Índice de massa corporal e ganho ponderal gestacional como fator determinante do peso ao nascer do recém-nascido

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Ana Rita Costa da
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10362/10755
Resumo: RESUMO - Introdução: A literatura aponta que a gravidez é um período do ciclo reprodutivo associado com o excesso de peso, que se tem tornado um problema de saúde pública em ascensão. Na verdade, evidências sugerem que o excessivo peso pré-gestacional e o ganho ponderal excessivo estão associados a um peso elevado do RN. Objetivos: Relacionar o IMC antes da conceção e o ganho ponderal durante a gestação com o PN do RN. Métodos: Foi realizado um estudo epidemiológico, analítico, observacional e transversal, com uma amostra de cento e três mães e respetivos RNs, de termo, saudáveis e de gravidez única, da Unidade de Obstetrícia do Hospital Beatriz Ângelo. Estas foram recrutadas entre novembro de 2012 e março de 2013 inclusive. Para tal, foram recolhidos dados clínicos e outras informações relativas à gravidez e parto, nomeadamente o PN, através do sistema informático. Resultados: Após a análise dos resultados, constatou-se que mães com IMC superior a 25 antes da gravidez apresentam ganho ponderal durante a gravidez acima dos valores recomendados (47,2%). A prevalência de macrossomia e baixo peso ao nascer também foi maior em mães com excesso de peso (p=0,021), tal como de PIG e GIG (p=0,004). Observando a influência do ganho ponderal verificou-se que 9,5% (n=4) das mães com ganho ponderal excessivo tiveram RN com elevado peso ao nascer, enquanto 14,3% (n=4) das mães com ganho ponderal abaixo do recomendado tiveram RN com baixo peso ao nascer (p=0,018). Verificou-se também que o tempo de gestação é maior em mães com ganho ponderal acima do recomendado (p=0,024), e que este fator está positivamente associado com o PN (r=0,218; p=0,029), comprimento (r=0,221; p=0,027) e PC (r=0,249; p=0,012) do RN. No que se refere às correlações, encontrou-se uma correlação positiva moderada entre os fatores maternos (peso antes de engravidar; IMC pré-gestacional; e ganho ponderal) e o PN. Discussão/Conclusão: Desta forma, podemos concluir que tanto o excesso de peso pré-gestacional como o ganho de peso inadequado durante a gestação têm implicações diretas no peso do recém-nascido, nomeadamente aumentando o risco de macrossomia fetal.
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spelling Índice de massa corporal e ganho ponderal gestacional como fator determinante do peso ao nascer do recém-nascidoGravidezIMC pré-gestacionalGanho ponderalPeso ao nascerRecém-nascidoPregnancyPre-pregnancy BMIWeight gainBirth weightNewbornRESUMO - Introdução: A literatura aponta que a gravidez é um período do ciclo reprodutivo associado com o excesso de peso, que se tem tornado um problema de saúde pública em ascensão. Na verdade, evidências sugerem que o excessivo peso pré-gestacional e o ganho ponderal excessivo estão associados a um peso elevado do RN. Objetivos: Relacionar o IMC antes da conceção e o ganho ponderal durante a gestação com o PN do RN. Métodos: Foi realizado um estudo epidemiológico, analítico, observacional e transversal, com uma amostra de cento e três mães e respetivos RNs, de termo, saudáveis e de gravidez única, da Unidade de Obstetrícia do Hospital Beatriz Ângelo. Estas foram recrutadas entre novembro de 2012 e março de 2013 inclusive. Para tal, foram recolhidos dados clínicos e outras informações relativas à gravidez e parto, nomeadamente o PN, através do sistema informático. Resultados: Após a análise dos resultados, constatou-se que mães com IMC superior a 25 antes da gravidez apresentam ganho ponderal durante a gravidez acima dos valores recomendados (47,2%). A prevalência de macrossomia e baixo peso ao nascer também foi maior em mães com excesso de peso (p=0,021), tal como de PIG e GIG (p=0,004). Observando a influência do ganho ponderal verificou-se que 9,5% (n=4) das mães com ganho ponderal excessivo tiveram RN com elevado peso ao nascer, enquanto 14,3% (n=4) das mães com ganho ponderal abaixo do recomendado tiveram RN com baixo peso ao nascer (p=0,018). Verificou-se também que o tempo de gestação é maior em mães com ganho ponderal acima do recomendado (p=0,024), e que este fator está positivamente associado com o PN (r=0,218; p=0,029), comprimento (r=0,221; p=0,027) e PC (r=0,249; p=0,012) do RN. No que se refere às correlações, encontrou-se uma correlação positiva moderada entre os fatores maternos (peso antes de engravidar; IMC pré-gestacional; e ganho ponderal) e o PN. Discussão/Conclusão: Desta forma, podemos concluir que tanto o excesso de peso pré-gestacional como o ganho de peso inadequado durante a gestação têm implicações diretas no peso do recém-nascido, nomeadamente aumentando o risco de macrossomia fetal.ABSTRACT - Background: The literature points out that the pregnancy is a period of the reproductive cycle associated with overweight that has become a growing issue of public health. In fact, there are evidences that suggest that the pre-pregnancy overweight and the excessive weight gain are related to a high birth weight (BW). Objectives: Relate the body mass index before pregnancy and the weight gain during pregnancy with BW of the newborn. Methods: It was conducted an epidemiological, analytic, observational and transversal study with a sample of one hundred and three mothers and their newborns, full term in singleton pregnancies from the Obstetrics Unit of Hospital Beatriz Angelo. These mothers were recruited between November of 2012 and March of 2013, including. We collected clinical data and other relevant information relating to pregnancy and childbirth, including BW, from the computer system. Results: After the analysis the results, it was found that mothers with overweight before pregnancy presented values of weight gain during pregnancy higher than recommended (47,2%). The prevalence of macrosomia low birth weight, small for gestational age and large for gestational age were also higher in mothers with overweight (p=0021; p=0,004). Considering the influence of weight gain it was concluded that 9,5% (n=4) of mothers with excessive weight gain had newborns with high birth weight (p=0,018), while 14,3% (n=4) of mothers with low weight gain had newborns with low birth weight (p=0,018). Besides, it was also verified that gestational age is longer in mothers with values of weight gain above the recommendations (p=0,024), and that this factor is positively associated with BW (r=0,218; p=0,029), length (r=0,221; p=0,027) and head circumference of the newborn (r=0,249; p=0,012). Referring to correlations, it was found a moderate positive association between maternal factors (weight before conception; pre-pregnancy BMI and weight gain) and BW. Discussion/Conclusion: Thus, it’s possible to conclude that both excessive pre-pregnancy weight as inadequate weight gain during pregnancy have direct influence in the weight of the newborn, specially raising the risk of fetal macrosomia.Escola Nacional de Saúde Pública. Universidade Nova de LisboaSousa, JoanaRUNSilva, Ana Rita Costa da20132013-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10362/10755TID:201112450porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-03-11T03:44:40Zoai:run.unl.pt:10362/10755Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T03:19:42.328167Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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