Contribuição da palinologia para a caracterização paleoecológica e paleoclimática do cenozóico a norte do Douro

• Autor(a) principal: Poças, Maria Emília Pereira
• Data de Publicação: 2004
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/1822/577
• topic: 581; 551.77

O presente trabalho debruça-se sobre o estudo palínológíco de parte significativa dos depósitos cenozóicos continentais do Norte de Portugal, no sentido da obtenção de informação paleoecológíca, paleoclímátíca e estratígráfica. Após o enquadramento geológico dos perfis amostrados, a sinopse dos trabalhos anteriormente efectuados e a descrição da metodología adoptada, procedeu-se à inventariação do conteúdo mícrofitológíco (esporos e pólenes). Foram identificadas e comparadas com as espécies actuals, 6 formas de esporos e 44 de pólenes, indicando-se as suas exígêncías em termos climáticos. Para cada perfil são apresentados os resultados quantitativos e qualitativos, permitindo, por comparação com as exígêncías climáticas das espécies actuals, obter informações de índole paleoecológíca e paleoclímátíca. No sector NW de Portugal, estudaram-se amostras provenientes de S. Pedro da Torre (Río Minho) e Prado (Bacía do Cávado). Os palínomorfos recolhidos apontam para condições de clima bastante quente e húmido em S. Pedro da Torre. Em Prado, o reduzido número de amostras estudadas, a escassez de palínomorfos e a disparidade dos resultados apurados não permitiram obter informações conclusivas. Do NE de Portugal estudaram-se amostras provenientes de diversas localidades que, no conjunto, revelaram condições temperadas com verões quentes e invernos húmidos. Por último, comparam-se os resultados obtidos com outros provenientes da Bacia tercíáría do Douro e das Bacias cenozóicas portuguesas, no sentido de obter informações a nível estratígráfico. Apesar da escassez de palínomorfos, propõe-se idade Plíocéníco superior a início do Quaternário para a Formação de Barrocas (S. Pedro da Torre) e plíocéníca para a Formação de Vale Álvaro (Bragança).