Literacia em saúde mental da puérpera

• Autor(a) principal: Marques, Maria João da Cruz
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://web.esenfc.pt/?url=mDXAgsiZ
• topic: Literacia em saúde mental; Puérperas.

Introdução: A necessidade de desenvolver o conhecimento sobre a problemática da literacia em saúde mental da puérpera, quer na compreensão dos fenómenos que a afetam, quer nas estratégias que promovem a sua saúde mental, assume-se como relevante. A mulher deve ser dotada dos conhecimentos que lhe permitam promover a sua saúde, prevenir e efetuar a gestão de eventuais doenças. Ser literada em saúde mental e em tudo o que o conceito envolve. Objetivos: Determinar que variáveis sociodemográficas interferem na literacia em saúde mental das puérperas; identificar que variáveis de caracterização obstétrica interferem na literacia em saúde mental das puérperas. Metodologia: Estudo quantitativo, descritivo e correlacional, com enfoque transversal. A amostra deste estudo é constituída por 128 puérperas que se encontravam nas primeiras duas semanas após o puerpério, recrutadas segundo uma amostragem não probabilística por bola de neve, com uma média de idade de 30,95 anos (±5,07 anos). Recorreu-se à aplicação de um questionário ad hoc constituído por um grupo de questões de caracterização sociodemográfica, caracterização obstétrica, a Escala de Apgar Familiar (Smilkstein, 1978) Versão Portuguesa de Agostinho & Rebelo (1988) e o Questionário de Literacia em Saúde Mental (LSMq) de Campos, Palha, Dias, Veiga & Duarte (2014). Resultados: A idade, o estado civil, as habilitações literárias e a situação profissional são variáveis sociodemográficas que interferiram na literacia em saúde mental das puérperas estudadas, resultando na aceitação da H1. A gravidez planeada, número de filhos, idade gestacional do bebé ao nascimento, frequência de um curso de preparação para o parto e parentalidade, tipo de gravidez, quem esclareceu dúvidas antes da alta hospitalar e apoio no aleitamento materno antes da alta hospitalar assumiram-se como variáveis de caracterização obstétrica com relevância estatisticamente significativas, resultando na aceitação da H2. Conclusão: Os resultados obtidos assumem-se como uma mais-valia para os Enfermeiros Especialistas em Saúde Materna e Obstetrícia, para que possam dotar as puérperas de literacia em saúde mental, um elemento determinante para o seu bem-estar holístico, bem como da família.