Considerações protéticas na reabilitação de pacientes bruxómanos

• Autor(a) principal: Amador Gonzalez, David
• Data de Publicação: 2019
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/20.500.11816/3292
• topic: Bruxismo; Dimensão vertical de oclusão; Tratamento prostético; Reabilitação; Goteira

Os hábitos parafuncionais, são hábitos posturais ou de movimento atípico que ocorrem no sistema estomatognático. Dentro destes hábitos encontra-se o bruxismo, podendo ser noturno e/ou diurno, de etiologia multifatorial estando associado ao stress na maioria dos casos. A frequência e a severidade das lesões que ocorrem nos doentes com esta parafunção tem motivado à realização de estudos que pretendem desenvolver terapias eficazes para o seu tratamento pois o bruxismo pode afetar tanto músculos como ATMs e dentes. A terapia reabilitadora deve ser orientada em trazer o máximo de benefícios ao paciente. O cuidado com escolha dos materiais utilizados assim como o tipo de prótese realizada, fixa ou removível, é importante para desenvolver e manter a saúde da cavidade oral. As reabilitações protéticas procuram restituir a estética e a função em busca da harmonia do aparelho estomatognático, recuperando o “estado inicial da dentição” como também as estruturas de suporte ósseo e gengival que foram perdidas. Hoje, procuram-se utilizar materiais que permitam a preparação de próteses satisfatórias, principalmente no que se refere as qualidades de ajuste, biocompatibilidade, resistência biomecânica , pigmentação e corrosão. Nos pacientes bruxómanos, após a reabilitação protética pode ser preciso controlar o que originou a perda dentária. Para tal, é indicado usar goteiras de miorelaxamento ou de reposição articular. Estas vão reduzir a atividade dos músculos mastigatórios durante a noite, protegendo as próteses de desgastes e consequentes fraturas contribuindo para reduzir a tensão ou stress que estes pacientes muitas vezes apresentam. Também existem outras técnicas de controlo complementares como a fisioterapia, relaxantes musculares e, atualmente, a toxina botulínica.