Epidemiologia de estripes resistentes causadoras de ITU

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Lykholat, Veronika
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: eng
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10773/25635
Resumo: As infeções do trato urinário (ITU) são processos inflamatórios de etiologia infeciosa localizados no sistema urinário. O exame bacteriológico de urina é um dos exames mais pedidos nos serviços hospitalares. O número de casos da resistência aos antibióticos tem aumentado continuamente durante as últimas décadas devido ao seu uso excessivo e a adaptação de bactérias na presença destes fármacos. A invasão do trato urinário por estas bactérias pode levar ao internamento prolongado, mau prognóstico ou septicémia. Portanto, o registo contínuo de novos casos de incidência de infeções causadas por estirpes multirresistentes e a avaliação de mecanismos de resistência ao antibacterianos têm elevada importância na prática clínica. O alvo deste estudo foi avaliar a prevalência de estirpes multirresistentes (MDR) em isolados de amostras de urina no Centro Hospitalar do Baixo Vouga (CHBV, Aveiro), no primeiro semestre de 2018. A identificação e teste de suscetibilidade aos antimicrobianos (TSA) das estirpes isoladas da urina foram efetuados no sistema Vitek 2. Foram utilizados testes complementares para confirmar a presença de betalactamases de espectro alargado e confirmar a susceptibilidade à colistina. Durante o período que compreendeu este estudo foram isoladas 1289 estirpes, de EBU positivos tendo sido verificado que a maior percentagem de isolados provinha do serviço de Urgência. Registou-se uma maior prevalência de estirpes isoladas de amostras de urina no género feminino em comparação com o género masculino em todas faixas etárias, sendo a percentagem mais elevada em pacientes >65 anos. Verificou-se que as estirpes isoladas mais prevalentes são bactérias Gram-negativas, tal como E. coli (53.9 %), K. pneumoniae (12.4 %), P. mirabilis (6.3 %), P. aeruginosa (5.3 %) e menos prevalentes são bactérias Gram-positivas, tal como E. faecalis (4.5%), S. saprophyticus (3.1 %), S. aureus (1.5 %), E. faecium (1.4 %) e fungos - C. albicans (2.1%). Da totalidade de isolados, 25.5 % (n=326) foram identificados como MDR sendo as espécies mais pevalentes E. coli (n=124), K. pneumoniae (n=97), P. aeruginosa (n=25), E. faecium (n=16), S. aureus (n=11). A maior taxa de multirresistência foi observada em estirpes de A. baumannii (100 %), E. faecium (88.9 %), K. pneumoniae (61.0 %), S. aureus (57.9 %), P. aeruginosa (36.8 %), E. coli (17.8 %), P. mirabilis (17.3 %). Foram ainda identificadas 11 estirpes XDR de P. aeruginosa. Observou-se o seguinte perfil da resistência aos antimicrobianos nas estirpes MDR: 89.0% foram resistentes à amoxicilina/clavulanato, 98.8 % à ampicilina, 78.6 à ciprofloxacina, 66.6 % ao cotrimoxazol, 64.9 % à ceftazidima, 62.7 % à cefotaxima, 52.5 % à piperacilina/tazobactam, 51.4 % à cefepima, 51.0 % à gentamicina, 42.7 % à nitrofurantoína, 18.1 % à fosfomicina, 17.2 % à amicacina, 11.4 % ao meropenem, 7.0 % ao ertapenem, 1.7 % à colistina. A maior prevalência de estirpes MDR nas faixas etárias avançadas pode estar relacionada: 1) com maior incidência de ITU nessa faixa etária; 2) com existência de outras comorbilidades frequentes nesta faixa etária; 3) internamentos prolongados e medicação intensiva nestes pacientes. Elevada resistência aos antibióticos nas estirpes MDR é preocupante. Tendo em conta a resistência aos antibacterianos detetada podemos concluir que a terapêutica empírica com maioria de beta-lactâmicos, exceto de carbapenemes, pode não ter efeito nas ITU causadas por estas estirpes. No entanto, a fosfomicina, nitrofurantoína, amicacina podem ser utilizadas com maior segurança nestas infeções. O aparecimento de resistência aos antibacterianos de último recurso, tal como aos carbapenemos e à colistina pode levar a ausência das opções terapêuticas. Portanto, a terapia diferenciada baseada no TSA é a opção mais segura no tratamento das ITU. Como o perfil das resistências aos antibacterianos é específico para cada localidade geográfica, a monitorização epidemiológica contínua e a procura constante de soluções para diminuir os riscos associados às resistências bacterianas é de extrema importância na prática clínica das unidades de saúde locais e os seus dados são relevantes para elaboração ou atualização do tratamento empírico adequado.
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O alvo deste estudo foi avaliar a prevalência de estirpes multirresistentes (MDR) em isolados de amostras de urina no Centro Hospitalar do Baixo Vouga (CHBV, Aveiro), no primeiro semestre de 2018. A identificação e teste de suscetibilidade aos antimicrobianos (TSA) das estirpes isoladas da urina foram efetuados no sistema Vitek 2. Foram utilizados testes complementares para confirmar a presença de betalactamases de espectro alargado e confirmar a susceptibilidade à colistina. Durante o período que compreendeu este estudo foram isoladas 1289 estirpes, de EBU positivos tendo sido verificado que a maior percentagem de isolados provinha do serviço de Urgência. Registou-se uma maior prevalência de estirpes isoladas de amostras de urina no género feminino em comparação com o género masculino em todas faixas etárias, sendo a percentagem mais elevada em pacientes >65 anos. Verificou-se que as estirpes isoladas mais prevalentes são bactérias Gram-negativas, tal como E. coli (53.9 %), K. pneumoniae (12.4 %), P. mirabilis (6.3 %), P. aeruginosa (5.3 %) e menos prevalentes são bactérias Gram-positivas, tal como E. faecalis (4.5%), S. saprophyticus (3.1 %), S. aureus (1.5 %), E. faecium (1.4 %) e fungos - C. albicans (2.1%). Da totalidade de isolados, 25.5 % (n=326) foram identificados como MDR sendo as espécies mais pevalentes E. coli (n=124), K. pneumoniae (n=97), P. aeruginosa (n=25), E. faecium (n=16), S. aureus (n=11). A maior taxa de multirresistência foi observada em estirpes de A. baumannii (100 %), E. faecium (88.9 %), K. pneumoniae (61.0 %), S. aureus (57.9 %), P. aeruginosa (36.8 %), E. coli (17.8 %), P. mirabilis (17.3 %). Foram ainda identificadas 11 estirpes XDR de P. aeruginosa. Observou-se o seguinte perfil da resistência aos antimicrobianos nas estirpes MDR: 89.0% foram resistentes à amoxicilina/clavulanato, 98.8 % à ampicilina, 78.6 à ciprofloxacina, 66.6 % ao cotrimoxazol, 64.9 % à ceftazidima, 62.7 % à cefotaxima, 52.5 % à piperacilina/tazobactam, 51.4 % à cefepima, 51.0 % à gentamicina, 42.7 % à nitrofurantoína, 18.1 % à fosfomicina, 17.2 % à amicacina, 11.4 % ao meropenem, 7.0 % ao ertapenem, 1.7 % à colistina. A maior prevalência de estirpes MDR nas faixas etárias avançadas pode estar relacionada: 1) com maior incidência de ITU nessa faixa etária; 2) com existência de outras comorbilidades frequentes nesta faixa etária; 3) internamentos prolongados e medicação intensiva nestes pacientes. Elevada resistência aos antibióticos nas estirpes MDR é preocupante. Tendo em conta a resistência aos antibacterianos detetada podemos concluir que a terapêutica empírica com maioria de beta-lactâmicos, exceto de carbapenemes, pode não ter efeito nas ITU causadas por estas estirpes. No entanto, a fosfomicina, nitrofurantoína, amicacina podem ser utilizadas com maior segurança nestas infeções. O aparecimento de resistência aos antibacterianos de último recurso, tal como aos carbapenemos e à colistina pode levar a ausência das opções terapêuticas. Portanto, a terapia diferenciada baseada no TSA é a opção mais segura no tratamento das ITU. Como o perfil das resistências aos antibacterianos é específico para cada localidade geográfica, a monitorização epidemiológica contínua e a procura constante de soluções para diminuir os riscos associados às resistências bacterianas é de extrema importância na prática clínica das unidades de saúde locais e os seus dados são relevantes para elaboração ou atualização do tratamento empírico adequado.Urinary tract infections (UTI) are inflammatory processes of infectious etiology located in the urinary system. However, the number of cases of antibiotic resistance has continuously increased over the last decades due to the adaptation of bacteria to growth in the presence of these drugs. Thus, the invasion of the urinary tract by these bacteria can lead to long hospitalization, bad prognosis and septicaemia. Therefore, the continuous registration of new cases of incidence of infections caused by multidrug-resistant strains and the evaluation of anti-bacterial resistance mechanisms are highly important in clinical practice. The aim of this study was to evaluate the incidence of multidrug resistant bacteria in urine samples of patients attending in CHBV (Centro Hospitalar do Baixo Vouga) during first semester of 2018. The strains identification and antibiotics susceptibility test (AST) were performed with Vitek 2 system. Confirmatory methods for extended spectrum beta lactamases production and colistin susceptibility were used. A total of 1289 strains were isolated. It was verified that the highest percentage of isolates came from the emergency room. A higher prevalence of strains in females was registered when compared to males in all age groups, being the highest percentage in patients ≥ 65 years old. The major prevalence of Gram-negative bacteria such as E. coli (53.9 %), K. pneumoniae (12.4 %), P. mirabilis (6.3 %), P. aeruginosa (5.3 %) and a minor prevalence of Gram-positive bacteria, such as E. faecalis (4.5%), S. saprophyticus (3.1 %), S. aureus (1.5 %), E. faecium (1.4 %) and fungi - C. albicans (2.1%) were observed. From the total of isolated strains, 25.5 % (n=326) showed to be MDR, where the most prevalent species were: E. coli (n=124), K. pneumoniae (n=97), P. aeruginosa (n=25), E. faecium (n=16) and S. aureus (n=11). The highest rate of multidrug resistance was observed in strains of A. baumannii (100 %), E. faecium (88,89 %), K. pneumoniae (61,01 %), S. aureus (57,89 %), P. aeruginosa (36,76 %), E. coli (17,84 %) and P. mirabilis (17,28 %). Also, eleven strains of P. aeruginosa were identified as XDR. The following profile of antimicrobial resistance in MDR strains was observed: 89.0% were resistant to amoxicillin/clavulanate, 98.8 % to ampicillin, 78.6 % to ciprofloxacin, 66.6 % to cotrimoxazole, 64.9 % to ceftazidime, 62.7 % to cefotaxime, 52.5 % to piperacillin/tazobactam, 51,4 % to cefepime, 51.0 % to gentamicin, 42.7% to nitrofurantoin, 18.1 % to fosfomycin, 17.2% to amikacin, 11.4 % to meropenem, 7.0 % to ertapenem, 1.7 % to colistin. The higher prevalence of MDR strains in the advanced age ranges may be related: 1) with higher incidence of UTI in this age group; 2) with the existence of other frequent comorbidity in this age group; 3) prolonged hospitalizations and intensive medication in these patients. Considering the resistance to antibiotics detected we can conclude that empirical therapy with a majority of beta-lactams, except for carbapenems, may have no effect on UTI caused by these strains. However, fosfomycin, nitrofurantoin, amikacin can be used more safely in these infections. The emergence of resistance to antibacterians of last resort, such as to carbapenems and colistin may lead to the absence of therapeutic options. Therefore, differentiated therapy based on the TSA is a safer option in the treatment of UTI. As the profile of antibacterial resistance is specific to each geographical location, continuous epidemiological monitoring and constant demand for solutions to reduce the risks associated with bacterial resistance is of utmost importance in clinical practice of local health units. Hence, epidemiological data are relevant for the elaboration or updating of the appropriate empirical treatment..2020-12-06T00:00:00Z2018-11-29T00:00:00Z2018-11-29info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10773/25635TID:202238954engLykholat, Veronikainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-02-22T11:49:42Zoai:ria.ua.pt:10773/25635Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T02:58:49.424173Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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