G-Terra: Directrizes para a gestão integrada das escorrências de estradas em Portugal

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Sousa Vieira, A.
Data de Publicação: 2010
Tipo de documento: Relatório
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://repositorio.lnec.pt:8080/jspui/handle/123456789/1001549
Resumo: Os recursos hídricos são a base de sustentação de todas as formas de vida na Terra e ecossistemas. Actualmente encontram-se em riscos de escassez, não só em termos de quantidade mas cada vez mais também da sua qualidade, o que cria a necessidade de medidas de controlo da poluição. O presente relatório congrega o trabalho realizado no âmbito duma bolsa de projecto com a duração de 12 meses e que decorreu no Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC). Esta instituição é a coordenadora do Projecto “G-Terra: Directrizes para uma gestão integrada das escorrências de estradas em Portugal” financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia com a referência PTDC/AMB/64953/2006. A compreensão dos impactes relativos das escorrências de estradas numa dada massa de água, quando existem outras fontes poluentes, é um elemento importante na decisão a utilizar no seu controlo, quando necessário. Para investigar este aspecto, seleccionou-se a bacia hidrográfica da Albufeira de S. Domingos, perto de Peniche, que é atravessada pelo IP6, Itinerário Principal construído em 2003. Utilizando ferramentas SIG caracterizaram-se os usos do solo da bacia hidrográfica e verificou-se que estes são essencialmente agrícolas, na sua maioria culturas temporárias. Analisaram-se os dados de qualidade da água da albufeira, desde 1999 até depois da construção da via e efectuou-se uma campanha de campo no dia 8 de Março de 2010 com o objectivo de confirmar dados do uso do solo e recolher amostras na zona da albufeira que recebe as escorrências do IP6 através da Ribeira da Azenha da Petinga. Os dados de qualidade da água analisados são restritos e dependentes de uma série de variáveis, como a precipitação. Uma análise aos dados do SNIRH indica que parâmetros como a CQO, SST e alguns metais pesados podem ter sofrido alterações devido à construção do IP6. Para apoiar a compreensão dos impactes relativos das diferentes fontes poluentes, procurou-se um modelo de bacia hidrográfica que pudesse ser aplicado, no universo de modelos da EPA dos EUA e de universidades europeias. Foram seleccionados dois, o BASINS e o WARMF. No entanto, ambos revelaram-se inadequados ao estudo por estarem adaptados às características dos suportes de informação georeferenciada dos EUA. Como complemento ao estudo, analisou-se a ferramenta de modelação HAWRAT, desenvolvida no Reino Unido que permite a previsão de impactes referentes às escorrências de estradas, com base nas características do meio hídrico receptor, da própria estrada e das condições meteorológicas. Esta ferramenta revelou-se mais apropriada ao estudo, embora não tenha sido possível aplicá-la à albufeira porque neste momento está preparada apenas para rios. Os resultados da aplicação da HAWRAT à ribeira da Azenha da Petinga revelam que os impactes previstos não são significativos, no entanto é necessário ter em conta que os dados iniciais representam uma situação específica e que a ribeira apresenta uma grande variação de caudais.
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