Envelhecimento ativo: Portugal vs. China

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Tita, Melissa Clotilde de Almeida
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10773/17581
Resumo: A presente dissertação propõe-se a tratar de um tema recente, o envelhecimento ativo, tanto na sociedade Portuguesa como Chinesa, tendo como relevância, ajudar a perceber se estes dois países tem pontos concordantes neste tema ou se diferem. Assim, partindo do princípio que estas duas sociedades são bastante distantes (Hofstede, 1991), num determinado momento, tentarei demonstrar, através de entrevistas as populações alvo, se estás tem pontos de contacto. Estes dois países em causa, Portugal e China estão situados em extremos opostos do globo, Portugal pertence ao ocidente e a China pertence ao Oriente, ambos são ricos em património histórico e cultural, possuindo dessa maneira um conjunto interessante de regras e costumes diferentes. O envelhecimento mostra-se como um dos problemas decisivos do século XXI (Hessel, 2008). Nas últimas décadas do século XX verificou-se um aumento constante do número de idosos, o que levou a um desvio dos padrões demográficos das sociedades, envelhecendo-as. Historicamente, a sociedade chinesa colocou os idosos num pedestal (Powell, 2003), enquanto a sociedade portuguesa tende a esquecer-se do contributo dado por estes. Na China, fazia parte dos deveres filiais impostos pelo confucionismo que os filhos cuidassem dos seus pais quando estes envelheciam. No entanto, hoje, essa antiga máxima está a ser ultrapassada, no exato momento em que a proporção de pessoas idosas está a aumentar, com o “super envelhecimento” da população assim a ocorrer. Quando combinamos isto com a diminuição de nascimentos associadas a política do filho único, além da falta de um sistema de bem-estar desenvolvido, o aumento do número de idosos está a dar origem a preocupações severas entre os decisores políticos chineses (Powell, 2003). Em Portugal, existe um dever cívico e moral imposto aos filhos para cuidarem dos seus pais, mas nem todos os cidadãos portugueses cumprem esse dever, abandonando assim, por vezes os idosos. Este trabalho não tenta minimizar os problemas existentes e a procurar de políticas para ajudar os mais velhos, mas sim apresentar um modo diferente sobre o envelhecimento, com foco nos “idosos ativos” portugueses e chineses. Como tal, tenta dissipar os estereótipos dados aos idosos, através de um discurso alternativo que acredito ser possível, no qual os idosos são vistos como um recurso, e não como um problema tanto na nossa sociedade portuguesa como na china. Tudo isto tem implicações para o desenvolvimento epistemológico da gerontologia. O meu objetivo é estudar estas culturas diferentes tanto a nível socioeconómico como cultural e saber onde estás se encontram.
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Nas últimas décadas do século XX verificou-se um aumento constante do número de idosos, o que levou a um desvio dos padrões demográficos das sociedades, envelhecendo-as. Historicamente, a sociedade chinesa colocou os idosos num pedestal (Powell, 2003), enquanto a sociedade portuguesa tende a esquecer-se do contributo dado por estes. Na China, fazia parte dos deveres filiais impostos pelo confucionismo que os filhos cuidassem dos seus pais quando estes envelheciam. No entanto, hoje, essa antiga máxima está a ser ultrapassada, no exato momento em que a proporção de pessoas idosas está a aumentar, com o “super envelhecimento” da população assim a ocorrer. Quando combinamos isto com a diminuição de nascimentos associadas a política do filho único, além da falta de um sistema de bem-estar desenvolvido, o aumento do número de idosos está a dar origem a preocupações severas entre os decisores políticos chineses (Powell, 2003). Em Portugal, existe um dever cívico e moral imposto aos filhos para cuidarem dos seus pais, mas nem todos os cidadãos portugueses cumprem esse dever, abandonando assim, por vezes os idosos. Este trabalho não tenta minimizar os problemas existentes e a procurar de políticas para ajudar os mais velhos, mas sim apresentar um modo diferente sobre o envelhecimento, com foco nos “idosos ativos” portugueses e chineses. Como tal, tenta dissipar os estereótipos dados aos idosos, através de um discurso alternativo que acredito ser possível, no qual os idosos são vistos como um recurso, e não como um problema tanto na nossa sociedade portuguesa como na china. Tudo isto tem implicações para o desenvolvimento epistemológico da gerontologia. O meu objetivo é estudar estas culturas diferentes tanto a nível socioeconómico como cultural e saber onde estás se encontram.This dissertation proposes to deal with a recent theme, active aging, both in Portuguese society as well in the Chinese one, aiming at helping us understand whether these two countries are in agreement on this issue. Thus, assuming that the two societies are quite distant (Hofstede, 1991), at some point, efforts will be made to try to show, by interviewing the target population, if they have contact points. The two countries concerned, Portugal and China are situated at opposite ends of the globe, Portugal belongs to the West and China belongs to the East, both are rich in historical and cultural heritage, thus having an interesting set of different rules and customs. Aging shows up as one of the key problems of the 21st century (Hessel, 2008). In the last decades of the 20th century, there was a continuous increase in the number of older people, shifting the demographics of our societies, aging them. Historically, Chinese society places older people on a pedestal (Powell, 2003), while the Portuguese society tends to forget the contribution made by them. In China, part of the duties imposed by Confucianism are that children have to take care of their parents when they grow old. However, today, this old adage is being exceeded, at the very moment that the proportion of older people is increasing, with the "super aging" of the population occurring as well. When we combine this with the decrease in births associated with the one-child policy and the lack of a developed welfare system, the increased number of elderly citizens is giving rise to serious concerns among Chinese policy makers (Powell, 2003). In Portugal, there is a civic and moral duty imposed on children to take care of their parents, but not all Portuguese citizens fulfill this duty, thus sometimes abandoning the elderly. This dissertation does not attempt to minimize the existing problems and to seek policies to help older but to present a different view on aging, focusing on "active seniors", Portuguese and Chinese. As such, attempts to dispel the stereotypes given to elderly people, through an alternative discourse that is believed as possible, in which the elderly are seen as a resource, not as a problem, both in the Portuguese society and in China. All this has implications for the epistemological development of gerontology. The goal is to study these different cultures, both at a socioeconomic as well as at cultural level, to understand where they meet.Universidade de Aveiro2017-05-26T09:51:36Z2016-01-01T00:00:00Z2016info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10773/17581porTita, Melissa Clotilde de Almeidainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-02-22T11:33:24Zoai:ria.ua.pt:10773/17581Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T02:52:35.827930Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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