Subnotificação de acidentes de trabalho de enfermeiros do serviço de urgência

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Arieiro, Vítor Manuel Quesado
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/20.500.11960/1343
Resumo: Os profissionais de enfermagem são o grupo na saúde com mais representatividade nas instituições de saúde e assumem pelas caraterísticas próprias da profissão que desempenham, um grupo de risco para os acidentes de trabalho devido ao seu conteúdo funcional. Os Serviços de Urgência expõem este grupo de profissionais, diariamente, a riscos de ordem biológica, química, física, mecânica e psicossocial, contribuindo para a ocorrência de acidentes de trabalho e doenças profissionais. O presente trabalho é um estudo descritivo de cariz epidemiológico, transversal, que pretende descrever as caraterísticas sociodemográficas e socioprofissionais dos enfermeiros, analisar a prevalência dos acidentes de trabalho e sua notificação e encontrar alguma relação entre as variáveis em torno da não notificação dos acidentes de trabalho. Pretende, também, identificar as causas, consequências dos acidentes não notificados, bem como, os motivos que levaram o enfermeiro a não notificar os mesmos. A população alvo é formada pelo universo dos enfermeiros dos três Serviços de Urgência de uma Unidade Local de Saúde do Norte do País que aceitaram responder ao questionário, construído para o efeito. A construção do mesmo teve como objetivo descrever e analisar os aspetos associados à não notificação, dos acidentes de trabalho sofridos no último ano de exercício profissional. Os dados sugerem que, 30,9% dos enfermeiros referem terem tido pelo menos um acidente de trabalho. Destaca-se a ocorrência de acidentes entre os enfermeiros com mais habilitações académicas. No total, foram relatados 57 acidentes, sendo que, 80,7% dos mesmos ficaram por notificar, verificando-se uma diferença estatística significativa entre a notificação de acidentes e a jornada média por turno. As causas mais referidas para a ocorrência do acidente não notificado foram a sobrecarga de trabalho, a agitação psicomotora do doente, o excesso de número de doentes/enfermeiro, o número elevado de doentes e a realização de várias tarefas em simultâneo. O fator de risco mais mencionado como causa dos acidentes não notificados foram os de origem mecânica e as consequências mais referidas estão relacionadas com o mesmo. Os motivos que reuniram mais concordância para a não notificação dos acidentes de trabalho foram a burocracia excessiva na participação do acidente e que do mesmo não adviria qualquer consequência.Espera-se, com este trabalho, que seja mais um contributo para a segurança deste grupo profissional no exercício das suas funções nos Serviços de Urgência, com uma consequente melhoria nos cuidados prestados ao doente/família
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O presente trabalho é um estudo descritivo de cariz epidemiológico, transversal, que pretende descrever as caraterísticas sociodemográficas e socioprofissionais dos enfermeiros, analisar a prevalência dos acidentes de trabalho e sua notificação e encontrar alguma relação entre as variáveis em torno da não notificação dos acidentes de trabalho. Pretende, também, identificar as causas, consequências dos acidentes não notificados, bem como, os motivos que levaram o enfermeiro a não notificar os mesmos. A população alvo é formada pelo universo dos enfermeiros dos três Serviços de Urgência de uma Unidade Local de Saúde do Norte do País que aceitaram responder ao questionário, construído para o efeito. A construção do mesmo teve como objetivo descrever e analisar os aspetos associados à não notificação, dos acidentes de trabalho sofridos no último ano de exercício profissional. Os dados sugerem que, 30,9% dos enfermeiros referem terem tido pelo menos um acidente de trabalho. Destaca-se a ocorrência de acidentes entre os enfermeiros com mais habilitações académicas. No total, foram relatados 57 acidentes, sendo que, 80,7% dos mesmos ficaram por notificar, verificando-se uma diferença estatística significativa entre a notificação de acidentes e a jornada média por turno. As causas mais referidas para a ocorrência do acidente não notificado foram a sobrecarga de trabalho, a agitação psicomotora do doente, o excesso de número de doentes/enfermeiro, o número elevado de doentes e a realização de várias tarefas em simultâneo. O fator de risco mais mencionado como causa dos acidentes não notificados foram os de origem mecânica e as consequências mais referidas estão relacionadas com o mesmo. Os motivos que reuniram mais concordância para a não notificação dos acidentes de trabalho foram a burocracia excessiva na participação do acidente e que do mesmo não adviria qualquer consequência.Espera-se, com este trabalho, que seja mais um contributo para a segurança deste grupo profissional no exercício das suas funções nos Serviços de Urgência, com uma consequente melhoria nos cuidados prestados ao doente/famíliaIn health care institutions, nurse are the most representative group and the specific technical features makes them a risk group for occupational accidents. The emergency department expose daily these professionals to biologic, chemical, physical, mechanic and psycho-social risks, which contributes to occupational accidents and professional diseases. This work is a descriptive study of transverse epidemiological nature, which aims to describe the socio-demographic and socio-economic characteristics of nurses, to analyze the prevalence of work-related accidents and their notification and find some relationship between the variables surrounding the non-notification of these accidents. It also aims to identify causes and consequences of the accidents that weren`t notified, as well to identify the nurses motives to avoid the occupational accidents notification. The target population were the nurse of the three emergency departments of a health Unit in the North of Country, which answered to the questionnaire, made for that effect. The questionnaire aim is to describe and analyse the aspects associated to the occupational accidents that weren`t notified in the last year. The data shows that 30,9% of the nurses had at least one occupational accident. Between nurses with more academic qualifications, exists a great number of accidents. They reported a total of 57 occupational accidents, but 80,7% of those weren`t notified. There is a significant statistic association between the notification of the occupational accidents with the average shift duration. The main causes of occupational accident not formally reported were, work overload, patient pshycomotor agitation, high number patients/nurse, large number of patients and the accomplishment of many tasks simultaneously. In the occupational accidents that weren`t notified, the most frequent risk factor reported was mechanic and the most consequences are related with it. The main reason for the not reporting occupational accidents was the excessive slowness of the administrative procedure and the believe that no warm would come from the accident. This works pursuits to be a contribute for the nurses safety working in the emergency departments, with the consequent health care improvement to the patients/family.2015-09-30T15:16:58Z2015-09-14T00:00:00Z2015-09-14info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/20.500.11960/1343TID:201142570porArieiro, Vítor Manuel Quesadoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-03-21T14:34:27ZPortal AgregadorONG
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