"Tornar-se outra pessoa”: narrativas de transformação subjetiva e processos de distinção entre os jovens estudantes Erasmus em Lisboa
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2014 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | https://ciencia.iscte-iul.pt/public/pub/id/18452 http://hdl.handle.net/10071/8512 |
Resumo: | O programa de mobilidade estudantil universitária ERASMUS é bem conhecido em toda a Europa, deslocando anualmente uns 250.000 alunos por 33 países. Os seus princípios de intercâmbio cultural, ensino na pluralidade e mobilidade transnacional fazem dele o programa bandeira dos ideais da União Europeia, com um alto grado de apreciação política e de popularidade geral. Aliás, as experiências de descobrimento pessoal, emancipação e abertura ao cosmopolitismo dos jovens no estrangeiro, constituem um ritual de passo incontornável na cultura juvenil dum determinado grupo social que vai ser caracterizado pelo seu “capital de mobilidade”. Os Erasmus, entre “migrantes estudantis” e “turistas juvenis” chegam entre a maravilha e a comoção num país diferente do seu, adaptam-se ou rejeitam os seus contextos iniciais, buscam novas vidas e finalmente “descobrem-se a sim mesmos” nesse novo lugar. O período Erasmus vai ser marcado pelos processos de trânsito das suas vidas para novas subjetividades, sempre definidas pelas estratégias de distinção e de diferenciação que procurarão respeito dos outros jovens num novo contexto. Neste artigo vamos conhecer os percursos vitais e as modalidades adaptativas de 6 estudantes estrangeiros em Lisboa segundo as suas próprias narrativas de deslocamento juvenil e adaptação urbana. The ERASMUS Programme to study abroad is well known throughout Europe, involving about 250,000 exchange students traveling annually through 33 countries. The principles of cultural exchange, education in diversity and transnational mobility make it the banner program for the ideals of the European Union and has a high degree of popularity and consideration among politicians and common people. Moreover, the experiences of personal discovery, emancipation and openness to the cosmopolitanism of those students when they are abroad, constitute an essential “rite of passage” of a particular social group of youth characterized for embodying “Mobiliy Capital”. The “Erasmus”, considered always as a mixture between “student migration” and “youth tourism” are wondered or shocked when they first arrive to a country different than theirs. They adapt or reject their initial contexts and contacts, seeking for a new lives, to finally “discover themselves” in new places (and through new selves). Their Erasmus period is characterized by the transition processes of their lives towards new subjectivities, that are always defined by the strategies of distinction and differentiation of themselves in opposition to other young people in the new context. In this article we will present the life pathways and patterns of adaptation of six foreign students in Lisbon according to their narratives of youth mobility and urban adjustment. |
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