Anafilaxia - 8 anos de internamentos no Serviço de Imunoalergologia do Centro Hospitalar de Lisboa Norte
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Data de Publicação: | 2017 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
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Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0871-97212017000100003 |
Resumo: | Fundamentos: A anafilaxia é uma entidade muito variável do ponto de vista sintomatológico, tornando o seu diagnóstico bastante difícil. A tendência crescente de internamentos por este quadro e a sua incidência na Europa tornam-na um quadro relativamente comum na realidade em que nos encontramos. Objetivo: Caracterização de uma amostra de doentes internados num serviço de Imunoalergologia com o diagnóstico de anafilaxia. Material e métodos: Foram selecionadas 146 notas de alta cujo diagnóstico de saída foi anafilaxia. Dessas, apenas 133 processos de internamento estavam disponíveis ou continham dados suficientes para análise. A partir desta amostra foram analisados vários aspetos relacionados com o quadro de anafilaxia. Resultados: A anafilaxia foi mais comum no sexo feminino (58 %) e as principais causas foram os fármacos, os alimentos e as provas de provocação, correspondendo respetivamente a 49 %, 26 % e 8 % dos casos. Houve uma predominância de casos de anafilaxia por fármacos no inverno ao invés da anafilaxia alimentar, mais comum na primavera. Metade dos doentes não referiu episódios anteriores de anafilaxia. Registou-se um predomínio de manifestações mucocutâneas (93 %), seguido de respiratórias (71 %) e de cardiovasculares (32 %). A maioria das reações foi de gravidade moderada (57 %). Registou-se um maior número de casos graves na anafilaxia por fármacos no sexo masculino, em idades mais avançadas e nos casos sem episódios anteriores. 77 % dos casos foram observados por otorrinolaringologia e em 32 % destes objetivaram-se alterações das vias aéreas superiores; destas, as alterações laríngeas constituíram 41 % dos casos. 55 % dos doentes receberam tratamento com adrenalina e em 52 % dos casos foi prescrita uma caneta autoinjetora. Conclusões: A maioria das observações assemelha-se às de outros estudos publicados. No entanto, a administração de adrenalina e a prescrição de caneta autoinjetora são muito superiores nesta série. Além disso, denota-se também um maior contributo do serviço de otorrinolaringologia na avaliação dos doentes |
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