Uma “observação” sobre a utilização de cuidados preventivos pela mulher
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2011 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Relatório |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.18/348 |
Resumo: | As doenças com maior impacto na saúde da mulher devem merecer uma atenção especial e, se a evidência científica assim o indicar, serem objecto de práticas preventivas, nomeadamente, de exames de rastreio, de acordo com protocolos de actuação orientadores de quem deve ser rastreado, da idade de início, do intervalo e descontinuidade do rastreio e da sensibilidade e especificidade que se pode esperar dos respectivos testes, entre outros. Neste contexto, o Departamento de Epidemiologia, do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge e a Divisão de Saúde Reprodutiva, da Direcção-Geral da Saúde consideraram pertinente realizar, colaborativamente, o presente estudo, de modo a contribuir para aumentar a informação e conhecimento sobre a situação dos cuidados preventivos da população feminina de Portugal Continental. Objectivos: Estimar a percentagem de mulheres com determinadas práticas preventivas, na população do Continente. Metodologia: O estudo, descritivo transversal, constou de um inquérito realizado por entrevista telefónica a uma amostra de mulheres das famílias ECOS, em Maio-Junho de 2011. Esta amostra é aleatória e constituída por 1032 Unidades de Alojamento (UAs), contactáveis por telefone fixo e móvel, estratificada por Região de Saúde do Continente, com alocação homogénea. Em cada agregado, foi inquirido apenas um elemento do sexo feminino, com 18 ou mais anos. A recolha de dados foi feita através da aplicação de um questionário de 73 perguntas. As variáveis colhidas contemplaram a caracterização dos inquiridos, nomeadamente, no que diz respeito: tipo de cobertura médica; realização de exame periódico de saúde (EPS); prática de vacinação; práticas preventivas relacionadas com doenças crónicas, nomeadamente, cancro, saúde reprodutiva, saúde oral, da visão e da audição. Resultados: Obtiveram-se 826 questionários válidos, o que corresponde a uma taxa de resposta de 80,0%. As estimativas para os indicadores em estudo foram as seguintes: Ter médico assistente- 85% de mulheres ≥18 anos (n= 824); Exame periódico de saúde, há um ano ou menos- 51% de mulheres ≥50 anos (n=203); Reforço antitetânico há 10 anos ou menos- 86% de mulheres ≥18 anos (n=608);Vacinação para pneumococos- 19% de mulheres ≥65 anos (n=116); Teste para VIH/SIDA- 49% de mulheres 18-64 anos (n=668); Medição da tensão arterial, há 2 anos ou menos- 99% de mulheres ≥18 anos (n=564); Doseamento de colesterolemia, há 5 ou menos anos- 95% de mulheres ≥20 anos (n=454); Terapêutica “preventiva” com Estatinas- 9% de mulheres ≥45 anos (n=209); Doseamento de glicemia, há 3 anos ou menos- 92% de mulheres ≥45 anos (n=380); Realização de uma densitometria- 64% de mulheres ≥65 anos (n=124); Pesquisa de sangue oculto nas fezes, há 2 ou menos anos- 21% de mulheres 50-74 anos (n=314); Realização de uma sigmoidoscopia/colonoscopia, há 10 ou menos anos- 38% de mulheres 50-74 anos (n=329); Exame clínico mamário, no período de tempo adequado à respectiva idade- 52% de mulheres ≥20 anos (n=782); Exame clínico mamário, há 1 ano ou menos- 44% de mulheres ≥40 anos (n=259); Realização de uma mamografia, há 2 ou menos anos- 88% de mulheres 50-69 anos (n=252) ou 87% de mulheres 40-69 anos (n=468); Realização de, pelo menos, um exame pélvico- 71% de mulheres ≥25 anos (n=761); Realização de uma citologia cervical, há 3 ou menos anos- 77% de mulheres dos 25-69 anos (n=679); Planeamento da primeira/única gravidez- 75% de mulheres 18-55 anos (n=437); Realização de consulta preconcepcional relativa à primeira/única gravidez- 71% das gestações planeadas (n=317); Planeamento da última gravidez- 66% de mulheres 18-55 anos multíparas (n=302); Realização de consulta preconcepcional relativa à última gravidez- 74% das gestações planeadas (n=198); Aceitação da primeira/única gravidez, não planeada, por ambos os progenitores- 80% de mulheres 18-55 anos (n=115); Aceitação da última gravidez, não planeada, por ambos os progenitores- 81% de mulheres 18-55 anos (n=104); Terapêutica hormonal na menopausa- 31% de mulheres 45-64 anos em menopausa (n=219); Realização de, pelo menos, um exame clínico dentário- 93% de mulheres ≥18 anos (n=825); Realização de, pelo menos, um exame clínico oftalmológico- 91% de mulheres ≥40 anos (n=567); Realização de, pelo menos, um exame de audição- 40% de mulheres ≥18 anos (n=820). Discussão/Conclusões: Os resultados do estudo, apesar de fragilidades de algumas das estimativas, poderão contribuir para uma reflexão sobre a temática. É nesta, que se deve fundamentar as recomendações para a prestação de cuidados preventivos pela mulher. Afigura-se importante continuar a promover uma maior utilização de cuidados preventivos pela mulher |
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Objectivos: Estimar a percentagem de mulheres com determinadas práticas preventivas, na população do Continente. Metodologia: O estudo, descritivo transversal, constou de um inquérito realizado por entrevista telefónica a uma amostra de mulheres das famílias ECOS, em Maio-Junho de 2011. Esta amostra é aleatória e constituída por 1032 Unidades de Alojamento (UAs), contactáveis por telefone fixo e móvel, estratificada por Região de Saúde do Continente, com alocação homogénea. Em cada agregado, foi inquirido apenas um elemento do sexo feminino, com 18 ou mais anos. A recolha de dados foi feita através da aplicação de um questionário de 73 perguntas. As variáveis colhidas contemplaram a caracterização dos inquiridos, nomeadamente, no que diz respeito: tipo de cobertura médica; realização de exame periódico de saúde (EPS); prática de vacinação; práticas preventivas relacionadas com doenças crónicas, nomeadamente, cancro, saúde reprodutiva, saúde oral, da visão e da audição. Resultados: Obtiveram-se 826 questionários válidos, o que corresponde a uma taxa de resposta de 80,0%. As estimativas para os indicadores em estudo foram as seguintes: Ter médico assistente- 85% de mulheres ≥18 anos (n= 824); Exame periódico de saúde, há um ano ou menos- 51% de mulheres ≥50 anos (n=203); Reforço antitetânico há 10 anos ou menos- 86% de mulheres ≥18 anos (n=608);Vacinação para pneumococos- 19% de mulheres ≥65 anos (n=116); Teste para VIH/SIDA- 49% de mulheres 18-64 anos (n=668); Medição da tensão arterial, há 2 anos ou menos- 99% de mulheres ≥18 anos (n=564); Doseamento de colesterolemia, há 5 ou menos anos- 95% de mulheres ≥20 anos (n=454); Terapêutica “preventiva” com Estatinas- 9% de mulheres ≥45 anos (n=209); Doseamento de glicemia, há 3 anos ou menos- 92% de mulheres ≥45 anos (n=380); Realização de uma densitometria- 64% de mulheres ≥65 anos (n=124); Pesquisa de sangue oculto nas fezes, há 2 ou menos anos- 21% de mulheres 50-74 anos (n=314); Realização de uma sigmoidoscopia/colonoscopia, há 10 ou menos anos- 38% de mulheres 50-74 anos (n=329); Exame clínico mamário, no período de tempo adequado à respectiva idade- 52% de mulheres ≥20 anos (n=782); Exame clínico mamário, há 1 ano ou menos- 44% de mulheres ≥40 anos (n=259); Realização de uma mamografia, há 2 ou menos anos- 88% de mulheres 50-69 anos (n=252) ou 87% de mulheres 40-69 anos (n=468); Realização de, pelo menos, um exame pélvico- 71% de mulheres ≥25 anos (n=761); Realização de uma citologia cervical, há 3 ou menos anos- 77% de mulheres dos 25-69 anos (n=679); Planeamento da primeira/única gravidez- 75% de mulheres 18-55 anos (n=437); Realização de consulta preconcepcional relativa à primeira/única gravidez- 71% das gestações planeadas (n=317); Planeamento da última gravidez- 66% de mulheres 18-55 anos multíparas (n=302); Realização de consulta preconcepcional relativa à última gravidez- 74% das gestações planeadas (n=198); Aceitação da primeira/única gravidez, não planeada, por ambos os progenitores- 80% de mulheres 18-55 anos (n=115); Aceitação da última gravidez, não planeada, por ambos os progenitores- 81% de mulheres 18-55 anos (n=104); Terapêutica hormonal na menopausa- 31% de mulheres 45-64 anos em menopausa (n=219); Realização de, pelo menos, um exame clínico dentário- 93% de mulheres ≥18 anos (n=825); Realização de, pelo menos, um exame clínico oftalmológico- 91% de mulheres ≥40 anos (n=567); Realização de, pelo menos, um exame de audição- 40% de mulheres ≥18 anos (n=820). Discussão/Conclusões: Os resultados do estudo, apesar de fragilidades de algumas das estimativas, poderão contribuir para uma reflexão sobre a temática. É nesta, que se deve fundamentar as recomendações para a prestação de cuidados preventivos pela mulher. Afigura-se importante continuar a promover uma maior utilização de cuidados preventivos pela mulherInstituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge. Departamento de EpidemiologiaRepositório Científico do Instituto Nacional de SaúdeBranco, Maria JoãoPaixão, EleonoraVicente, Lisa Ferreira2012-01-04T11:50:39Z2011-122011-12-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/reportapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.18/348porBranco MJ, Paixão E, Vicente LF. Uma “observação” sobre a utilização de cuidados preventivos pela mulher. Lisboa: Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge. Departamento de Epidemiologia, 2011. 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