Avaliação dos distúrbios da linguagem no autismo infantil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Martins, Ana Luísa Ferreira
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.6/963
Resumo: O autismo é uma perturbação global do desenvolvimento caracterizada por défices na interacção social e comunicação, e comportamentos repetitivos e interesses restritos. Esta perturbação é quatro a cinco vezes mais frequente no sexo masculino. Apesar de não existirem evidências suficientes sobre a sua causa, pensa-se que esta perturbação tenha uma forte base genética. O atraso ou ausência total do desenvolvimento da linguagem é geralmente o primeiro sinal de alarme para a perturbação autística (geralmente nos primeiros três anos de vida) e está entre os principais critérios para diagnosticar a perturbação autística. O desenvolvimento da linguagem nos primeiros cinco anos, assim como o QI, são fortes indicadores prognósticos. Uma linguagem muito limitada por volta dos cinco anos de idade constitui um forte indicador de grave incapacidade na idade adulta. Assim, intervenções como a terapia da fala, com a finalidade de desenvolver uma comunicação funcional são uma prioridade na educação das crianças com autismo. As crianças com perturbação autística demonstram dificuldades na capacidade de utilizar a linguagem como meio de comunicação, apresentando défices na aquisição do sistema linguístico e na compreensão e utilização das regras de um ou mais subsistemas linguísticos (fonológicas, morfológicas, sintácticas, semânticas e pragmáticas). As dificuldades mais acentuadas geralmente são notadas na semântica e na pragmática. Perante as características de cada criança (incapacidade de falar, ou falar apenas dos assuntos pelos quais têm interesse, com um vocabulário pouco ou bem desenvolvido) é necessário criar um programa terapêutico. Este consiste numa terapia individualizada e específica, podendo ter como base o programa TEACCH, ABA, ou PECS, consoante as necessidades de cada criança. A terapia da fala tem maior probabilidade de obter melhores resultados se for iniciada em idade pré-escolar, se envolver a família e profissionais de saúde e educação e se forem realizadas avaliações periódicas. Assim, deve ser realçada a importância da aplicação de ferramentas de avaliação e tratamento na área da linguagem, de forma a permitir à criança maiores ganhos do desenvolvimento linguísticos e consequente autonomia social, académica ou profissional. Com o objectivo de avaliar os distúrbios da linguagem no autismo infantil da população do CHCB, analisaram-se os casos das crianças autistas que foram acompanhadas na Terapia da Fala do Serviço de Pedopsiquiatria do CHCB desde 2002. A identificação/avaliação dos perfis linguísticos e das principais dificuldades na área da linguagem foram também objectivos propostos para esta análise.
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spelling Avaliação dos distúrbios da linguagem no autismo infantilAutismo - Crianças - Distúrbios da linguagemAutismo - Crianças - Distúrbios da comunicaçãoAutismo - Crianças - Terapia da falaAutismo - Crianças - DiagnósticoO autismo é uma perturbação global do desenvolvimento caracterizada por défices na interacção social e comunicação, e comportamentos repetitivos e interesses restritos. Esta perturbação é quatro a cinco vezes mais frequente no sexo masculino. Apesar de não existirem evidências suficientes sobre a sua causa, pensa-se que esta perturbação tenha uma forte base genética. O atraso ou ausência total do desenvolvimento da linguagem é geralmente o primeiro sinal de alarme para a perturbação autística (geralmente nos primeiros três anos de vida) e está entre os principais critérios para diagnosticar a perturbação autística. O desenvolvimento da linguagem nos primeiros cinco anos, assim como o QI, são fortes indicadores prognósticos. Uma linguagem muito limitada por volta dos cinco anos de idade constitui um forte indicador de grave incapacidade na idade adulta. Assim, intervenções como a terapia da fala, com a finalidade de desenvolver uma comunicação funcional são uma prioridade na educação das crianças com autismo. As crianças com perturbação autística demonstram dificuldades na capacidade de utilizar a linguagem como meio de comunicação, apresentando défices na aquisição do sistema linguístico e na compreensão e utilização das regras de um ou mais subsistemas linguísticos (fonológicas, morfológicas, sintácticas, semânticas e pragmáticas). As dificuldades mais acentuadas geralmente são notadas na semântica e na pragmática. Perante as características de cada criança (incapacidade de falar, ou falar apenas dos assuntos pelos quais têm interesse, com um vocabulário pouco ou bem desenvolvido) é necessário criar um programa terapêutico. Este consiste numa terapia individualizada e específica, podendo ter como base o programa TEACCH, ABA, ou PECS, consoante as necessidades de cada criança. A terapia da fala tem maior probabilidade de obter melhores resultados se for iniciada em idade pré-escolar, se envolver a família e profissionais de saúde e educação e se forem realizadas avaliações periódicas. Assim, deve ser realçada a importância da aplicação de ferramentas de avaliação e tratamento na área da linguagem, de forma a permitir à criança maiores ganhos do desenvolvimento linguísticos e consequente autonomia social, académica ou profissional. Com o objectivo de avaliar os distúrbios da linguagem no autismo infantil da população do CHCB, analisaram-se os casos das crianças autistas que foram acompanhadas na Terapia da Fala do Serviço de Pedopsiquiatria do CHCB desde 2002. A identificação/avaliação dos perfis linguísticos e das principais dificuldades na área da linguagem foram também objectivos propostos para esta análise.Autism is a global developmental disorder characterized by deficits in social interaction and communication, repetitive behaviors and limited interests. This disorder is four to five times more common in males. Although there is not enough evidence about its causes, it is thought that this disturbance has a strong genetic basis. The delay or total lack of language development is often the first sign of alarm for the autistic disorder (usually within the first three years of life) and is among the main criteria to diagnose it. The language development in the first five years, as well as the IQ, are strong prognostic indicators. A very limited language at around five years of age is a strong indicator of severe disability in adulthood. Therefore, interventions such as speech therapy, in order to develop a functional communication, is a priority in the education of children with autism. Children with autistic disorder show difficulties in the ability to use language as a way of communication, showing deficits in the acquisition of the linguistic system and in understanding and applying rules of one or more linguistic subsystems (phonological, morphological, syntactic, semantic and pragmatic). The most noticed difficulties are in the semantics and pragmatics. Given the characteristics of each child (inability to speak or speaking only of matters for which they have interest, with little or well-developed vocabulary) it is necessary to create a therapeutic program. This is a specific and individualized therapy, which may be based on the program TEACCH, ABA or PECS, depending on the needs of each child. Speech therapy is more likely to get better results if it’s initiated in Pre School, engages the family and health care and education professionals and is evaluated periodically. Therefore, the importance of the application of evaluation tools and treatment in the language area should be emphasized, to enable greater gains to the child’s language development and consequent social, academic or professional autonomy. In order to assess language disorders in childhood autism of the CHCB's population, cases of autistic children who were followed in the Speech Therapy Service of CHCB Child psychiatry since 2002 were analyzed. Identifying / assessing linguistic profiles and the main language difficulties have also been proposed as objectives for this analysis.Universidade da Beira InteriorCorreia, Paula Cristina Moreira AntunesuBibliorumMartins, Ana Luísa Ferreira2013-01-23T18:33:24Z2011-062011-06-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.6/963porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-12-15T09:36:22Zoai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/963Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T00:42:55.470442Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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