Estudo piloto para validação de um Protocolo de Rastreio Oftalmológico Infantil em Cuidados de Saúde Primários

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pinto, Fátima
Data de Publicação: 2014
Outros Autores: Rodrigues, Sandra, Pessoa, Bernardete, Coelho, Pedro Pinto
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: https://doi.org/10.25754/pjp.2007.4654
Resumo: Objectivo: Aferição de um protocolo de Rastreio Oftalmológico Infantil organizado e realizado numa consulta de Pediatria de ambulatório, com o intuito de serem referenciadas à consulta de Oftalmologia as crianças que dela realmente necessitam. Material e Métodos: Análise comparativa com base num estudo prospectivo de uma população de 423 crianças observadas na consulta de Pediatria num Centro de Saúde urbano entre Abril de 2004 e Agosto de 2005. A amostra, de conveniência e consecutiva, foi constituída por crianças levadas à consulta programada de Vigilância Infantil da Pediatria de um Centro de Saúde urbano, sem qualquer queixa, aparentemente saudáveis e sem doença oftalmológica diagnosticada. Todas as crianças foram submetidas a rastreio oftalmológico, segundo um protocolo estruturado pela Pediatria e que incluiu exame ocular externo; reflexo vermelho pupilar; testes de cover e Hirschberg; movimentos oculares, reflexos pupilares fotomotores, acuidade visual e estereopsia. Deste grupo inicial foi seleccionado, de forma leatória simples, um subgrupo de 158 crianças para reavaliação pela especialidade de Oftalmologia de um Hospital Central Universitário que colaborou no estudo desconhecendo por completo os resultados da observação pediátrica. Resultados: Compareceram à Consulta de Oftalmologia 101 crianças das 158 que concordaram participar no estudo. Na consulta de Pediatria houve suspeita de alteração oftalmológica em 22 crianças. Verificaram-se 13 casos de baixa acuidade visual/acuidade visual assimétrica, 2 de estrabismo, 9 de erro refractivo, 1 de megalocórnea e 1 de ptose palpebral. Na observação por Oftalmologia, detectaram-se 26 crianças com anomalia oftalmológica. Verificaram-se 4 casos de ambliopia, 5 de estrabismo (3 latente e 2 manifesto), 23 de erro refractivo e 1 de megalocórnea. Foi verificada concordância estatisticamente significativa entre os resultados obtidos pelas duas especialidades (teste Kappa, p <0.05). Conclusões: Este estudo permite sustentar a validação do protocolo pediátrico proposto, como método de rastreio oftalmológico fácil, rápido, económico e eficaz a efectuar na Consulta de Vigilância Infantil.
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