Avaliação das práticas dos profissionais de saúde na contraceção após o parto - resultados de um estudo multicêntrico

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rolha,Ana
Data de Publicação: 2023
Outros Autores: Subtil,Simone, Cal,Margarida, David,Daniela, Cerqueira,Luísa, Carvalho,Carolina, Coimbra,João, Simões,Joana, Vasconcelos,Rita, Flores,Maria, Bombas,Teresa
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1646-58302023000100019
Resumo: Resumo Introdução e objetivos: A gravidez constitui uma oportunidade para realizar aconselhamento contracetivo para o pós-parto, sendo este importante para reduzir a taxa de gravidez não desejada. Com o objetivo de conhecer as atitudes, comportamentos e preocupações dos profissionais de saúde sobre a contraceção no pós-parto foi realizado um estudo multicêntrico em Portugal. Desenho do estudo, população e metodologia: Foi elaborado um questionário para profissionais de saúde (médicos e enfermeiros) que foi distribuído em seis centros hospitalares. Foi garantido o anonimato e confidencialidade dos participantes. Procedeu-se a um estudo descritivo das respostas obtidas. Resultados: Obtiveram-se 310 respostas: 175 de médicos (56.5%) e 135 de enfermeiros (43.5%). Durante a gravidez, 35.5% (n=110) informa sempre a mulher das opções contracetivas, 36.5% (n=113) informa apenas em situações especiais e 18.1% (n=56) se a hipótese de laqueação tubária se colocar. Na alta da maternidade, a maioria (81.6%, n=253) informa e orienta sobre as opções contracetivas. Existem 45 (14.5%) profissionais que não informam a mulher sobre contraceção, apontando como razões a ‘não adequação do momento’ e a ‘falta de tempo’. A maioria dos inquiridos considera que a mulher deve ter aconselhamento contracetivo durante a gravidez (78.4%, n=243) e cerca de um quinto (21.6%, n=67) considera que não, sendo os motivos apontados: ‘esta informação deve ser remetida para a consulta de revisão puerperal’ e ‘a informação dada na alta é suficiente’. Neste grupo, 25.4% não tenciona mudar a sua atitude e 46.3% pondera modificar esta atitude. Conclusões: Na população avaliada, o aconselhamento contracetivo não é universal. A maioria dos profissionais considera importante que o aconselhamento contracetivo deve ser realizado durante a gravidez. No entanto, na prática atual o aconselhamento contracetivo é diferido para a alta da maternidade ou para a consulta de revisão puerperal.
id RCAP_bce9e1d66e01001c8c3e38e13dbe9e03
oai_identifier_str oai:scielo:S1646-58302023000100019
network_acronym_str RCAP
network_name_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository_id_str 7160
spelling Avaliação das práticas dos profissionais de saúde na contraceção após o parto - resultados de um estudo multicêntricoAconselhamentoContraceção.Resumo Introdução e objetivos: A gravidez constitui uma oportunidade para realizar aconselhamento contracetivo para o pós-parto, sendo este importante para reduzir a taxa de gravidez não desejada. Com o objetivo de conhecer as atitudes, comportamentos e preocupações dos profissionais de saúde sobre a contraceção no pós-parto foi realizado um estudo multicêntrico em Portugal. Desenho do estudo, população e metodologia: Foi elaborado um questionário para profissionais de saúde (médicos e enfermeiros) que foi distribuído em seis centros hospitalares. Foi garantido o anonimato e confidencialidade dos participantes. Procedeu-se a um estudo descritivo das respostas obtidas. Resultados: Obtiveram-se 310 respostas: 175 de médicos (56.5%) e 135 de enfermeiros (43.5%). Durante a gravidez, 35.5% (n=110) informa sempre a mulher das opções contracetivas, 36.5% (n=113) informa apenas em situações especiais e 18.1% (n=56) se a hipótese de laqueação tubária se colocar. Na alta da maternidade, a maioria (81.6%, n=253) informa e orienta sobre as opções contracetivas. Existem 45 (14.5%) profissionais que não informam a mulher sobre contraceção, apontando como razões a ‘não adequação do momento’ e a ‘falta de tempo’. A maioria dos inquiridos considera que a mulher deve ter aconselhamento contracetivo durante a gravidez (78.4%, n=243) e cerca de um quinto (21.6%, n=67) considera que não, sendo os motivos apontados: ‘esta informação deve ser remetida para a consulta de revisão puerperal’ e ‘a informação dada na alta é suficiente’. Neste grupo, 25.4% não tenciona mudar a sua atitude e 46.3% pondera modificar esta atitude. Conclusões: Na população avaliada, o aconselhamento contracetivo não é universal. A maioria dos profissionais considera importante que o aconselhamento contracetivo deve ser realizado durante a gravidez. No entanto, na prática atual o aconselhamento contracetivo é diferido para a alta da maternidade ou para a consulta de revisão puerperal.Euromédice, Edições Médicas Lda.2023-03-01info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articletext/htmlhttp://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1646-58302023000100019Acta Obstétrica e Ginecológica Portuguesa v.17 n.1 2023reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAPporhttp://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1646-58302023000100019Rolha,AnaSubtil,SimoneCal,MargaridaDavid,DanielaCerqueira,LuísaCarvalho,CarolinaCoimbra,JoãoSimões,JoanaVasconcelos,RitaFlores,MariaBombas,Teresainfo:eu-repo/semantics/openAccess2024-02-06T17:21:59Zoai:scielo:S1646-58302023000100019Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T02:28:48.989388Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
dc.title.none.fl_str_mv Avaliação das práticas dos profissionais de saúde na contraceção após o parto - resultados de um estudo multicêntrico
title Avaliação das práticas dos profissionais de saúde na contraceção após o parto - resultados de um estudo multicêntrico
spellingShingle Avaliação das práticas dos profissionais de saúde na contraceção após o parto - resultados de um estudo multicêntrico
Rolha,Ana
Aconselhamento
Contraceção.
title_short Avaliação das práticas dos profissionais de saúde na contraceção após o parto - resultados de um estudo multicêntrico
title_full Avaliação das práticas dos profissionais de saúde na contraceção após o parto - resultados de um estudo multicêntrico
title_fullStr Avaliação das práticas dos profissionais de saúde na contraceção após o parto - resultados de um estudo multicêntrico
title_full_unstemmed Avaliação das práticas dos profissionais de saúde na contraceção após o parto - resultados de um estudo multicêntrico
title_sort Avaliação das práticas dos profissionais de saúde na contraceção após o parto - resultados de um estudo multicêntrico
author Rolha,Ana
author_facet Rolha,Ana
Subtil,Simone
Cal,Margarida
David,Daniela
Cerqueira,Luísa
Carvalho,Carolina
Coimbra,João
Simões,Joana
Vasconcelos,Rita
Flores,Maria
Bombas,Teresa
author_role author
author2 Subtil,Simone
Cal,Margarida
David,Daniela
Cerqueira,Luísa
Carvalho,Carolina
Coimbra,João
Simões,Joana
Vasconcelos,Rita
Flores,Maria
Bombas,Teresa
author2_role author
author
author
author
author
author
author
author
author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Rolha,Ana
Subtil,Simone
Cal,Margarida
David,Daniela
Cerqueira,Luísa
Carvalho,Carolina
Coimbra,João
Simões,Joana
Vasconcelos,Rita
Flores,Maria
Bombas,Teresa
dc.subject.por.fl_str_mv Aconselhamento
Contraceção.
topic Aconselhamento
Contraceção.
description Resumo Introdução e objetivos: A gravidez constitui uma oportunidade para realizar aconselhamento contracetivo para o pós-parto, sendo este importante para reduzir a taxa de gravidez não desejada. Com o objetivo de conhecer as atitudes, comportamentos e preocupações dos profissionais de saúde sobre a contraceção no pós-parto foi realizado um estudo multicêntrico em Portugal. Desenho do estudo, população e metodologia: Foi elaborado um questionário para profissionais de saúde (médicos e enfermeiros) que foi distribuído em seis centros hospitalares. Foi garantido o anonimato e confidencialidade dos participantes. Procedeu-se a um estudo descritivo das respostas obtidas. Resultados: Obtiveram-se 310 respostas: 175 de médicos (56.5%) e 135 de enfermeiros (43.5%). Durante a gravidez, 35.5% (n=110) informa sempre a mulher das opções contracetivas, 36.5% (n=113) informa apenas em situações especiais e 18.1% (n=56) se a hipótese de laqueação tubária se colocar. Na alta da maternidade, a maioria (81.6%, n=253) informa e orienta sobre as opções contracetivas. Existem 45 (14.5%) profissionais que não informam a mulher sobre contraceção, apontando como razões a ‘não adequação do momento’ e a ‘falta de tempo’. A maioria dos inquiridos considera que a mulher deve ter aconselhamento contracetivo durante a gravidez (78.4%, n=243) e cerca de um quinto (21.6%, n=67) considera que não, sendo os motivos apontados: ‘esta informação deve ser remetida para a consulta de revisão puerperal’ e ‘a informação dada na alta é suficiente’. Neste grupo, 25.4% não tenciona mudar a sua atitude e 46.3% pondera modificar esta atitude. Conclusões: Na população avaliada, o aconselhamento contracetivo não é universal. A maioria dos profissionais considera importante que o aconselhamento contracetivo deve ser realizado durante a gravidez. No entanto, na prática atual o aconselhamento contracetivo é diferido para a alta da maternidade ou para a consulta de revisão puerperal.
publishDate 2023
dc.date.none.fl_str_mv 2023-03-01
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1646-58302023000100019
url http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1646-58302023000100019
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1646-58302023000100019
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv text/html
dc.publisher.none.fl_str_mv Euromédice, Edições Médicas Lda.
publisher.none.fl_str_mv Euromédice, Edições Médicas Lda.
dc.source.none.fl_str_mv Acta Obstétrica e Ginecológica Portuguesa v.17 n.1 2023
reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron:RCAAP
instname_str Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron_str RCAAP
institution RCAAP
reponame_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
collection Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository.name.fl_str_mv Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1799137357496057856