As estratégias de internacionalização de empresas portuguesas: os casos de multinacionais e PMEs

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Sousa, Tiago Daniel Rodrigues de
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10773/15744
Resumo: O principal objetivo do presente estudo visa analisar as estratégias de internacionalização adotadas por empresas portuguesas de diferentes indústrias, e identificar alguns fatores que potenciem o sucesso das empresas durante este processo de internacionalização. Deste modo optou-se por um estudo qualitativo com entrevistas semiestruturadas baseadas num guião de entrevista (gravadas em áudio e transcritas na totalidade), envolvendo os diretores / responsáveis nas empresas por esta área da internacionalização, em seis empresas diferentes; foi ainda entrevistado um especialista em internacionalização com background desenvolvido no exercício de funções enquanto colaborador da AEP. Segundo foi apurado neste estudo destacam-se as áreas de relações humanas (rede de contactos (network); o know-how sobre o mercado local; as relações de confiança; proximidade cultural e linguística (CPLP)) e a capacidade técnica das empresas (a proximidade geográfica dos mercados; a adaptabilidade da empresa; a capacidade financeira e de inovação) como sendo fundamentais para a internacionalização de sucesso. Estes fatores supracitados potenciam o sucesso em novos mercados para as empresas complementando assim o que é apresentado pelas diferentes teorias na literatura (e. g. teoria de Uppsala). De notar que Blake e Mouton e estudos da Universidade de Michigan referem aspetos técnicos (da tarefa e da produção) e de relações humanas (preocupação com as pessoas) como sendo importantes na liderança de empresas, fatores que agora alargamos à internacionalização. Outro fator fundamental para o sucesso da internacionalização das empresas estudadas é a masculinidade, ou seja, a assertividade e a orientação para o sucesso dos gestores entrevistados e responsáveis pela área da internacionalização. De acordo com o modelo de Hofstede (2001), referido no capítulo 5, Portugal apresenta-se como sendo pouco masculina e pouco assertiva, coletivista, e com maior distância de poder. No entanto, a informação recolhida neste estudo, nomeadamente nas entrevistas, mostra aspetos contrários, ou seja, os diretores mostram-se mais masculinos, impulsionados também pela dificuldade acrescida de conquistar negócios em ambientes internacionais. Assim, os resultados e a competição revelam-se como sendo preocupações fundamentais, mas sem no entanto menosprezar os aspetos femininos de qualidade de relacionamento interpessoal.
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Segundo foi apurado neste estudo destacam-se as áreas de relações humanas (rede de contactos (network); o know-how sobre o mercado local; as relações de confiança; proximidade cultural e linguística (CPLP)) e a capacidade técnica das empresas (a proximidade geográfica dos mercados; a adaptabilidade da empresa; a capacidade financeira e de inovação) como sendo fundamentais para a internacionalização de sucesso. Estes fatores supracitados potenciam o sucesso em novos mercados para as empresas complementando assim o que é apresentado pelas diferentes teorias na literatura (e. g. teoria de Uppsala). De notar que Blake e Mouton e estudos da Universidade de Michigan referem aspetos técnicos (da tarefa e da produção) e de relações humanas (preocupação com as pessoas) como sendo importantes na liderança de empresas, fatores que agora alargamos à internacionalização. Outro fator fundamental para o sucesso da internacionalização das empresas estudadas é a masculinidade, ou seja, a assertividade e a orientação para o sucesso dos gestores entrevistados e responsáveis pela área da internacionalização. De acordo com o modelo de Hofstede (2001), referido no capítulo 5, Portugal apresenta-se como sendo pouco masculina e pouco assertiva, coletivista, e com maior distância de poder. No entanto, a informação recolhida neste estudo, nomeadamente nas entrevistas, mostra aspetos contrários, ou seja, os diretores mostram-se mais masculinos, impulsionados também pela dificuldade acrescida de conquistar negócios em ambientes internacionais. Assim, os resultados e a competição revelam-se como sendo preocupações fundamentais, mas sem no entanto menosprezar os aspetos femininos de qualidade de relacionamento interpessoal.The main objective of this study is to contribute to the improvement of internationalization strategies adopted by portuguese companies in different industries, and to identify some factors that enhance the success of companies in this internationalization process. Thus we chose to do a qualitative study with semi-structured interviews based on an interview script (interviews audio recorded and transcribed in full) involving the directors / people responsible for this field of internationalization in six companies. Six different companies were thus researched and an expert in internationalization with a background developed in the performance of duties as an employee of AEP (Associação Empresarial de Portugal) was also interviewed. According to what this study unveiled the activities that are highlighted are: human relationships (network of contacts, know-how about the local market; trusting relationships; cultural and linguistic proximity e.g. to CPLP – Community of Portuguese Speaking Countires; and masculinity) and the technical capacity of companies (geographical proximity to markets; focus on emerging markets; the adaptability of the company; the financial and innovation capacity) as being fundamental to the success of internationalization initiatives. These aforementioned factors enhance the success in new markets for companies thus complementing what is presented by the different theories in the literature (e.g. theory of Uppsala). It should be noted that Blake and Mouton and Michigan University studies refer to technical aspects (relating to the task and to production) and human relations aspects (concern for people) as being important to the leadership of companies, factors which we now have extended to the internationalization process. Thus, a key factor for the success of the internationalization process of the companies studied is the masculinity of its managers, in essence the assertiveness and orientation towards success of the managers interviewed. According to Hofstede (2001), Portugal presents itself as being more feminine and not very assertive, collectivist and with high power distance. However, the information collected in this study, namely in the interviews, shows contrary evidence to the masculinity perspective. The directors interviewed came across as being very masculine, spurred on by the added difficulty of gaining market share abroad. Thus, attaining results and being competitive are major concerns, albeit without forgetting the feminine aspects related to interpersonal relationship quality.Universidade de Aveiro2016-06-16T14:15:16Z2015-01-01T00:00:00Z2015info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10773/15744TID:201595770porSousa, Tiago Daniel Rodrigues deinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-02-22T11:29:12Zoai:ria.ua.pt:10773/15744Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T02:51:03.148923Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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