde a avaliação do animal e o acompanhamento do crescimento folicular, até ao desempenho do procedimento de inseminação. A primeira parte deste trabalho consiste numa revisão bibliográfica dos conceitos abrangidos e, na segunda parte, é apresentado o maneio reprodutivo realizado no Haras de la Gesse, bem como as éguas acompanhadas durante o estágio e os resultados observados. A égua adulta apresenta uma atividade cíclica sazonal dos ovários. Durante o inverno, a égua não apresenta comportamento de cio, estando geralmente em anestro. A atividade sexual começa gradualmente na primavera, à medida que os dias se prolongam e o fotoperíodo aumenta. A época de reprodução começa geralmente na primavera e a égua passa por uma sucessão de ciclos. O ciclo éstrico da égua dura aproximadamente 22 dias, esta duração varia em função da égua, da sua saúde, das condições climáticas e da época do ano. Durante a fase de dominância folicular, o folículo dominante secreta os estrogénios responsáveis pelo comportamento de cio. Após a ovulação, o folículo é substituído por um corpo lúteo, que secreta a progesterona e é, portanto, responsável pelo comportamento de recusa do garanhão. É importante detetar quando a égua está em cio. A mudança de comportamento pode ser observada, com outros cavalos e em contacto com um garanhão, ela levanta a cauda, arqueia as costas, faz exposição rítmica do clitóris, e emite pequenos jatos de urina. A palpação e o exame de ultrassonografia são necessários e devem ser rigorosos a fim de determinar a fase do ciclo éstrico da égua e, posteriormente, o momento da ovulação. Durante a monitorização folicular, os critérios a serem seguidos são o tamanho, a forma, a consistência e a ecogenicidade da parede folicular. Quando o folículo pré-ovulatório em crescimento atinge um diâmetro de pelo menos 35 mm, a indução da ovulação pode ser realizada, utilizando a hCG ou análogos da GnRH. Os diferentes modos de reprodução são a reprodução natural, a inseminação artificial e a transferência de embriões. Existem diferentes tipos de inseminação artificial dependendo da forma como o sémen é armazenado, a inseminação com sémen fresco, a inseminação com sémen fresco refrigerado e a inseminação com sémen congelado. Os métodos de reprodução utilizados no Haras de la Gesse são a inseminação artificial com sémen fresco e a inseminação artificial com sémen congelado. As éguas acompanhadas para a inseminação artificial eram 48, com uma idade média de 8,5 ± 4,8 anos. A monitorização do ciclo é iniciada no início de março e torna-se cada vez mais rigorosa à medida que se aproxima o momento da ovulação. A indução da ovulação é realizada para a maioria das inseminações artificiais e as moléculas utilizadas são a hCG e a triptorelina, um análogo da GnRH. A inseminação artificial com sémen fresco é realizada com o sémen de três garanhões presentes no local e a inseminação com sémen congelado é realizada com sémen de garanhões portugueses, ou garanhões anteriormente presentes no Haras.
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O ciclo éstrico da égua dura aproximadamente 22 dias, esta duração varia em função da égua, da sua saúde, das condições climáticas e da época do ano. Durante a fase de dominância folicular, o folículo dominante secreta os estrogénios responsáveis pelo comportamento de cio. Após a ovulação, o folículo é substituído por um corpo lúteo, que secreta a progesterona e é, portanto, responsável pelo comportamento de recusa do garanhão. É importante detetar quando a égua está em cio. A mudança de comportamento pode ser observada, com outros cavalos e em contacto com um garanhão, ela levanta a cauda, arqueia as costas, faz exposição rítmica do clitóris, e emite pequenos jatos de urina. A palpação e o exame de ultrassonografia são necessários e devem ser rigorosos a fim de determinar a fase do ciclo éstrico da égua e, posteriormente, o momento da ovulação. Durante a monitorização folicular, os critérios a serem seguidos são o tamanho, a forma, a consistência e a ecogenicidade da parede folicular. Quando o folículo pré-ovulatório em crescimento atinge um diâmetro de pelo menos 35 mm, a indução da ovulação pode ser realizada, utilizando a hCG ou análogos da GnRH. Os diferentes modos de reprodução são a reprodução natural, a inseminação artificial e a transferência de embriões. Existem diferentes tipos de inseminação artificial dependendo da forma como o sémen é armazenado, a inseminação com sémen fresco, a inseminação com sémen fresco refrigerado e a inseminação com sémen congelado. Os métodos de reprodução utilizados no Haras de la Gesse são a inseminação artificial com sémen fresco e a inseminação artificial com sémen congelado. As éguas acompanhadas para a inseminação artificial eram 48, com uma idade média de 8,5 ± 4,8 anos. A monitorização do ciclo é iniciada no início de março e torna-se cada vez mais rigorosa à medida que se aproxima o momento da ovulação. A indução da ovulação é realizada para a maioria das inseminações artificiais e as moléculas utilizadas são a hCG e a triptorelina, um análogo da GnRH. A inseminação artificial com sémen fresco é realizada com o sémen de três garanhões presentes no local e a inseminação com sémen congelado é realizada com sémen de garanhões portugueses, ou garanhões anteriormente presentes no Haras.This report describes and analyses the management of mares intended for artificial insemination, from the evaluation of the animal and the monitoring of follicular growth, to the performance of the insemination procedure. The first part of this work consists of a bibliographic review of the concepts covered and, in the second part, the reproductive management carried out at the Haras de la Gesse is presented, as well as the mares acompanied during the course and the results observed. The adult mare presents a seasonal cyclic activity of the ovaries. During the winter, the mare does not present heat, being usually in anestrus. Sexual activity gradually resumes in the spring, as the days lengthen and the photoperiod increases. The breeding season usually begins in the spring and the mare will go through a succession of cycles. The mares’s estrus cycle lasts approximately 22 days, this duration varies according to the mares, their state of health, the climatic conditions and the time of year. During the follicular dominance phase, the dominant follicle secretes estrogens which are responsible for the heat behavior. After ovulation, the follicle is replaced by a corpus luteum, which secretes progesterone and is therefore responsible for the refusal behavior of the stallion. It is important to detect when the mare is in heat. The change in behavior can be observed, with other horses and in contact with a stallion, she raises her tail, arches her back, makes rhythmic exposure of the clitoris, and emits small streams of urine. Palpation and ultrasound examination are necessary and must be accurate in order to determine the stage of the mare's estrus cycle and, subsequently, the time of ovulation. During follicular monitoring, the criteria to be followed are the size, shape, consistency and echogenicity of the follicular wall. When the growing preovulatory follicle reaches a diameter of at least 35 mm, ovulation induction can be performed using hCG or GnRH analogues. The different modes of reproduction are natural breeding, artificial insemination and embryo transfer. There are different types of artificial insemination depending on the way the semen is stored, insemination with fresh semen, insemination with fresh cooled semen and insemination with frozen semen. The breeding methods used at the Haras de la Gesse are artificial insemination with fresh semen and artificial insemination with frozen semen. The mares acompanied for artificial insemination,were 48, with an average age of 8.5 ± 4.8 years. Cycle monitoring is initiated in early March and becomes increasingly rigorous as the time of ovulation approaches. Ovulation induction is performed for the majority of artificial inseminations and the molecules used are hCG and triptorelin, a GnRH analogue. Artificial insemination with fresh semen is performed with semen from three stallions present on site and insemination with frozen semen is performed with semen from Portuguese stallions, or stallions formerly present at the stud.2023-04-12T13:41:45Z2022-11-14T00:00:00Z2022-11-14info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfapplication/pdfapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10348/11495porFernandes, Mathilde Sylviane Jacquelineinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-02-02T12:51:54Zoai:repositorio.utad.pt:10348/11495Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T02:05:20.767437Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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