Da invenção de inscrições romanas, ontem e hoje: a propósito de uma téssera de bronze
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2009 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10316/13556 |
Resumo: | A falsificação de inscrições romanas no tempo do Renascimento visava, sobretudo, proporcionar às cidades uma origem remota e atribuir lhe personagens ilustres. A matéria prima utilizada era o mármore. Na actualidade, o móbil da falsificação é predominantemente económico, no âmbito do mercado de antiguidades e, por isso, torna se mais rendível a falsificação de documentos em suporte de bronze. Estuda se aqui uma téssera proveniente precisamente desse mercado, que — pelas suas características tipológicas e, sobretudo, textuais — pode suscitar perplexidades. O objectivo é, pois, o de lançar a discussão no mundo científico, interrogando‐nos sobre o que se deve fazer em casos semelhantes: ignorar ou correr o risco de a dar a conhecer assim? O autor preferiu correr conscientemente esse risco. |
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Da invenção de inscrições romanas, ontem e hoje: a propósito de uma téssera de bronzeA falsificação de inscrições romanas no tempo do Renascimento visava, sobretudo, proporcionar às cidades uma origem remota e atribuir lhe personagens ilustres. A matéria prima utilizada era o mármore. Na actualidade, o móbil da falsificação é predominantemente económico, no âmbito do mercado de antiguidades e, por isso, torna se mais rendível a falsificação de documentos em suporte de bronze. Estuda se aqui uma téssera proveniente precisamente desse mercado, que — pelas suas características tipológicas e, sobretudo, textuais — pode suscitar perplexidades. O objectivo é, pois, o de lançar a discussão no mundo científico, interrogando‐nos sobre o que se deve fazer em casos semelhantes: ignorar ou correr o risco de a dar a conhecer assim? O autor preferiu correr conscientemente esse risco.Au temps de la Renaissance, on a fait des inscriptions ‘romaines’ envisageant l’attribution aux villes des origines anciennes et des personnages vraiment célèbres. On pense, par exemple, au cas de la Lusitanie romaine, où André de Resende, ayant à la main le marbre de Vila Viçosa, a procuré des textes pour montrer l’importance de sa Liberalitas Iulia Ebora. Aujourd’hui le marché des antiquités, si bien qu’il y ait aussi des exemples de fausses en marbre, s’intéresse le plus par le bronze, étant donné que sur des tables de bronze les Romains nous ont laissé des règlements juridiques assez importants et l’utilisation des détecteurs de métaux y peut très bien servir. En face d’une possible inscription non authentique, quelle doit être l’attitude scientifique du chercheur? L’ignorer tout court ou bien la présenter en tant que telle à la discussion de ses paires? C’est la deuxième hypothèse que l’auteur a consciemment adoptée, en présentant une tessera dont la typologie et le texte posent bien de problèmes.IGESPAR2009info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articlehttp://hdl.handle.net/10316/13556http://hdl.handle.net/10316/13556porRevista Portuguesa de Arqueologia. 12:1 (2009) 127-1380874-2782Encarnação, José d'info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2020-05-25T04:35:24Zoai:estudogeral.uc.pt:10316/13556Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T20:41:49.724448Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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