Educação para a saúde na escola : um direito dos alunos que urge satisfazer

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Precioso, José
Data de Publicação: 2004
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1822/3980
Resumo: Os estudos epidemiológicos revelam que muitas das doenças transmissíveis como a SIDA e a tuberculose e não transmissíveis, como as doenças cardio e cerebrovasculares, alguns cancros (como os pulmão, da mama, do estômago, do cólon e do útero), a diabetes mellitus, a doença obstrutiva crónica do pulmão, a cárie dentária, as doenças reumáticas, a osteoporose, os problemas de visão, a se do fígado, os acidentes (domésticos, de lazer, desporto, de trabalho e de trânsito), as doenças Psiquiátricas e outras patologias e incapacidades, estão frequentemente relacionadas com o estilo de das pessoas. Os factores de risco associados a muitas destas doenças são o consumo de álcool e de tabaco, a alimentação desregrada. O excesso de peso e a obesidade a insuficiente actividade física, a má gestão do stress. O abuso das drogas, bem como a factores de natureza socioeconómica geradores de fenómenos de violência e exclusão social (Ministério da Saúde, 2003). A modificação dos estilos de vida, no qual se incluem os comportamentos de saúde, exige a compreensão da sua etiologia. Sabe-se que os comportamentos estão relacionados com factores biológicos, psicológicos, micro e macrossociais e ambientais. A etiologia dos comportamentos em geral e de saúde em particular é complexa o que faz com que a promoção de condutas saudáveis e a modificação de comportamentos perniciosos seja também um processo difícil, não obstante, concretizável. Uma das vias mais promissoras para promover a adopção de comportamentos saudáveis e a modificação de condutas prejudiciais à saúde e de forma sustentada, é a Educação para a Saúde (EpS). A EpS deve ser um direito de todos os cidadãos em qualquer fase da sua vida. Deve começar na família, prolongar-se por todas as fases do sistema educativo (desde o básico até ao universitário), continuar no local de trabalho, na comunidade, nos media, etc. A escola é um dos locais privilegiados para fazer Educação para a Saúde, por esse motivo, a OMS e outras instituições como a UNESCO, recomendam que a saúde se deve aprender nos estabelecimentos de ensino da mesma forma que todas as outras ciências sociais. Tal como o aluno aprende na escola os conhecimentos científicos e os hábitos sociais que lhe permitirão enfrentar os problemas da vida na comunidade, também deve aprender e adquirir os conhecimentos e os hábitos de saúde, que lhe permitirão alcançar o maior grau possível de saúde, física, mental e social (Sanmarti, 1988). Para promover a saúde e a educação para a saúde é decisivo fazer, igualmente, modificações ambientais. A via mais adequada para promover a saúde e a educação para a saúde é através da «construção» de Escolas Promotoras de Saúde. Portugal aderiu a Rede Europeia de Escolas Promotoras de Saúde em 1994 (Ministério da Educação,1998) o que significou um avanço na Promoção da Saúde de toda a comunidade educativa, no entanto parece que actualmente essa dinâmica está a esmorecer. Por outro lado parece emergir uma visão reducionista que pretende reduzir a Educação para a Saúde a educação sexual, propondo-se até a criação de uma disciplina autónoma, quando a sexualidade é apenas um componente da Educação para a Saúde. Neste artigo procuraremos definir algumas linhas orientadoras para a criação de uma escola mais promotora de saúde, ou seja uma escola que ensine os alunos a tratarem deles, dos outros e do seu ambiente.
id RCAP_c842d3e34e48a7a647f277fa2bad564d
oai_identifier_str oai:repositorium.sdum.uminho.pt:1822/3980
network_acronym_str RCAP
network_name_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository_id_str 7160
spelling Educação para a saúde na escola : um direito dos alunos que urge satisfazerEducação para a saúdePromoção da saúdeEscolas promotoras da saúdeFormação de professoresOs estudos epidemiológicos revelam que muitas das doenças transmissíveis como a SIDA e a tuberculose e não transmissíveis, como as doenças cardio e cerebrovasculares, alguns cancros (como os pulmão, da mama, do estômago, do cólon e do útero), a diabetes mellitus, a doença obstrutiva crónica do pulmão, a cárie dentária, as doenças reumáticas, a osteoporose, os problemas de visão, a se do fígado, os acidentes (domésticos, de lazer, desporto, de trabalho e de trânsito), as doenças Psiquiátricas e outras patologias e incapacidades, estão frequentemente relacionadas com o estilo de das pessoas. Os factores de risco associados a muitas destas doenças são o consumo de álcool e de tabaco, a alimentação desregrada. O excesso de peso e a obesidade a insuficiente actividade física, a má gestão do stress. O abuso das drogas, bem como a factores de natureza socioeconómica geradores de fenómenos de violência e exclusão social (Ministério da Saúde, 2003). A modificação dos estilos de vida, no qual se incluem os comportamentos de saúde, exige a compreensão da sua etiologia. Sabe-se que os comportamentos estão relacionados com factores biológicos, psicológicos, micro e macrossociais e ambientais. A etiologia dos comportamentos em geral e de saúde em particular é complexa o que faz com que a promoção de condutas saudáveis e a modificação de comportamentos perniciosos seja também um processo difícil, não obstante, concretizável. Uma das vias mais promissoras para promover a adopção de comportamentos saudáveis e a modificação de condutas prejudiciais à saúde e de forma sustentada, é a Educação para a Saúde (EpS). A EpS deve ser um direito de todos os cidadãos em qualquer fase da sua vida. Deve começar na família, prolongar-se por todas as fases do sistema educativo (desde o básico até ao universitário), continuar no local de trabalho, na comunidade, nos media, etc. A escola é um dos locais privilegiados para fazer Educação para a Saúde, por esse motivo, a OMS e outras instituições como a UNESCO, recomendam que a saúde se deve aprender nos estabelecimentos de ensino da mesma forma que todas as outras ciências sociais. Tal como o aluno aprende na escola os conhecimentos científicos e os hábitos sociais que lhe permitirão enfrentar os problemas da vida na comunidade, também deve aprender e adquirir os conhecimentos e os hábitos de saúde, que lhe permitirão alcançar o maior grau possível de saúde, física, mental e social (Sanmarti, 1988). Para promover a saúde e a educação para a saúde é decisivo fazer, igualmente, modificações ambientais. A via mais adequada para promover a saúde e a educação para a saúde é através da «construção» de Escolas Promotoras de Saúde. Portugal aderiu a Rede Europeia de Escolas Promotoras de Saúde em 1994 (Ministério da Educação,1998) o que significou um avanço na Promoção da Saúde de toda a comunidade educativa, no entanto parece que actualmente essa dinâmica está a esmorecer. Por outro lado parece emergir uma visão reducionista que pretende reduzir a Educação para a Saúde a educação sexual, propondo-se até a criação de uma disciplina autónoma, quando a sexualidade é apenas um componente da Educação para a Saúde. Neste artigo procuraremos definir algumas linhas orientadoras para a criação de uma escola mais promotora de saúde, ou seja uma escola que ensine os alunos a tratarem deles, dos outros e do seu ambiente.Universidade do MinhoPrecioso, José20042004-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/1822/3980por"O Professor". 85 (2004) 17-24.info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-07-21T11:57:46Zoai:repositorium.sdum.uminho.pt:1822/3980Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T18:47:26.913318Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
dc.title.none.fl_str_mv Educação para a saúde na escola : um direito dos alunos que urge satisfazer
title Educação para a saúde na escola : um direito dos alunos que urge satisfazer
spellingShingle Educação para a saúde na escola : um direito dos alunos que urge satisfazer
Precioso, José
Educação para a saúde
Promoção da saúde
Escolas promotoras da saúde
Formação de professores
title_short Educação para a saúde na escola : um direito dos alunos que urge satisfazer
title_full Educação para a saúde na escola : um direito dos alunos que urge satisfazer
title_fullStr Educação para a saúde na escola : um direito dos alunos que urge satisfazer
title_full_unstemmed Educação para a saúde na escola : um direito dos alunos que urge satisfazer
title_sort Educação para a saúde na escola : um direito dos alunos que urge satisfazer
author Precioso, José
author_facet Precioso, José
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Universidade do Minho
dc.contributor.author.fl_str_mv Precioso, José
dc.subject.por.fl_str_mv Educação para a saúde
Promoção da saúde
Escolas promotoras da saúde
Formação de professores
topic Educação para a saúde
Promoção da saúde
Escolas promotoras da saúde
Formação de professores
description Os estudos epidemiológicos revelam que muitas das doenças transmissíveis como a SIDA e a tuberculose e não transmissíveis, como as doenças cardio e cerebrovasculares, alguns cancros (como os pulmão, da mama, do estômago, do cólon e do útero), a diabetes mellitus, a doença obstrutiva crónica do pulmão, a cárie dentária, as doenças reumáticas, a osteoporose, os problemas de visão, a se do fígado, os acidentes (domésticos, de lazer, desporto, de trabalho e de trânsito), as doenças Psiquiátricas e outras patologias e incapacidades, estão frequentemente relacionadas com o estilo de das pessoas. Os factores de risco associados a muitas destas doenças são o consumo de álcool e de tabaco, a alimentação desregrada. O excesso de peso e a obesidade a insuficiente actividade física, a má gestão do stress. O abuso das drogas, bem como a factores de natureza socioeconómica geradores de fenómenos de violência e exclusão social (Ministério da Saúde, 2003). A modificação dos estilos de vida, no qual se incluem os comportamentos de saúde, exige a compreensão da sua etiologia. Sabe-se que os comportamentos estão relacionados com factores biológicos, psicológicos, micro e macrossociais e ambientais. A etiologia dos comportamentos em geral e de saúde em particular é complexa o que faz com que a promoção de condutas saudáveis e a modificação de comportamentos perniciosos seja também um processo difícil, não obstante, concretizável. Uma das vias mais promissoras para promover a adopção de comportamentos saudáveis e a modificação de condutas prejudiciais à saúde e de forma sustentada, é a Educação para a Saúde (EpS). A EpS deve ser um direito de todos os cidadãos em qualquer fase da sua vida. Deve começar na família, prolongar-se por todas as fases do sistema educativo (desde o básico até ao universitário), continuar no local de trabalho, na comunidade, nos media, etc. A escola é um dos locais privilegiados para fazer Educação para a Saúde, por esse motivo, a OMS e outras instituições como a UNESCO, recomendam que a saúde se deve aprender nos estabelecimentos de ensino da mesma forma que todas as outras ciências sociais. Tal como o aluno aprende na escola os conhecimentos científicos e os hábitos sociais que lhe permitirão enfrentar os problemas da vida na comunidade, também deve aprender e adquirir os conhecimentos e os hábitos de saúde, que lhe permitirão alcançar o maior grau possível de saúde, física, mental e social (Sanmarti, 1988). Para promover a saúde e a educação para a saúde é decisivo fazer, igualmente, modificações ambientais. A via mais adequada para promover a saúde e a educação para a saúde é através da «construção» de Escolas Promotoras de Saúde. Portugal aderiu a Rede Europeia de Escolas Promotoras de Saúde em 1994 (Ministério da Educação,1998) o que significou um avanço na Promoção da Saúde de toda a comunidade educativa, no entanto parece que actualmente essa dinâmica está a esmorecer. Por outro lado parece emergir uma visão reducionista que pretende reduzir a Educação para a Saúde a educação sexual, propondo-se até a criação de uma disciplina autónoma, quando a sexualidade é apenas um componente da Educação para a Saúde. Neste artigo procuraremos definir algumas linhas orientadoras para a criação de uma escola mais promotora de saúde, ou seja uma escola que ensine os alunos a tratarem deles, dos outros e do seu ambiente.
publishDate 2004
dc.date.none.fl_str_mv 2004
2004-01-01T00:00:00Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/1822/3980
url http://hdl.handle.net/1822/3980
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv "O Professor". 85 (2004) 17-24.
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron:RCAAP
instname_str Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron_str RCAAP
institution RCAAP
reponame_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
collection Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository.name.fl_str_mv Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1799132232635383808