Avaliação da capacidade neuroprotetora de uma nova formulação inibidora da NOX1 para a doença de Parkinson
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.6/12466 |
Resumo: | A doença de Parkinson (DP) é uma doença neurodegenerativa com sintomas motores e não motores. É uma doença multifatorial onde a disfunção de diferentes mecanismos celulares e moleculares contribuem para o desenvolvimento da patologia. Apesar de se conhecer a doença há mais de 200 anos, ainda não é totalmente conhecida a sua etiologia e não existe uma terapia que consiga parar a progressão da patologia. Fortes evidências implicaram o envolvimento do stress oxidativo produzido pela NOX1 na morte neuronal que ocorre na doença, resultando na hipótese de que a sua inibição pode ser bastante vantajosa para uma ação terapêutica. Neste sentido, tem sido feito um esforço na investigação de moléculas com capacidade inibitória da NOX1. Estudos anteriores do nosso grupo de investigação, demonstraram que um inibidor da NOX1 tem uma elevada capacidade neuroprotetora no contexto da DP. No entanto, tal como descrito para outros inibidores, este revelou ter um grave problema de solubilidade em soluções aquosas, sendo necessário utilizar um solvente, que por sua vez induz neurotoxicidade, limitando a sua utilização terapêutica. Assim, de forma a contornar este problema, recorreu-se a uma reformulação com base em líquidos iónicos para aumentar a solubilidade do inibidor, tornando-o suscetível de ser desenvolvido como terapêutica para a DP. Este trabalho teve por objetivo estudar a eficácia de uma das reformulações do inibidor, cujo rácio inibidor/liquido iónico é de 2:1 (N1inh-IL/2:1), no contexto experimental da DP, utilizando o modelo animal induzido pela toxina 6-hidroxidopamina (6-OHDA). Assim avaliou-se o efeito da reformulação na função motora, na sobrevivência dopaminérgica da Substantia Nigra pars compacta (SNpc), na neuroinflamação em animais expostos à toxina e ao inibidor quando comparados com os animais unicamente expostos à toxina. Os resultados indicam que não se verificou um efeito protetor da reformulação ao nível da sobrevivência dopaminérgica nem da neuroinflamação. O modelo em estudo não mostrou diferenças em avaliações de coordenação motora e equilíbrio. Desta forma, os dados obtidos, sugerem que a reformulação em estudo, não tem capacidade de prevenir a neurodegeneração induzida pela toxina. Sendo a reformulação estudada a que contém maior concentração de inibidor, por comparação a outras em estudo, este trabalho permitiu identificar qual o rácio para o qual a formulação perde a sua eficácia. |
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Avaliação da capacidade neuroprotetora de uma nova formulação inibidora da NOX1 para a doença de Parkinson6-HidroxidopaminaDoença de ParkinsonLíquidos IónicosNeuroinflamaçãoNeuroproteçãoNox1Stress OxidativoDomínio/Área Científica::Ciências Médicas::Ciências BiomédicasA doença de Parkinson (DP) é uma doença neurodegenerativa com sintomas motores e não motores. É uma doença multifatorial onde a disfunção de diferentes mecanismos celulares e moleculares contribuem para o desenvolvimento da patologia. Apesar de se conhecer a doença há mais de 200 anos, ainda não é totalmente conhecida a sua etiologia e não existe uma terapia que consiga parar a progressão da patologia. Fortes evidências implicaram o envolvimento do stress oxidativo produzido pela NOX1 na morte neuronal que ocorre na doença, resultando na hipótese de que a sua inibição pode ser bastante vantajosa para uma ação terapêutica. Neste sentido, tem sido feito um esforço na investigação de moléculas com capacidade inibitória da NOX1. Estudos anteriores do nosso grupo de investigação, demonstraram que um inibidor da NOX1 tem uma elevada capacidade neuroprotetora no contexto da DP. No entanto, tal como descrito para outros inibidores, este revelou ter um grave problema de solubilidade em soluções aquosas, sendo necessário utilizar um solvente, que por sua vez induz neurotoxicidade, limitando a sua utilização terapêutica. Assim, de forma a contornar este problema, recorreu-se a uma reformulação com base em líquidos iónicos para aumentar a solubilidade do inibidor, tornando-o suscetível de ser desenvolvido como terapêutica para a DP. Este trabalho teve por objetivo estudar a eficácia de uma das reformulações do inibidor, cujo rácio inibidor/liquido iónico é de 2:1 (N1inh-IL/2:1), no contexto experimental da DP, utilizando o modelo animal induzido pela toxina 6-hidroxidopamina (6-OHDA). Assim avaliou-se o efeito da reformulação na função motora, na sobrevivência dopaminérgica da Substantia Nigra pars compacta (SNpc), na neuroinflamação em animais expostos à toxina e ao inibidor quando comparados com os animais unicamente expostos à toxina. Os resultados indicam que não se verificou um efeito protetor da reformulação ao nível da sobrevivência dopaminérgica nem da neuroinflamação. O modelo em estudo não mostrou diferenças em avaliações de coordenação motora e equilíbrio. Desta forma, os dados obtidos, sugerem que a reformulação em estudo, não tem capacidade de prevenir a neurodegeneração induzida pela toxina. Sendo a reformulação estudada a que contém maior concentração de inibidor, por comparação a outras em estudo, este trabalho permitiu identificar qual o rácio para o qual a formulação perde a sua eficácia.Parkinson's disease (PD) is a neurodegenerative disease with both motor and non symptoms. It is a multifactorial disease where dysfunction of different cellular and molecular mechanisms contribute to the development of the pathology. Although the dismotor ease has been known for over 200 years, its etiology is still not fully known and there is no therapy that can stop the progression of the pathology. Strong evidence has implicated the involvement of oxidative stress produced by NOX1 in the neuronal death that occurs in the disease, resulting in the hypothesis that its inhibition may be very advantageous for a therapeutic action. In this sense, an effort has been made to investigate molecules with NOX1 inhibitory capacity. Previous studies of our research g roup, demonstrated that a NOX1 inhibitor has a high neuroprotective capacity in the context of PD. However, as described for other inhibitors, it has proven to have a serious problem of solubility in aqueous solutions, requiring the use of a solvent that i nduces neurotoxicity, limiting its therapeutic use. Thus, in order to overcome this problem, a reformulation based on ionic liquids was used to increase the solubility of the inhibitor, making it susceptible to be developed as a PD therapy. This work aimed to study the efficacy of one of the inhibitor reformulations, whose inhibitor/ionic liquid ratio is 2:1 (N1inh IL/2:1), in the experimental context of PD, using the animal model induced by the 6hydroxydopamine toxin (6OHDA). We evaluated the effect of t reformulation on motor function, dopaminergic survival of the he inhibitor Substantia Nigra pars compacta (SNpc) and neuroinflammation in animals exposed to the toxin and the inhibitor when compared to animals exposed to the toxin alone. The results indica te that there was no protective effect of the reformulation on dopaminergic survival or neuroinflammation. The model under study showed no differences in assessments of motor coordination and balance. The data obtained suggest that the reformulation under study does not prevent neurodegeneration induced by the toxin. Since the reformulation studied contains the highest concentration of inhibitor, compared to others under study, this work allowed us to identify the ratio at which the formulation loses its ef ficacy.Cristovão, Ana Clara BrazFiadeiro, MarianauBibliorumAlmeida, Beatriz Serra2022-07-282022-06-302025-06-29T00:00:00Z2022-07-28T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.6/12466TID:203108922porinfo:eu-repo/semantics/embargoedAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-01-16T12:00:32ZPortal AgregadorONG |
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A doença de Parkinson (DP) é uma doença neurodegenerativa com sintomas motores e não motores. É uma doença multifatorial onde a disfunção de diferentes mecanismos celulares e moleculares contribuem para o desenvolvimento da patologia. Apesar de se conhecer a doença há mais de 200 anos, ainda não é totalmente conhecida a sua etiologia e não existe uma terapia que consiga parar a progressão da patologia. Fortes evidências implicaram o envolvimento do stress oxidativo produzido pela NOX1 na morte neuronal que ocorre na doença, resultando na hipótese de que a sua inibição pode ser bastante vantajosa para uma ação terapêutica. Neste sentido, tem sido feito um esforço na investigação de moléculas com capacidade inibitória da NOX1. Estudos anteriores do nosso grupo de investigação, demonstraram que um inibidor da NOX1 tem uma elevada capacidade neuroprotetora no contexto da DP. No entanto, tal como descrito para outros inibidores, este revelou ter um grave problema de solubilidade em soluções aquosas, sendo necessário utilizar um solvente, que por sua vez induz neurotoxicidade, limitando a sua utilização terapêutica. Assim, de forma a contornar este problema, recorreu-se a uma reformulação com base em líquidos iónicos para aumentar a solubilidade do inibidor, tornando-o suscetível de ser desenvolvido como terapêutica para a DP. Este trabalho teve por objetivo estudar a eficácia de uma das reformulações do inibidor, cujo rácio inibidor/liquido iónico é de 2:1 (N1inh-IL/2:1), no contexto experimental da DP, utilizando o modelo animal induzido pela toxina 6-hidroxidopamina (6-OHDA). Assim avaliou-se o efeito da reformulação na função motora, na sobrevivência dopaminérgica da Substantia Nigra pars compacta (SNpc), na neuroinflamação em animais expostos à toxina e ao inibidor quando comparados com os animais unicamente expostos à toxina. Os resultados indicam que não se verificou um efeito protetor da reformulação ao nível da sobrevivência dopaminérgica nem da neuroinflamação. O modelo em estudo não mostrou diferenças em avaliações de coordenação motora e equilíbrio. Desta forma, os dados obtidos, sugerem que a reformulação em estudo, não tem capacidade de prevenir a neurodegeneração induzida pela toxina. Sendo a reformulação estudada a que contém maior concentração de inibidor, por comparação a outras em estudo, este trabalho permitiu identificar qual o rácio para o qual a formulação perde a sua eficácia. |
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