Adolescência e delinquência: variáveis significativas para a construção de um modelo explicativo
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2014 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1645-00862014000100022 |
Resumo: | Na Psicologia do Desenvolvimento existe amplo consenso relativamente à complexidade dos comportamentos anti-sociais, sobretudo durante a adolescência, estádio em que se verificam múltiplas e importantes mudanças. Assim, foi concebido um projecto de investigação com o intuito de dar resposta a algumas questões sobre o fenómeno anti-social que ainda carecem de esclarecimento, especialmente no que concerne a potenciais variáveis explicativas, como aptidões sociais, auto-conceito, personalidade, ambiente familiar e nível socioeconómico. Foi aplicado um protocolo de avaliação composto por um questionário sociodemográfico e as versões portuguesas do YSR (Fonseca & Monteiro, 1999); SSQ-Student Form (Mota, Matos, & Lemos, 2011); FES (Matos & Fontaine, 1992); PHCSCS-2 (Veiga, 2006), EPQ-J (Fonseca, 1989), e SPM-56 (Raven, Court & Raven, 1998) em cinco Centros Educativos numa amostra de 121 rapazes entre os 14 e os 20 anos de idade (M= 16,54). Os resultados revelaram peculiaridades na amostra, nomeadamente uma prevalência considerável de nível socioeconómico baixo e manifestações comportamentais tanto de cariz agressivo como de desobediência, sendo roubos e agressões as formas mais frequentemente reportadas de comportamentos anti-sociais. Ficou também claro o papel preditivo de algumas variáveis de personalidade, auto-conceito, percepção de ambiente familiar e auto-controlo na escala "Antisocial" e "Problemas de Atenção/Hiperactividade" do YSR. Com o projecto de investigação apresentado ficam, portanto, evidenciadas as particularidades dos jovens delinquentes enquanto grupo específico no que diz respeito às suas percepções e características individuais, sociais, comportamentais e familiares. Acreditamos que, se estas forem consideradas para o design de novos programas de prevenção e intervenção, poderão contribuir para a sua eficácia. |
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