Aplicações da toxina Botulínica em patologias neurológicas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Campos, Ricardo Jorge Saraiva
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.6/5365
Resumo: A toxina botulínica é uma protéase produzida na natureza pelo bacilus anaeróbio Clostridium botulinum, sendo uma substância com dose letal mínima muito baixa e que é responsável pelo botulismo. Em meados da década de 60 do século passado, esta exotoxina foi pela primeira vez usada com um objectivo terapêutico no tratamento do estrabismo, desde então as suas aplicações médicas não param de crescer. Em termos químicos a toxina é constituída por duas cadeias polipeptídicas ligadas por uma ponte de dissulfeto. A cadeia leve (50kDa) tem função proteolítica e a cadeia pesada (100kDa) é responsável pelo neurotropismo e captação da toxina pelas terminações nervosas. Em termos moleculares a toxina tem acção proteolítica sobre a proteína associada ao sinaptossoma de peso molecular de 25KDa, responsável pelo endereçamento vesicular nas terminações nervosas. Este mecanismo provoca a inibição da liberação de acetilcolina na junção neuromuscular e é responsável pelo efeito de acção mais bem caracterizado da toxina, o relaxamento muscular. Outro efeito menos bem caracterizado em termos moleculares é o efeito analgésico da toxina. Já ficou demonstrado que a toxina botulínica é responsável pela diminuição de neurotransmissores álgicos e mediadores inflamatórios como o péptido relacionado ao gene da calcitonina, glutamato e sustância P. Também já ficou claro que a inibição da proteína associada ao sinaptossoma de peso molecular de 25KDa (também presente nos neurónios sensitivos) desempenha um papel no efeito analgésico da toxina, no entanto ainda não ficou demonstrado se este mecanismo é o único a actuar ou se a toxina usa também outras vias alternativas adicionais. Em termos médicos em Neurologia, as aplicações da toxina distribuem-se em dois grandes grupos, por um lado as patologias que beneficiam de um efeito analgésico, onde se destacam as Enxaquecas Crónicas (principal indicação para o uso de toxina nesta área) e as patologias com dor neuropática (Nevralgia do Trigémeo) e por outro lado o grupo das patologias neurológicas que beneficiam de um efeito miorelaxante. Dentro do último incluímos Patologias Espásticas (pós AVC, Paralisia Cerebral e Esclerose Lateral Amiotrófica), as Distonias Focais (Torcicolo Espástico, Blefarospasmo, Cãibra do Escrivão, Sindrome de Meige) e algumas mioclonias (Espasmo Hemifacial). A aplicação da toxina no segundo grupo de patologias referido, está bastante bem estudado sendo a toxina por vezes considerada a primeira linha no alívio sintomático da patologia ou em casos recidivantes às terapias ditas convencionais. Quanto à Enxaquecas Crónicas e à Nevralgia do Trigémeo a Toxina é um método eficaz e relativamente seguro de alívio da dor nestas patologias. No caso particular da Enxaqueca, a única indicação aprovada pela FDA para o uso de Toxina Botulínica como profilaxia analgésica das crises álgicas, a administração é feita actualmente na maioria dos casos seguindo o Protocolo do ensaio clinico PREEMPT, os resultados do ensaio clínico PREEMPT 1 foram também responsáveis pela aprovação da FDA. Contudo os resultados finais da PREEMPT 1 não demonstravam uma diferença muito significativa entre o grupo terapêutico e o placebo, o que levou ao começo de um novo ensaio, o PREEMPT2, que envolveu o mesmo desenho estrutural do ensaio PREEMPT apenas diferindo a variável de resultado final seleccionada (duração dos episódios em vez do número de episódios). O PREEMPT 2 conseguiu assim demonstrar uma diferença já mais significativa entre o grupo terapêutico e placebo. Futuros estudos são necessários para determinar novos critérios de elegibilidade para o tratamento profiláctico da Enxaqueca Crónica com a toxina, critérios que aliem a eficácia do tratamento e um aumento da produtividade dos pacientes pós profilaxia, de modo a garantir que o tratamento se torna custo-efectivo.
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Também já ficou claro que a inibição da proteína associada ao sinaptossoma de peso molecular de 25KDa (também presente nos neurónios sensitivos) desempenha um papel no efeito analgésico da toxina, no entanto ainda não ficou demonstrado se este mecanismo é o único a actuar ou se a toxina usa também outras vias alternativas adicionais. Em termos médicos em Neurologia, as aplicações da toxina distribuem-se em dois grandes grupos, por um lado as patologias que beneficiam de um efeito analgésico, onde se destacam as Enxaquecas Crónicas (principal indicação para o uso de toxina nesta área) e as patologias com dor neuropática (Nevralgia do Trigémeo) e por outro lado o grupo das patologias neurológicas que beneficiam de um efeito miorelaxante. Dentro do último incluímos Patologias Espásticas (pós AVC, Paralisia Cerebral e Esclerose Lateral Amiotrófica), as Distonias Focais (Torcicolo Espástico, Blefarospasmo, Cãibra do Escrivão, Sindrome de Meige) e algumas mioclonias (Espasmo Hemifacial). A aplicação da toxina no segundo grupo de patologias referido, está bastante bem estudado sendo a toxina por vezes considerada a primeira linha no alívio sintomático da patologia ou em casos recidivantes às terapias ditas convencionais. Quanto à Enxaquecas Crónicas e à Nevralgia do Trigémeo a Toxina é um método eficaz e relativamente seguro de alívio da dor nestas patologias. No caso particular da Enxaqueca, a única indicação aprovada pela FDA para o uso de Toxina Botulínica como profilaxia analgésica das crises álgicas, a administração é feita actualmente na maioria dos casos seguindo o Protocolo do ensaio clinico PREEMPT, os resultados do ensaio clínico PREEMPT 1 foram também responsáveis pela aprovação da FDA. Contudo os resultados finais da PREEMPT 1 não demonstravam uma diferença muito significativa entre o grupo terapêutico e o placebo, o que levou ao começo de um novo ensaio, o PREEMPT2, que envolveu o mesmo desenho estrutural do ensaio PREEMPT apenas diferindo a variável de resultado final seleccionada (duração dos episódios em vez do número de episódios). O PREEMPT 2 conseguiu assim demonstrar uma diferença já mais significativa entre o grupo terapêutico e placebo. Futuros estudos são necessários para determinar novos critérios de elegibilidade para o tratamento profiláctico da Enxaqueca Crónica com a toxina, critérios que aliem a eficácia do tratamento e um aumento da produtividade dos pacientes pós profilaxia, de modo a garantir que o tratamento se torna custo-efectivo.Botulinum toxin is a protease produced in nature by anaerobic bacillus, Clostridium botulinum, is a substance with very low lethal dose and it is responsible for botulism. In the mid-60s of last century, this exotoxin was first used with a therapeutic function in the treatment of strabismus, ever since its medical applications keep growing. In chemical terms, the toxin is composed of two polypeptide chains linked by a disulfide bridge. The light chain (50 kDa) has proteolytic function and the heavy chain (100 kDa) is responsible for Neurotropism and uptake of the toxin by the nerve endings. In molecular terms, the proteolytic action of of botulinum toxin is correlated to protein associated to synaptosome with molecular weight 25kDa, responsible for vesicular's addressing of the nerve endings. This mechanism causes inhibition of release of acetylcholine at the neuromuscular junction and is responsible for the most well characterized effect of the toxin action, muscle relaxation. Another less well characterized toxin's effect in molecular terms is the analgesic effect. It has already been demonstrated that botulinum toxin is responsible for the decrease of nociceptives and inflammatory mediators and neurotransmitters such as the peptide related to gene of calcitonin, glutamate and the P sustenance. Also it has become clear that inhibition of protein associated to the synaptosomes with molecular weight of 25kDa (also present in sensory neurons) plays a role in the analgesic effect of the toxin, however it hasn't been demonstrated yet whether this mechanism is the one to act or if the toxin also uses other additional alternative pathways. In medical terms in Neurology, the toxin applications are distributed into two groups, on one hand the group with conditions that benefits from an analgesic effect, which highlights the Chronic Migraines (main indication for the use of toxin in this area) and pathologies with neuropathic pain (trigeminal neuralgia) and on the other hand the second group of neurological conditions that benefits from an effect muscle relaxant. Within the last group are included spastic pathology (post stroke, cerebral palsy and amyotrophic lateral sclerosis), focal dystonias (torticollis spasticity, blepharospasm, Writer's cramp, Meige Syndrome) and some myoclonus (Hemifacial spasm). The toxin's application in the second group of referred pathologies, is very well studied being the toxin sometimes considered the forefront in the symptomatic relief of the pathology or in recurrent cases to conventional therapies. As for Chronic Migraine and trigeminal neuralgia the Toxin is a relatively safe and effective method of pain relief in these pathologies. In migraine's particular case, the only indication approved by the FDA for use of Botulinum Toxin as analgesic prophylaxis of painful crises, the administration is presently done in most cases following the trial protocol PREEMPT, the results of PREEMPT 1 clinical trial were also responsible for FDA approval. However the final results of PREEMPT 1 did not show a significant difference between the therapeutic group and the placebo, which led to the beginning of a new test, the PREEMPT2, which involved the same structural design of PREEMPT test, only the final selected outcome variable was different (instead of the number of episodes is selected the duration of episodes). The PREEMPT 2 was thus able to demonstrate a more significant difference between the therapeutic group and placebo. Further research are needed to determine new eligibility criteria for the prophylactic treatment of Chronic migraine with the toxin, criteria that combine effectiveness of treatment and increased productivity of the patients in post prophylaxis pathology, ensuring that the treatment becomes cost-effective.Rosado, Pedro SimõesuBibliorumCampos, Ricardo Jorge Saraiva2018-07-23T15:20:58Z2016-5-22016-06-282016-06-28T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.6/5365TID:201774208porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-12-15T09:43:13Zoai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/5365Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T00:46:17.812283Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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