Estudo das alterações da asfericidade

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Vieira, Ana Cláudia Freitas
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1822/45716
Resumo: Dissertação de mestrado em Optometria Avançada
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spelling Estudo das alterações da asfericidadeCiências Naturais::Ciências FísicasDissertação de mestrado em Optometria AvançadaA asfericidade é uma característica morfológica muito importante da córnea humana pela sua relação com a qualidade ótica deste elemento ótico do olho. De facto, existe uma relação intrínseca entre a asfericidade e a aberração esférica da córnea, uma das aberrações de alta ordem que mais afetam a qualidade ótica do olho. Estima-se que para neutralizar a aberração esférica positiva média inerente ao olho humano para uma pupila de 5 a 6mm, será necessário que a córnea se aplane do centro para a periferia com uma asfericidade de aproximadamente -0,50 (valor adimensional). No entanto, segundo a literatura consultada, a asfericidade média da superfície anterior da córnea é próxima de -0,25 compensando apenas parte da dita aberração. Ainda varia com a distância ao centro tomada como referência o que normalmente não é considerado para referenciar os valores ou quando se comparam diferentes dispositivos. Considerando a importância que assume este parâmetro na avaliação da qualidade ótica do olho, na programação e avaliação pós-operatória de procedimentos cirúrgicos e na adaptação de lentes de contacto torna-se necessário realizar estudos populacionais que visem um melhor conhecimento do mesmo. Objetivo: Pretendeu-se com este estudo validar um Autorrefratómetro/Keratometro na medida da asfericidade, avaliar o valor da asfericidade corneal numa população do norte de Portugal e analisar se a mesma sofre alterações num período entre 5 a 10 anos. Métodos: Foram inicialmente analisados 107 olhos na comparação de valores de asfericidade e queratometrias num Autorrefratómetro/Keratometro-NIDEK_ARK-700A e num vídeoqueratoscopio. Foram posteriormente analisados em termos retrospetivos os registos clínicos de pacientes submetidos a uma consulta de optometria. Registaram-se os valores da refração subjetiva e os valores centrais da queratometria corneal, bem como, 4 medidas periféricas (asfericidade) com um Autorrefratómetro/Keratometro-NIDEK_ARK-700A. O estudo longitudinal da asfericidade foi feito a partir da comparação entre duas consultas (intervalo entre 5 a 10anos). Resultados: Em termos clínicos a diferença encontrada para as queratometrias foi de 0,03x120º // 0,02x30º e o valor de asfericidade que mais se aproxima entre os instrumentos foi para um diâmetro de 7mm. Na caraterização do valor da asfericidade, para uma população de 1484 olhos direitos (58,6% do sexo feminino) com uma idade média de 40,2±18,4anos o valor médio da asfericidade foi de -0,24±0,12. Não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas da asfericidade entre sexo (p=0,424), idade (p=0,268), grupos refrativos (p=0,107) e orientação do astigmatismo corneal (p=0,559). Numa análise longitudinal (5,9±1,3anos) de 190 olhos (62,1% do sexo feminino) os valores das diferenças encontradas para o erro refrativo médio foram de +0,16-0,01x136º (p>0,050), para o valor da asfericidade de 0,00±0,08 (p>0,813) e da curvatura central média de 0,06x14º//0,06x104º (p>0,084). Observou-se uma forte correlação positiva e estatisticamente significativa (r=0,790; p<0,050), nas alterações da asfericidade. Conclusões: Autorrefratómetro/Keratometro-NIDEK_ARK-700A apresenta valores semelhantes ao topógrafo corneal MODI 2.0 (CSO, Itália). O valor médio encontrado para a asfericidade está de acordo com a média da população caucasiana. Na população em estudo e num período até 10 anos o valor da asfericidade não sofreu alterações significativas, indo ao encontro dos valores referidos na literatura, contribuindo assim para atenuar a aberração esférica do olho.Asphericity is a very important morphological characteristic of the human cornea due to its relation with the optical quality of this optical element of the eye. In fact, there is an intrinsic relationship between asphericity and the corneal spherical aberration, one of the high order aberrations most affecting the optical quality of the eye. It is estimated that to neutralize the mean positive spherical aberration inherent to the human eye for a pupil of 5 to 6 mm, it would be necessary a flattening of the cornea from the center to the periphery with an asphericity of about -0.50 (dimensionless value). However, according to the literature, the mean asphericity of the anterior surface of the cornea is about -0.25 which only compensates part of this aberration. Asphericity varies with the distance to the center (reference value) which is not usually considered to refer the values or when comparing different devices. Considering the importance of this parameter in the evaluation of the optical quality of the eye, it is required to carry out population studies aimed at a better knowledge of the corneal asphericity in the planning and postoperative evaluation of surgical procedures and in the adaptation of contact lenses. Objectives: This study aimed to validate an Auto- refractometer / Keratometer in the measurement of corneal asphericity, to evaluate its value in a population from the north of Portugal and to analyze if the asphericity change within a 5-10 years period. Methods: 107 eyes were initially analyzed in the comparison of asphericity and keratometry values with an Autorefractometer /Keratometer-NIDEK_ARK-700A and with a videokeratoscope. The clinical records of patients undergoing optometry consultation were retrospectively analyzed. Subjective refraction and central keratometry values were recorded, as well as 4 peripheral measurements of the asphericity with an Autorefractometer / Keratometer-NIDEK_ARK-700A. The longitudinal study of the asphericity was made from the comparison of the values of another posterior consultation (interval of 5 to 10 years). Results: In clinical terms the difference found for keratometry was 0.03x120º // 0.02x30º and the most consistent value between the two instruments was that relative to a diameter of 7mm. In the characterization of the asphericity value, for a population of 1484 right eyes (58.6% females) with a mean age of 40.2 ± 18.4 years the mean value of asphericity was -0.24 ± 0.12. No statistically significant differences were found in the asphericity between sex (p = 0.424), age (p = 0.268), refractive groups (p = 0.107) and orientation of corneal astigmatism (p = 0.559). In a longitudinal analysis (5.9 ± 1.3 years) of 190 eyes (62.1% of females), the differences found for the mean refractive error were +/- 0.16-0.01x136º (p> 0.050), for the asphericity were 0.00 ± 0.08 (p> 0.813) and for the mean central curvature was 0.06x14 ° / 0.06x104 ° (p> 0.084). There was a strong positive and statistically significant correlation (r = 0.790, p <0.050), in the asphericity changes. Conclusions: Autorefractometer/Keratometer-NIDEK_ARK-700A shows similar values to the corneal topographer MODI 2.0 (CSO, Italy). The mean value found for asphericity is in agreement with the average for Caucasian population. In the population under study and in a period of up to 10 years the value of asphericity did not change significantly, matching the values reported in literature, thus contributing to attenuate the spherical aberration of the eye.Pereira, António Manuel QueirósGonzález-Méijome, José ManuelUniversidade do MinhoVieira, Ana Cláudia Freitas2017-03-162017-03-16T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/1822/45716por201680254info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-07-21T11:54:02ZPortal AgregadorONG
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