A perceção dos militares da GNR na receção da queixa /denúncia do crime de violência doméstica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Lopes, Andreia Sofia Amaral
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10362/150433
Resumo: A violência doméstica continua a marcar a atualidade, sendo as medidas de prevenção para o combate a este flagelo uma prioridade de diversas políticas públicas em Portugal, principalmente ao longo das últimas duas décadas. Nos últimos 30 anos Portugal tem vindo a desenvolver, ano a ano, planos de ação e medidas de mitigação do fenómeno. A violência doméstica continua a estar assente em padrões e assimetrias de género, sendo maioritariamente mulheres as vítimas. Em termos criminais, o ano de 2007 marca o início desta tipologia criminal no Código Penal português. A GNR atua diretamente no fenómeno, recebendo e encaminhado as vítimas, bem como na instrução de processos desta natureza. Enquanto força policial de natureza militar, composta por homens e mulheres, importa perceber se existem diferenças de género no atendimento das vítimas de Violência Doméstica. Este trabalho tem como finalidade perceber se existem diferenças no atendimento a vítimas sem forem atendidas por um homem ou por uma mulher. Importa também perceber qual a perceção dos militares relativamente ao fenómeno de Violência Doméstica, de que forma o sexo do militar, a sua antiguidade e formação específica interferem no atendimento. O foco desta investigação foi o comando territorial de Lisboa, foi realizada uma análise de conteúdo aos registos de Violência Doméstica deste comando no ano de 2020, no total de 127 registos analisados, onde foram intervenientes em cada registo, militares do mesmo sexo. Nas situações em que os militares se deslocam às residências seja nas situações que as vítimas se deslocam ao posto policial para efetuar a denuncia. Posteriormente foram realizadas quinze entrevistas semiestruturadas a militares previamente identificados no registo de Violência Doméstica, sendo feita uma análise de conteúdo semelhante ao realizados nos registos de queixas. Estas entrevistas tinham como principal objetivo perceber as perceções dos militares que atuam diariamente em crime de violência doméstica. Na interpretação de resultados foi possível identificar pequenas diferenças na forma de escrita em função do sexo do militar.
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Enquanto força policial de natureza militar, composta por homens e mulheres, importa perceber se existem diferenças de género no atendimento das vítimas de Violência Doméstica. Este trabalho tem como finalidade perceber se existem diferenças no atendimento a vítimas sem forem atendidas por um homem ou por uma mulher. Importa também perceber qual a perceção dos militares relativamente ao fenómeno de Violência Doméstica, de que forma o sexo do militar, a sua antiguidade e formação específica interferem no atendimento. O foco desta investigação foi o comando territorial de Lisboa, foi realizada uma análise de conteúdo aos registos de Violência Doméstica deste comando no ano de 2020, no total de 127 registos analisados, onde foram intervenientes em cada registo, militares do mesmo sexo. Nas situações em que os militares se deslocam às residências seja nas situações que as vítimas se deslocam ao posto policial para efetuar a denuncia. Posteriormente foram realizadas quinze entrevistas semiestruturadas a militares previamente identificados no registo de Violência Doméstica, sendo feita uma análise de conteúdo semelhante ao realizados nos registos de queixas. Estas entrevistas tinham como principal objetivo perceber as perceções dos militares que atuam diariamente em crime de violência doméstica. Na interpretação de resultados foi possível identificar pequenas diferenças na forma de escrita em função do sexo do militar.Domestic violence continues to mark the present, being a priority in preventive measures to combat this scourge. Over the last 30 years, Portugal has been developing year after year action plans and implementing measures to mitigate the phenomenon. Domestic violence continues to be based on gender patterns and asymmetries, with most victims being women. In criminal terms, the year 2007 marks the beginning of this criminal typology in the Portuguese Penal Code. The GNR acts directly in the phenomenon, receiving and referring victims, as well as instructing processes of this nature. As a military police force, composed of men and women, it is important to understand whether there are gender differences in the care of victims. This work aims to understand if there are differences in the care of victims without being attended by a man or a woman. It is also important to understand the perception of the military in relation to the Domestic Violence phenomena, in which way the soldier's gender, seniority and specific training interfere in the service. The focus of this investigation was the territorial command of Lisbon, a content analysis was carried out on the Domestic Violence records of this command in the year 2020, in a total of 127 participations where same-sex military personnel were involved in each record. In situations in which the military goes to the residences or in situations where victims go to the police station to file a complaint. Subsequently, fifteen semi-structured interviews were carried out with soldiers previously identified in the Dometic Violence register, with a content analysis similar to that carried out in the complaints registers. The main objective of these interviews was to understand the perceptions of the military who act daily in the crime of domestic violence. In the interpretation of results, it was possible to identify small differences in the form of writing depending on the sex of the militaryLeão, Sara Dalila Aguiar CerejoRUNLopes, Andreia Sofia Amaral2023-12-06T01:31:42Z2022-12-062022-05-122022-12-06T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10362/150433TID:203128621porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-03-11T05:32:24Zoai:run.unl.pt:10362/150433Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T03:54:05.473691Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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