CANCRO DO PULMÃO ASSOCIADO AO TRABALHO

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santos,M
Data de Publicação: 2023
Outros Autores: Almeida,A, Lopes,C
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2183-84532023000100315
Resumo: RESUMO Introdução/enquadramento/objetivos O Cancro do Pulmão é razoavelmente prevalente e, geralmente, mais letal que outros processos oncológicos. A relação entre a sua etiologia e a exposição a alguns riscos laborais pode ser relevante, pelo que será importante que os profissionais da área tenham algumas noções sobre o tema. Nesse sentido, é objetivo deste artigo reunir a melhor e mais recente evidência sobre o assunto. Metodologia Realizou-se uma Revisão Bibliográfica, tendo a pesquisa sido efetuada em janeiro de 2022, nas bases de dados “CINALH plus with full text, Medline with full text, Database of Abstracts of Reviews of Effects, Cochrane Central Register of Controlled Trials, Cochrane Database of Systematic Reviews, Cochrane Methodology Register, Nursing and Allied Health Collection: comprehensive, MedicLatina e RCAAP”. Conteúdo É o cancro mais mortal mundialmente; é o mais frequente no sexo masculino e o terceiro mais prevalente no feminino. Alguns investigadores consideram que é possível que algumas questões hormonais consigam potenciar o número de casos no sexo feminino. Neste género o mais frequente é o adenocarcinoma, menos associado ao tabaco. Acredita-se que a origem ocupacional pode justificar quase um terço dos casos. Neste contexto, os asbestos/amianto são o fator mais relevante (responsáveis por 55 a 85% dos casos com etiologia ocupacional), segundo alguns autores. Discussão e Conclusões Na bibliografia sobre o tema encontra-se evidência razoável de que o Cancro do Pulmão seja mais provável de ocorrer em situações em que haja exposição a Radão, Asbestos/Amianto/Sílica, Hidrocarbonetos Aromáticos Policíclicos, Fibra de Vidro, Diesel, Alumínio, Dióxido de Enxofre e/ou Matéria Particulada. A evidencia destaca alguns setores profissionais, como o da Construção (Civil e Naval), Fundições e Minas. Apesar disso, é escassa a bibliografia disponível, que demonstre o estudo deste fenómeno nas empresas nacionais, pelo que seria relevante que algumas equipas de Saúde e Segurança Ocupacionais dedicassem algum tempo a investigar estas questões, potenciando o conhecimento científico global sobre este tema e, em particular, caraterizando epidemiologicamente o panorama nacional (incidência, setores/profissões/tarefas mais afetados, bem como medidas de proteção coletiva e individuais mais usadas e/ou eficazes).
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