Prevalência de tromboembolismo pulmonar incidental em pacientes oncológicos: análise retrospectiva em grande centro

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Carneiro,Renata Mota
Data de Publicação: 2017
Outros Autores: Bellen,Bonno van, Santana,Pablo Rydz Pinheiro, Gomes,Antônio Carlos Portugal
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Jornal Vascular Brasileiro (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1677-54492017000300232
Resumo: Resumo Contexto Devido à maior aplicação de exames de imagem rotineiros, especialmente nos pacientes com neoplasia para controle da doença, vem aumentando o diagnóstico de tromboembolismo pulmonar (TEP) incidental, importante fator de morbimortalidade associado. Objetivo Identificar os casos de TEP incidental em pacientes oncológicos submetidos a tomografia computadorizada (TC) de tórax, correlacionando aspectos clínicos e fatores de risco associados. Métodos Estudo retrospectivo de todos os episódios de TEP ocorridos de janeiro de 2013 a junho de 2016, com seleção dos pacientes oncológicos e divisão deles em dois grupos: com suspeita clínica e sem suspeita clínica (incidentais) de embolia pulmonar. Resultados Foram avaliados 468 pacientes com TEP no período citado. Destes, 23,1% eram oncológicos, entre os quais 44,4% apresentaram achado incidental de embolia pulmonar na TC de tórax. Não houve diferença estatística entre os grupos para sexo, idade e tabagismo. Quanto à procedência, 58,3% dos pacientes sem suspeita clínica eram de origem ambulatorial e 41,7% com suspeita de TEP vinham do pronto-socorro (p < 0,001). As neoplasias mais prevalentes foram de pulmão (17,6%), intestino (15,7%) e mama (13,0%). Aqueles com achado incidental apresentaram significativamente mais metástases, sem diferença entre os grupos para realização de quimioterapia, radioterapia ou cirurgia recente. Quanto aos sintomas apresentados, 41,9% daqueles sem suspeita clínica tinham queixas sugestivas de TEP quando realizaram o exame. Conclusão TEP incidental é frequente em pacientes oncológicos, especialmente naqueles provenientes de seguimento ambulatorial e em estágios avançados da doença. Sintomas sugestivos de TEP estavam presentes em pacientes sem suspeita clínica ao realizarem a TC de tórax.
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