EDSexU: Epidemiologia das Disfunções Sexuais em Universitários

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Moreira, Pedro José da Mota
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.6/8420
Resumo: Introdução: A saúde e função sexual são integrantes essenciais da saúde geral de qualquer ser humano, independentemente da idade. No caso do homem adulto as disfunções sexuais estão bem documentadas, mas nas faixas etárias mais jovens, nos quais se incluem os universitários, aborda-se pouco a questão da função sexual. Contudo, disfunções sexuais nestas faixas etárias não são incomuns e questões relacionadas com a função sexual, e alteração da mesma, também preocupam os jovens, não se devendo negligenciar este tópico. Objetivo: Identificar e caracterizar a prevalência de disfunções sexuais (Disfunção Erétil (DE), Distúrbios da Ejaculação (DEj) e Alteração da Libido (AL)) em estudantes universitários portugueses do sexo masculino. Verificar se existem diferenças entre estudantes de Medicina e de outros cursos neste tema. Materiais e Métodos: Elaborou-se um questionário online com as variáveis que interessavam estudar e distribui-se por 9 instituições de ensino superior portuguesas. Posteriormente, analisou-se estatisticamente os resultados com recurso ao SPSS®. Resultados: Obteve-se 634 questionários válidos. 34,7% dos inquiridos refere estar “insatisfeito” e/ou “muito insatisfeito” com a sua função sexual. Os estudantes de Medicina apresentam maior satisfação com a função sexual do que os de outros cursos. 49,1% dos elementos consideram que a entrada no ensino superior prejudicou a sua vida e/ou função sexual. 44,2% dos inquiridos assume que já sofreu algum tipo de alteração da função sexual. 4,3% e 11,9% relatam algum grau de dificuldade em ter ou manter a ereção, respetivamente. Em pelo menos metade das relações sexuais 18,2% relatam ejacular com muito pouco estímulo e 24,1% antes de querer. 2,4% refere um Intravaginal Ejaculatory Latency Time (IELT) inferior a 1 minuto, 6,3% entre 1 e 3 minutos, e 7,1% superior a 30 minutos, originando uma incidência de Ejaculação Prematura (EP) de 8,7% e Ejaculação Retardada (ER) de 7,1%. AL verifica-se em 3,9% dos inquiridos. Verificou-se, uma influência negativa do consumo de álcool na qualidade das ereções e um IELT superior para fumadores. Conclusão: Este trabalho demonstra que as disfunções sexuais não são incomuns entre os universitários portugueses, existindo uma grande quantidade de jovens fracamente satisfeitos com a sua função e/ou vida sexual. Verificou-se ainda algumas diferenças estatisticamente significativas entre os estudantes de Medicina e de outros cursos.