Risco de Morte em Idosos com Sonolência Excessiva Diurna, Insônia e Depressão: Estudo de Coorte Prospectiva em População Urbana no Nordeste Brasileiro

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Lopes,Johnnatas Mikael
Data de Publicação: 2021
Outros Autores: Galvão,Fábio Dantas, Oliveira,Angelo Giuseppe Roncalli da Costa
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Arquivos Brasileiros de Cardiologia (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0066-782X2021001100446
Resumo: Resumo Fundamento A íntima relação entre a regulação do sono e os eventos cardiovasculares é um dos principais focos de investigação na medicina contemporânea. Hábitos e características do sono interferem na ritmicidade cardíaca e também na expectativa de vida, principalmente em idosos. Objetivo Estimar o risco de óbito e de eventos cardiovasculares em idosos comunitários que apresentam queixa de insônia e sonolência excessiva diurna ao longo de oito anos de seguimento. Método Foi desenhada uma coorte prospectiva com 160 idosos, a primeira onda em 2009 e a segunda em 2017. Os grupos de seguimento foram determinados pela exposição ou não às queixas de insônia primária e a sonolência excessiva diurna, com ou sem ronco. As covariáveis sexo, estado conjugal, depressão, hipertensão e diabetes foram controladas. O desfecho primário foi o óbito e o secundário, os eventos cardiocerebrovasculares (ECV). As probabilidades dos desfechos foram estimadas pelo risco relativo (RR), através da regressão de Poisson, adotando-se α ≤ 0,05. Resultados Registraram-se 40 mortes no período (25,97%:19,04-32,89) e 48 ECVs (30,76%:23,52-38,01). Os homens apresentaram maior risco (RR = 1,88;1,01-3,50) de óbito. A depressão (RR = 2,04;1,06-3,89), a gravidade da insônia (RR = 2,39;1,52-4,56) e a latência do sono entre 16-30 minutos (RR = 3,54;1,26-9,94) e 31-60 minutos (RR = 2,23;1,12-4,47) aumentaram independentemente o risco de óbito em idosos comunitários. Os ECVs foram preditos apenas por idosos hipertensos e/ou diabéticos (RR = 8,30; 1,98-34,82). Conclusão A mortalidade em idosos é influenciada pelo estado emocional e pela dificuldade de dormir, diferentemente dos ECVs, condicionados apenas pelas condições pressóricas arteriais e metabólicas.
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