Estudo da glicação da transferrina humana por espectrometria de massa

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Sousa, Paulo Roberto Horta
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10773/9979
Resumo: A diabetes melito é uma patologia severa caracterizada pela hiperglicemia. Uma das consequências dos níveis elevados de glucose é a ocorrência de glicação não enzimática nas proteínas. A glicação resulta da formação de bases de Schiff entre aminas livres nas cadeias polipeptídicas e os açúcares redutores em circulação. Estudos anteriores verificaram um aumento considerável da glicação das proteínas do soro, incluindo a transferrina (Trf). Esta proteína é responsável pelo transporte de ferro pelo organismo e a sua glicação leva a uma diminuição da sua capacidade de ligação a este elemento. A alteração funcional da Trf pode levar a uma acumulação de espécies tóxicas de ferro no plasma e como consequência a um aumento dos efeitos deletérios deste metal de transição no organismo. No decorrer deste trabalho foi estudada a glicação in vitro da Trf por exposição a diferentes concentrações de D-glucose. A capacidade de ligação ao ferro foi avaliada por espectrofotometria e a espectrometria de massa (nano-HPLC-ESI-Ion Trap-MS/MS) foi utilizada para identificação dos aminoácidos suscetíveis à glicação. As experiencias in vitro demonstraram que os níveis de glicação aumentam com o aumento do tempo de exposição à D-glucose e da concentração da mesma. A capacidade de ligação ao ferro da Trf encontrava-se também diminuída nas amostras glicadas. Pela análise MS identificaram-se varias lisinas modificadas por glicação. As lisinas 206, 296 e 534, que participam na estabilização da ligação de ferro pela Trf, encontravam-se modificadas. Este resultado permite especular quanto à forma pela qual a glicação inibe ou dificulta a ligação do ferro pela Trf.
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