1928 - Pacto Briand-Kellog: a Europa da utopia
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2008 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/11144/1203 |
Resumo: | Ao aproximar-se o final da década de 1920, a generalidade do continente europeu vivia uma inebriante sensação de paz e prosperidade. A lembrança da guerra não passava já de uma recordação longínqua, os trabalhos de reconstrução dos territórios devastados pelo conflito de 1914-1918 prosseguiam, as economias nacionais recuperavam os índices de produtividade e até as principais diplomacias pareciam querer entender-se nos aspectos que até então as dividiam. Os inimigos de ontem queriam esquecer essa condição. A França, depois da vitória da esquerda socialista nas eleições de Maio de 1924, parecia querer entrar num tempo novo. O estrito cumprimento do Tratado de Versalhes deixou de ser prioritário para os seus governantes. Por outro lado, a segurança externa prescindiu de ficar tão dependente do apoio das alianças tradicionais como até então, investindo a sua confiança no desempenho das instituições internacionais, como a Sociedade das Nações, e no recurso aos processos de arbitragem enquanto forma de alcançar um desarmamento controlado e eficaz. A Alemanha também estava disposta, finalmente, ao fim de seis anos, a reconhecer a perda da Alsácia-Lorena para a França e das regiões fronteiriças de Malmédy e Eupen para a Bélgica em troca de algumas concessões como a promessa gaulesa da evacuação de Colónia e a redução das forças de ocupação no seu país. |
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1928 - Pacto Briand-Kellog: a Europa da utopiaAo aproximar-se o final da década de 1920, a generalidade do continente europeu vivia uma inebriante sensação de paz e prosperidade. A lembrança da guerra não passava já de uma recordação longínqua, os trabalhos de reconstrução dos territórios devastados pelo conflito de 1914-1918 prosseguiam, as economias nacionais recuperavam os índices de produtividade e até as principais diplomacias pareciam querer entender-se nos aspectos que até então as dividiam. Os inimigos de ontem queriam esquecer essa condição. A França, depois da vitória da esquerda socialista nas eleições de Maio de 1924, parecia querer entrar num tempo novo. O estrito cumprimento do Tratado de Versalhes deixou de ser prioritário para os seus governantes. Por outro lado, a segurança externa prescindiu de ficar tão dependente do apoio das alianças tradicionais como até então, investindo a sua confiança no desempenho das instituições internacionais, como a Sociedade das Nações, e no recurso aos processos de arbitragem enquanto forma de alcançar um desarmamento controlado e eficaz. A Alemanha também estava disposta, finalmente, ao fim de seis anos, a reconhecer a perda da Alsácia-Lorena para a França e das regiões fronteiriças de Malmédy e Eupen para a Bélgica em troca de algumas concessões como a promessa gaulesa da evacuação de Colónia e a redução das forças de ocupação no seu país.OBSERVARE. Universidade Autónoma de Lisboa2015-06-16T11:05:11Z2008-01-01T00:00:00Z2008info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/mswordhttp://hdl.handle.net/11144/1203por978-989-619-135-1Fernandes, Paulo Jorgeinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-01-16T14:05:14ZPortal AgregadorONG |
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