Fogo controlado como técnica de requalificação da paisagem florestal de Portugal

• Autor(a) principal: Torres, Ana Preciosa Oliveira
• Data de Publicação: 2017
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10348/7978
• topic: Arquitetura paisagista; Fogo controlado; Pastoreio; Paisagem; Desenho; Floresta

O presente trabalho reflete sobre a influência da aplicação da técnica de gestão florestal - fogo controlado - no desenho e leitura da paisagem florestal. A floresta, aparentemente de carácter natural, resulta da ação do Homem, pelo que a sua instalação, exploração e, ou preservação, implicam ações de gestão. Atualmente um dos principais aspetos ponderados na gestão das florestas prende-se com o controlo dos incêndios, sendo o fogo controlado uma das técnicas que visa a prevenção de incêndios. Pretende-se com o desenvolvimento do trabalho entender como a aplicação do fogo controlado influência os elementos presentes nas paisagens florestais e quais os princípios básicos de desenho de paisagem florestal que podem ser beneficiados pela aplicação desta técnica, e se a esta técnica podem ser associadas técnicas complementares. Como casos de avaliação utilizaram-se três projetos situados em diferentes zonas do país: serra do Marão (fogo controlado e pastoreio tradicional), Vila Pouca de Aguiar (fogo controlado e pastoreio dirigido) e Tapada Nacional de Mafra (fogo controlado, pastoreio selvagem e regeneração controlada), avaliando-se qualitativamente o modo como a aplicação da técnica do fogo controlado e técnicas complementares contribuíram ou não para um melhor desenho e leitura da paisagem. Concluiu-se que a aplicação do fogo controlado é uma técnica que adquire um carácter de manutenção e proteção das florestas portuguesas e quando associada a técnicas complementares as suas funções adquirem um efeito mais extenso no tempo e que a sua aplicação, com ou sem técnicas complementares, pode contribuir para um desenho mais equilibrado da paisagem, por valorização e melhora a leitura dos elementos que a constituem.