Effects of a community-based pulmonary rehabilitation programme during acute exacerbations of chronic obstructive pulmonary disease

• Autor(a) principal: Machado, Ana Filipa Marques Rego
• Data de Publicação: 2018
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: eng
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.22/13708
• topic: COPD; Pulmonary rehabilitation; Community

Introdução: A reabilitação respiratória (RR) é uma intervenção essencial na gestão da doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC) estável, com o potencial de ser igualmente eficaz nas exacerbações agudas (EADPOC). Contudo, o seu papel durante as EADPOC é ainda controverso pois a maioria dos estudos têm sido conduzidos em pacientes severos e hospitalizados, quando mais de 80% das EADPOC são geridas na comunidade. Objetivo: Este estudo avaliou os efeitos de um programa de RR comunitário durante as EADPOC. Métodos: 23 pacientes com EADPOC foram alocados voluntariamente ao grupo experimental (GE: n=12, 69±7anos, FEV1 52±27pp) ou controlo (GC: n=11, 66±9anos, FEV1 55±22pp). O GC recebeu tratamento farmacológico. O GE recebeu tratamento farmacológico e 3 semanas (2 sessões/semana) de RR (i.e., controlo ventilatório e técnicas de higiene brônquica, exercícios de mobilidade e expansibilidade torácica, exercício físico e apoio psicoeducativo). A frequência cardíaca, frequência respiratória (FR), saturação periférica de oxigénio (SpO2), escala modificada Medical Research Council (mMRC), dispneia e fadiga em repouso com a escala modificada de Borg, força muscular do quadricípite (FMQ), o teste 5-repetições sentar-levantar e o questionário de avaliação da DPOC (CAT) foram avaliados até 48h do diagnóstico de EADPOC (Pré) e após a RR (Pós). Calcularam-se as diferenças entre Pré/Pós e os tamanhos do efeito (ES). Resultados: Após a RR, apenas o GE apresentou melhorias significativas na FR, SpO2, dispneia em repouso, FMQ e CAT. Na comparação entre grupos, o GE melhorou de forma significativamente superior ao GC na FR (p=0.015; ES=-0.92), FMQ (p=0.034; ES=0.88) e CAT (p=0.013; ES=1.10). Não foram reportados efeitos adversos. Conclusão: A RR na comunidade parece ser uma intervenção segura e eficaz para a gestão das EADPOC, tendo demonstrado benefícios semelhantes aos já bem estabelecidos para a RR na DPOC estável. Estudos randomizados e com amostras maiores são necessários para verificar estes resultados.