Identificação de diferentes padrões de resposta ao omalizumab em doentes com urticária crónica espontânea

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Marcelino,João
Data de Publicação: 2018
Outros Autores: Costa,Célia, Aguiar,Pedro, Pereira-Barbosa,Manuel
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0871-97212018000200004
Resumo: Introdução: O omalizumab está aprovado no tratamento da urticária crónica espontânea (UCE) grave, resistente à terapêutica quádrupla com anti-histaminicos H1 não sedativos (nsAH). No entanto, existem poucos dados que permitam prever a resposta dos doentes com UCE ao omalizumab. O objetivo deste trabalho é procurar identificar preditores/padrões de resposta de doentes com UCE submetidos a omalizumab. Métodos: Estudo retrospetivo (de 2006 a 2015) de doentes com UCE, tratados com omalizumab por um período superior a 6 meses. Realizaram-se estatísticas descritivas e análise estatística com qui-quadrado, odds ratio, modelos lineares generalizados. Resultados: Vinte e três doentes com UCE (3 do género masculino) foram incluídos no estudo. Antes de iniciarem tratamento com omalizumab, todos estavam medicados com dose quádrupla de nsAH, montelucaste e corticoterapia sistémica, e 15 faziam ainda anti-histaminicos H2. Oito doentes tinham tentado tratamento prévio com imunoglobulina G endovenosa, ciclosporina e azatioprina, sem eficácia. O uso de modelos lineares generalizados mostra que por cada administração de omalizumab observou-se uma redução do UAS (urticaria activity score) de 16 % (p <0,001) e do UAS 7 (urticaria activity score 7) de 20 % (p<0,001); as mulheres apresentaram uma redução do UAS de 15 % (p<0,001) e UAS7 de 17 % (p<0,001), comparativamente com os homens, que têm uma redução do UAS de 2 % (p=0,067) e UAS7 de 8 % (p<0,067). Doentes com uma IgE total sérica basal superior a 500kU/L apresentaram uma redução, por administração de omalizumab, do UAS de 28 % (p<0,001) e do UAS7 de 41 % (p<0,001), comparativamente a doentes com IgE total inferior a 100kU/L, que apresentaram uma redução do UAS de 12 % (p<0,001) e do UAS7 de 20 % (p<0,001). Conclusões: A resposta ao omalizumab parece ser mais rápida em doentes com valores de IgE total sérica basal mais elevada e no género feminino. A ausência de resposta a terapêuticas imunomoduladoras prévias não foi preditora de não resposta ao omalizumab.
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