Todos diferentes, todos iguais: um percurso de aproximação pela semelhança

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Boléo, Ana
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10451/6123
Resumo: Tese de mestrado, Língua e Cultura Portuguesa, Universidade de Lisboa, Faculdade de Letras, 2012
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spelling Todos diferentes, todos iguais: um percurso de aproximação pela semelhançaComunicação interculturalMulticulturalismoEducação multiculturalTeses de mestrado - 2012Tese de mestrado, Língua e Cultura Portuguesa, Universidade de Lisboa, Faculdade de Letras, 2012A sociedade moderna confronta-se atualmente com uma crescente mobilidade de indivíduos, que facilmente viajam e muitas vezes imigram, fixando-se em países com raízes culturais diferentes daquelas com que conviveram toda a vida. A habituação a novas regras nem sempre é pacífica e o debate interno de muitos imigrantes acerca da sua própria identidade cria conflitos difíceis de discernir e influencia as gerações seguintes. Portugal sempre teve uma longa história de emigração, impelida pelos Descobrimentos e na segunda metade do século XX começou a ser país de acolhimento, primeiro a partir dos anos 70, de indivíduos oriundos das ex-colónias portuguesas e, mais tarde, na década de 90, de indivíduos vindos de países do leste da Europa. Mais recentemente, Portugal tem sido procurado por muitos brasileiros que, fixando a sua vida neste país, vieram acrescentar mais uma nacionalidade às muitas que já existiam no território português. Perante este cenário diversificado no que diz respeito à origem de quem vive em Portugal e com o nascimnto de crianças que se começaram a integrar no sistema de ensino, surgiram questões novas na sociedade portuguesa, para as quais deveriam ser encontradas estratégias à medida. Aproveitando o financiamento da União Europeia de iniciativas relacionadas com a imigração, uma delas designada por iniciativa comunitária EQUAL, muitos foram aqueles que apresentaram projetos relacionados com esta área. De salientar o Vamos Utopiar, no qual tive oportunidade de estar envolvida durante três anos, concretamente nas ações que reuniram três associações parceiras, a Associação Guias de Portugal, a Associação Melhoramentos e Recreativo do Talude e o Graal, cujos objetivos passaram por proporcionar o diálogo intercultural através da promoção da interação entre crianças e jovens de diferentes culturas, tendo por base o que as aproximava, o que tinham de idêntico. As três associações trabalharam em conjunto, orientando-se nos seguintes pilares, que sustentam a metodologia aplicada:  PARCERIA, pois sem haver entendimento, responsabilização e motivação das associações mobilizadoras das crianças e jovens, não é possível que o projeto se concretize;  FORMAÇÃO sobre pedagogia para a interculturalidade, sem a qual os técnicos e os adultos envolvidos não saberiam responder a questões específicas, nem agir em situações concretas; vii  COOPERAÇÃO ENTRE CRIANÇAS E JOVENS, uma vez que a metodologia de construção do diálogo intercultural se baseia no trabalho em grupo e na aprendizagem com os pares. A parceria entre as três associações mencionadas anteriormente teve a duração de dois anos e, findo esse tempo, a Associação Guias de Portugal formou nova parceria com a Escola Fernando Lopes Graça, no sentido de aferir em contexto formal a aplicabilidade da estratégia testada em contexto não formal. Havendo várias teorias acerca das questões da imigração, que diferem quer por aspetos temporais, quer espaciais, o projeto Vamos Utopiar defende a interculturalidade como modelo de construção do diálogo intercultural, ou seja, acredita que só a convivência, e não apenas a coexistência, pode trazer frutos realmente positivos, como o respeito por outras culturas e a segurança de que a todos são concedidos os mesmos direitos.ABSTRACT: The modern society faces nowadays a growing mobility of its individuals, who easily travel and often move abroad, settling in countries with different cultural roots than the ones they have known all their lives. Getting used to a new set of rules isn’t always peaceful and the internal struggle felt by many immigrants about their own identity causes conflicts that are hard to deal with and affects coming generations. Portugal has always had a long emigration history, propelled by the Portuguese discoveries period and in the second half of the XX century started its role as a welcoming country, first in the 70s, of people from the portuguese ex-colonies and, later, in the 90s, of people from the eastern Europe countries. Recently, Portugal has been sought out by brazilians that, settling in this country, added one more nationality to the many that already existed in portuguese territory. With this diversification in what concerns the origins of the ones living in Portugal and with the birth of children who started enrolling in the school system, new situations emerged, for which there should have been carefully planned strategies. Taking advantage of the European Union’s financing for immigration related projects, one of which called EQUAL, many wanted to work in this specific area. One of them was Vamos Utopiar (Let’s utopiate), in which I had the opportunity to be involved for three years, more specifically in projects that united three partner associations, Associação Guias de Portugal1, Associação Melhoramentos e Recreativo do Talude2 and Graal3, whose objectives were to develop intercultural communication through the promotion of interaction between children and adolescents from different cultures, setting as its corner stone what they had in common, what brought them closer. These three associations worked together, standing on these pillars that supported the method employed:  PARTNERSHIP, for without understanding, responsabilization and motivation from the associations who mobilize these children and adolescents, the project cannot be completed;  SKILLS DEVELOPMENT on intercultural pedagogy, without which the technicians and adults involved wouldn’t know how to respond to certain questions and situations; 1 Portuguese Girl Guide Association 2 Association for the improvement and recreation of Talude, a inner city area 3 Portuguese Grail Association ix  COOPERATION BETWEEN CHILDREN AND ADOLESCENTS, since the intercultural dialog building method is based on group work and learning from your peers. The partnership between the above mentioned associations had a two year duration and, after it had elapsed, Associação Guias de Portugal formed a new partnership with Fernando Lopes Graça School, to ascertain the applicability in a formal context of the strategy tested in a non-formal one. Having various theories on the immigration questions, that differ because of their time and space aspects, Vamos Utopiar project defends that interculturalism is the best mode to build an intercultural dialog, believing that only by interacting as opposed to just coexisting can one expect to reach really positive goals, such as respect for other cultures and the safety in knowing that everyone is given the same rights.Mata, Inocência,1957-Repositório da Universidade de LisboaBoléo, Ana2012-04-23T15:18:32Z20122012-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10451/6123porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-07-14T15:03:14ZPortal AgregadorONG
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