Variantes textuais no Livro do Desassossego: edição, codificação e interpretação
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Publication Date: | 2016 |
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Source: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
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Summary: | Em 1988, Ivo Castro, responsável pela edição crítica da obra de Fernando Pessoa para a Imprensa Nacional Casa da Moeda, perguntava, numa comunicação intitulada “Edição Crítica dePessoa: O Modelo Editorial Adoptado”:“como negar ao leitor o máximo de conhecimento sobre o que está escrito por Pessoa nos manuscritos, quando sabemos que dentro de uma geração, provavelmente, nem o leitor, nem nós, seremos ainda capazes de decifrar a tinta sumida dos papéis?”. Neste artigo mantenho que a codificação das fases de escrita no Livro do Desassossegopermite representar o processo de composição textual que é interpretado de maneira diferente pelos especialistas. A especificidade da escrita pessoana apresenta uma série de dificuldades que os especialistas enfrentam de forma diferente. Desta forma, a comparação entre o trabalho realizado com a edição crítica e o trabalho realizado com a codificação informática permite pôr em paralelo os problemas e soluções adotados em dois momentos diferenciados dos estudos pessoanos e dos estudos humanísticos em geral. |
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Variantes textuais no Livro do Desassossego: edição, codificação e interpretaçãoLivro do DesassossegoFernando PessoaEdiçãoEscritaVariantesEm 1988, Ivo Castro, responsável pela edição crítica da obra de Fernando Pessoa para a Imprensa Nacional Casa da Moeda, perguntava, numa comunicação intitulada “Edição Crítica dePessoa: O Modelo Editorial Adoptado”:“como negar ao leitor o máximo de conhecimento sobre o que está escrito por Pessoa nos manuscritos, quando sabemos que dentro de uma geração, provavelmente, nem o leitor, nem nós, seremos ainda capazes de decifrar a tinta sumida dos papéis?”. Neste artigo mantenho que a codificação das fases de escrita no Livro do Desassossegopermite representar o processo de composição textual que é interpretado de maneira diferente pelos especialistas. A especificidade da escrita pessoana apresenta uma série de dificuldades que os especialistas enfrentam de forma diferente. Desta forma, a comparação entre o trabalho realizado com a edição crítica e o trabalho realizado com a codificação informática permite pôr em paralelo os problemas e soluções adotados em dois momentos diferenciados dos estudos pessoanos e dos estudos humanísticos em geral.In 1988, IvoCastro, responsible for the critical edition of the work of Fernando Pessoa for the Imprensa Nacional Casa da Moeda, asked the audience in a communication entitled “Edição Crítica de Pessoa: O Modelo Editorial Adoptado”: "How deny to the reader all the knowledge in Pessoa's writing, when we know that, in generations, probably, neither the reader, neither us, will be able to decipher the missing ink of the papers?". In this article, I suggest that the encoding of the writing phases of The Book of Disquietallows to represent the textual composition process that is interpreted differently by the experts. The specificity of Pessoa's writing presents a number of difficulties that the experts face differently. Thus, the comparison between the work done by the critical edition and the work done with the encoding allows to put in parallel the problems and solutions adopted in two different moments of Pessoa's studies and humanities in general.Universidade Federal de Santa Catarina2016-05-09info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articlehttp://hdl.handle.net/10316/108806http://hdl.handle.net/10316/108806https://doi.org/10.5007/1807-9288.2016v12n1p54por1807-9288https://periodicos.ufsc.br/index.php/textodigital/article/view/1807-9288.2016v12n1p54Giménez, Diegoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-09-19T15:42:17Zoai:estudogeral.uc.pt:10316/108806Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T21:25:03.579997Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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Em 1988, Ivo Castro, responsável pela edição crítica da obra de Fernando Pessoa para a Imprensa Nacional Casa da Moeda, perguntava, numa comunicação intitulada “Edição Crítica dePessoa: O Modelo Editorial Adoptado”:“como negar ao leitor o máximo de conhecimento sobre o que está escrito por Pessoa nos manuscritos, quando sabemos que dentro de uma geração, provavelmente, nem o leitor, nem nós, seremos ainda capazes de decifrar a tinta sumida dos papéis?”. Neste artigo mantenho que a codificação das fases de escrita no Livro do Desassossegopermite representar o processo de composição textual que é interpretado de maneira diferente pelos especialistas. A especificidade da escrita pessoana apresenta uma série de dificuldades que os especialistas enfrentam de forma diferente. Desta forma, a comparação entre o trabalho realizado com a edição crítica e o trabalho realizado com a codificação informática permite pôr em paralelo os problemas e soluções adotados em dois momentos diferenciados dos estudos pessoanos e dos estudos humanísticos em geral. |
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