O efeito da quantidade do enxerto de osso esponjoso autólogo
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2007 |
Outros Autores: | , , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10348/2339 |
Resumo: | Este trabalho tem como objectivo o estudo da influência da variação quantitativa do enxerto de osso esponjoso autólogo nas suas potenciais propriedades osteogénicas. Para tal, recorreu-se a um modelo de osteotomia na ovelha, com a remoção de um segmento de 4 mm ao nível da diáfise média da tíbia esquerda em vinte e um animais, estabilizado com placa de osteossíntese e em que se aplicaram diferentes quantidades de auto-enxerto de osso esponjoso de forma (1) a não preencher na totalidade (1,5 g), (2) a preencher sem compressão (3 g) e (3) a preencher com uma quantidade excessiva (5 g) o referido defeito ósseo (n = 5/cada grupo). Realizou-se igualmente (4) uma osteotomia controlo (n = 6) em que o defeito ósseo permaneceu vazio. A comparação da evolução da regeneração óssea ao longo do período pós-operatório de 12 semanas foi realizada através de exames radiográficos convencionais e análise de densitometria óptica e, após a eutanásia das ovelhas, por densitometria óssea radiológica (DEXA), análises histológicas e histomorfometria óssea. A densidade óptica foi significativamente afectada (p<0,0001) pelos tratamento e tempo e ocorreram diferenças significativas entre os vários grupos em estudo para um mesmo tempo do período pósoperatório: no pós-operatório imediato e às 2ª (p <0,01), 4ª (p <0,001), 6ª e 8ª semanas (p <0,05), mas não às 10ª e 12ª semanas (p >0,05) pós-operatórias. A densidade mineral óssea (BMD), obtida por DEXA, foi de 0,4347 ± 0,3821 g/cm2 no grupo controlo e de 0,7482 ± 0,2327 g/cm2, 0,9517 ± 0,2292 g/cm2 e 1,0409 ± 0,0681 g/cm2 nos grupos que haviam recebido 1,5 g, 3 g e 5 g de enxerto ósseo, respectivamente. O volume ósseo (BV), determinado por histomorfometria óssea, foi de 39,2 ± 24,4% no grupo controlo e de 62,0 ± 14,4%, 76,0 ± 15,2% e 84,0 ± 4,2% nos grupos que receberam 1,5 g, 3 g e 5 g de enxerto ósseo, respectivamente. A BMD e o BV foram significativamente afectados (p<0,05 e p<0,01, respectivamente) pelo tratamento não tendo, no entanto, existido diferenças significativas (p>0,05) entre os grupos que haviam recebido as quantidades mais elevadas de auto-enxerto de osso esponjoso à 12ª semana pós-operatória. Concluiu-se não existir vantagem num excessivo preenchimento do local da osteotomia por auto-enxerto de osso esponjoso, sendo necessário apenas a obtenção da quantidade necessária de enxerto ósseo ao preenchimento do defeito ósseo da osteotomia em causa. |
id |
RCAP_c09c9234fce04cfc1c352b5adfde3738 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.utad.pt:10348/2339 |
network_acronym_str |
RCAP |
network_name_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository_id_str |
|
spelling |
O efeito da quantidade do enxerto de osso esponjoso autólogoEste trabalho tem como objectivo o estudo da influência da variação quantitativa do enxerto de osso esponjoso autólogo nas suas potenciais propriedades osteogénicas. Para tal, recorreu-se a um modelo de osteotomia na ovelha, com a remoção de um segmento de 4 mm ao nível da diáfise média da tíbia esquerda em vinte e um animais, estabilizado com placa de osteossíntese e em que se aplicaram diferentes quantidades de auto-enxerto de osso esponjoso de forma (1) a não preencher na totalidade (1,5 g), (2) a preencher sem compressão (3 g) e (3) a preencher com uma quantidade excessiva (5 g) o referido defeito ósseo (n = 5/cada grupo). Realizou-se igualmente (4) uma osteotomia controlo (n = 6) em que o defeito ósseo permaneceu vazio. A comparação da evolução da regeneração óssea ao longo do período pós-operatório de 12 semanas foi realizada através de exames radiográficos convencionais e análise de densitometria óptica e, após a eutanásia das ovelhas, por densitometria óssea radiológica (DEXA), análises histológicas e histomorfometria óssea. A densidade óptica foi significativamente afectada (p<0,0001) pelos tratamento e tempo e ocorreram diferenças significativas entre os vários grupos em estudo para um mesmo tempo do período pósoperatório: no pós-operatório imediato e às 2ª (p <0,01), 4ª (p <0,001), 6ª e 8ª semanas (p <0,05), mas não às 10ª e 12ª semanas (p >0,05) pós-operatórias. A densidade mineral óssea (BMD), obtida por DEXA, foi de 0,4347 ± 0,3821 g/cm2 no grupo controlo e de 0,7482 ± 0,2327 g/cm2, 0,9517 ± 0,2292 g/cm2 e 1,0409 ± 0,0681 g/cm2 nos grupos que haviam recebido 1,5 g, 3 g e 5 g de enxerto ósseo, respectivamente. O volume ósseo (BV), determinado por histomorfometria óssea, foi de 39,2 ± 24,4% no grupo controlo e de 62,0 ± 14,4%, 76,0 ± 15,2% e 84,0 ± 4,2% nos grupos que receberam 1,5 g, 3 g e 5 g de enxerto ósseo, respectivamente. A BMD e o BV foram significativamente afectados (p<0,05 e p<0,01, respectivamente) pelo tratamento não tendo, no entanto, existido diferenças significativas (p>0,05) entre os grupos que haviam recebido as quantidades mais elevadas de auto-enxerto de osso esponjoso à 12ª semana pós-operatória. Concluiu-se não existir vantagem num excessivo preenchimento do local da osteotomia por auto-enxerto de osso esponjoso, sendo necessário apenas a obtenção da quantidade necessária de enxerto ósseo ao preenchimento do defeito ósseo da osteotomia em causa.2013-04-01T14:05:22Z2007-01-01T00:00:00Z2007info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10348/2339porDias, IsabelLourenço, P.Rodrigues, A.Azevedo, Jorge Manuel Teixeira deViegas, CarlosFerreira, A.Cabrita, A.info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-02-23T17:01:51ZPortal AgregadorONG |
dc.title.none.fl_str_mv |
O efeito da quantidade do enxerto de osso esponjoso autólogo |
title |
O efeito da quantidade do enxerto de osso esponjoso autólogo |
spellingShingle |
O efeito da quantidade do enxerto de osso esponjoso autólogo Dias, Isabel |
title_short |
O efeito da quantidade do enxerto de osso esponjoso autólogo |
title_full |
O efeito da quantidade do enxerto de osso esponjoso autólogo |
title_fullStr |
O efeito da quantidade do enxerto de osso esponjoso autólogo |
title_full_unstemmed |
O efeito da quantidade do enxerto de osso esponjoso autólogo |
title_sort |
O efeito da quantidade do enxerto de osso esponjoso autólogo |
author |
Dias, Isabel |
author_facet |
Dias, Isabel Lourenço, P. Rodrigues, A. Azevedo, Jorge Manuel Teixeira de Viegas, Carlos Ferreira, A. Cabrita, A. |
author_role |
author |
author2 |
Lourenço, P. Rodrigues, A. Azevedo, Jorge Manuel Teixeira de Viegas, Carlos Ferreira, A. Cabrita, A. |
author2_role |
author author author author author author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Dias, Isabel Lourenço, P. Rodrigues, A. Azevedo, Jorge Manuel Teixeira de Viegas, Carlos Ferreira, A. Cabrita, A. |
description |
Este trabalho tem como objectivo o estudo da influência da variação quantitativa do enxerto de osso esponjoso autólogo nas suas potenciais propriedades osteogénicas. Para tal, recorreu-se a um modelo de osteotomia na ovelha, com a remoção de um segmento de 4 mm ao nível da diáfise média da tíbia esquerda em vinte e um animais, estabilizado com placa de osteossíntese e em que se aplicaram diferentes quantidades de auto-enxerto de osso esponjoso de forma (1) a não preencher na totalidade (1,5 g), (2) a preencher sem compressão (3 g) e (3) a preencher com uma quantidade excessiva (5 g) o referido defeito ósseo (n = 5/cada grupo). Realizou-se igualmente (4) uma osteotomia controlo (n = 6) em que o defeito ósseo permaneceu vazio. A comparação da evolução da regeneração óssea ao longo do período pós-operatório de 12 semanas foi realizada através de exames radiográficos convencionais e análise de densitometria óptica e, após a eutanásia das ovelhas, por densitometria óssea radiológica (DEXA), análises histológicas e histomorfometria óssea. A densidade óptica foi significativamente afectada (p<0,0001) pelos tratamento e tempo e ocorreram diferenças significativas entre os vários grupos em estudo para um mesmo tempo do período pósoperatório: no pós-operatório imediato e às 2ª (p <0,01), 4ª (p <0,001), 6ª e 8ª semanas (p <0,05), mas não às 10ª e 12ª semanas (p >0,05) pós-operatórias. A densidade mineral óssea (BMD), obtida por DEXA, foi de 0,4347 ± 0,3821 g/cm2 no grupo controlo e de 0,7482 ± 0,2327 g/cm2, 0,9517 ± 0,2292 g/cm2 e 1,0409 ± 0,0681 g/cm2 nos grupos que haviam recebido 1,5 g, 3 g e 5 g de enxerto ósseo, respectivamente. O volume ósseo (BV), determinado por histomorfometria óssea, foi de 39,2 ± 24,4% no grupo controlo e de 62,0 ± 14,4%, 76,0 ± 15,2% e 84,0 ± 4,2% nos grupos que receberam 1,5 g, 3 g e 5 g de enxerto ósseo, respectivamente. A BMD e o BV foram significativamente afectados (p<0,05 e p<0,01, respectivamente) pelo tratamento não tendo, no entanto, existido diferenças significativas (p>0,05) entre os grupos que haviam recebido as quantidades mais elevadas de auto-enxerto de osso esponjoso à 12ª semana pós-operatória. Concluiu-se não existir vantagem num excessivo preenchimento do local da osteotomia por auto-enxerto de osso esponjoso, sendo necessário apenas a obtenção da quantidade necessária de enxerto ósseo ao preenchimento do defeito ósseo da osteotomia em causa. |
publishDate |
2007 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2007-01-01T00:00:00Z 2007 2013-04-01T14:05:22Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/10348/2339 |
url |
http://hdl.handle.net/10348/2339 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação instacron:RCAAP |
instname_str |
Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
instacron_str |
RCAAP |
institution |
RCAAP |
reponame_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
collection |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository.name.fl_str_mv |
|
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1777302025869983744 |