Transferências lipídicas para HDL em diabéticos tipo 2: associações com microalbuminúria, estatina e insulina

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Feitosa-Filho,Gilson Soares
Data de Publicação: 2009
Outros Autores: Seydell,Talita de Mattos, Feitosa,Alina Coutinho Rodrigues, Maranhão,Raul Cavalcante, Ramires,José Antônio Franchini
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Arquivos Brasileiros de Cardiologia (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0066-782X2009000200005
Resumo: FUNDAMENTO: O diabete melito tipo 2 (DM2) é um fator de risco isolado para coronariopatia, principalmente quando associado à microalbuminúria (MA). Alterações estruturais e funcionais das lipoproteínas não são totalmente esclarecidas nesse contexto. OBJETIVO: Avaliar a transferência de lípides para HDL (T) em pacientes DM2 e a associação com a presença da MA e com o tratamento com estatina ou insulina. MÉTODOS: Estudamos 33 pacientes com DM2 e 34 controles pareados para idade. Uma nanoemulsão lipídica artificial radiomarcada com ³H-Triglicéride (TG) e 14C-colesterol livre (CL) ou ³H-colesterol éster (CE) e 14C-fosfolípide (FL) foi incubada com plasma. A nanoemulsão e as lipoproteínas foram precipitadas, exceto a HDL, que teve sua radioatividade contada. RESULTADOS: A TFL (%) foi maior no grupo com DM2 que no grupo-controle (25,2±3,2 e 19,7±3,2 respectivamente; p < 0,001), assim como a TCL (%): 9,1±2,7 e 6,3±1,5 respectivamente; p < 0,001. O diagnóstico de MA não se associou a mudanças da propriedade de transferência. O uso da insulina associou-se à menor TFL (%): 23,5±2,1 contra 26,1±3,3; p = 0,018. Já o uso da estatina associou-se à queda de todas - TCE (%): 3,5±0,9; TFL (%):23,8±2,0; TTG (%): 3,9±0,8; TCL (%):7,4±1,3 - quando comparado ao grupo que não usava estatina (TCE (%):5,9±2,4; TFL (%):26,9±3,6; TTG (%):6,4±2,2; TCL (%):11,1±2,6). CONCLUSÃO: O DM2 aumentou a transferência de lípides de superfície para HDL, enquanto o uso de estatina diminuiu todas as transferências de lípides. A presença de MA não se associou às alterações das transferências de lípides.
id SBC-1_7eb5eaf04876749fded26d7fe9c41c91
oai_identifier_str oai:scielo:S0066-782X2009000200005
network_acronym_str SBC-1
network_name_str Arquivos Brasileiros de Cardiologia (Online)
repository_id_str
spelling Transferências lipídicas para HDL em diabéticos tipo 2: associações com microalbuminúria, estatina e insulinaColesterol HDLlipoproteínasdiabete melito tipo 2insulinainibidores de hidroximetilglutaril-CoA redutasealbuminúrianefropatias diabéticasFUNDAMENTO: O diabete melito tipo 2 (DM2) é um fator de risco isolado para coronariopatia, principalmente quando associado à microalbuminúria (MA). Alterações estruturais e funcionais das lipoproteínas não são totalmente esclarecidas nesse contexto. OBJETIVO: Avaliar a transferência de lípides para HDL (T) em pacientes DM2 e a associação com a presença da MA e com o tratamento com estatina ou insulina. MÉTODOS: Estudamos 33 pacientes com DM2 e 34 controles pareados para idade. Uma nanoemulsão lipídica artificial radiomarcada com ³H-Triglicéride (TG) e 14C-colesterol livre (CL) ou ³H-colesterol éster (CE) e 14C-fosfolípide (FL) foi incubada com plasma. A nanoemulsão e as lipoproteínas foram precipitadas, exceto a HDL, que teve sua radioatividade contada. RESULTADOS: A TFL (%) foi maior no grupo com DM2 que no grupo-controle (25,2±3,2 e 19,7±3,2 respectivamente; p < 0,001), assim como a TCL (%): 9,1±2,7 e 6,3±1,5 respectivamente; p < 0,001. O diagnóstico de MA não se associou a mudanças da propriedade de transferência. O uso da insulina associou-se à menor TFL (%): 23,5±2,1 contra 26,1±3,3; p = 0,018. Já o uso da estatina associou-se à queda de todas - TCE (%): 3,5±0,9; TFL (%):23,8±2,0; TTG (%): 3,9±0,8; TCL (%):7,4±1,3 - quando comparado ao grupo que não usava estatina (TCE (%):5,9±2,4; TFL (%):26,9±3,6; TTG (%):6,4±2,2; TCL (%):11,1±2,6). CONCLUSÃO: O DM2 aumentou a transferência de lípides de superfície para HDL, enquanto o uso de estatina diminuiu todas as transferências de lípides. A presença de MA não se associou às alterações das transferências de lípides.Sociedade Brasileira de Cardiologia - SBC2009-02-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0066-782X2009000200005Arquivos Brasileiros de Cardiologia v.92 n.2 2009reponame:Arquivos Brasileiros de Cardiologia (Online)instname:Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC)instacron:SBC10.1590/S0066-782X2009000200005info:eu-repo/semantics/openAccessFeitosa-Filho,Gilson SoaresSeydell,Talita de MattosFeitosa,Alina Coutinho RodriguesMaranhão,Raul CavalcanteRamires,José Antônio Franchinipor2009-04-06T00:00:00Zoai:scielo:S0066-782X2009000200005Revistahttp://www.arquivosonline.com.br/https://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||arquivos@cardiol.br1678-41700066-782Xopendoar:2009-04-06T00:00Arquivos Brasileiros de Cardiologia (Online) - Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC)false
dc.title.none.fl_str_mv Transferências lipídicas para HDL em diabéticos tipo 2: associações com microalbuminúria, estatina e insulina
title Transferências lipídicas para HDL em diabéticos tipo 2: associações com microalbuminúria, estatina e insulina
spellingShingle Transferências lipídicas para HDL em diabéticos tipo 2: associações com microalbuminúria, estatina e insulina
Feitosa-Filho,Gilson Soares
Colesterol HDL
lipoproteínas
diabete melito tipo 2
insulina
inibidores de hidroximetilglutaril-CoA redutase
albuminúria
nefropatias diabéticas
title_short Transferências lipídicas para HDL em diabéticos tipo 2: associações com microalbuminúria, estatina e insulina
title_full Transferências lipídicas para HDL em diabéticos tipo 2: associações com microalbuminúria, estatina e insulina
title_fullStr Transferências lipídicas para HDL em diabéticos tipo 2: associações com microalbuminúria, estatina e insulina
title_full_unstemmed Transferências lipídicas para HDL em diabéticos tipo 2: associações com microalbuminúria, estatina e insulina
title_sort Transferências lipídicas para HDL em diabéticos tipo 2: associações com microalbuminúria, estatina e insulina
author Feitosa-Filho,Gilson Soares
author_facet Feitosa-Filho,Gilson Soares
Seydell,Talita de Mattos
Feitosa,Alina Coutinho Rodrigues
Maranhão,Raul Cavalcante
Ramires,José Antônio Franchini
author_role author
author2 Seydell,Talita de Mattos
Feitosa,Alina Coutinho Rodrigues
Maranhão,Raul Cavalcante
Ramires,José Antônio Franchini
author2_role author
author
author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Feitosa-Filho,Gilson Soares
Seydell,Talita de Mattos
Feitosa,Alina Coutinho Rodrigues
Maranhão,Raul Cavalcante
Ramires,José Antônio Franchini
dc.subject.por.fl_str_mv Colesterol HDL
lipoproteínas
diabete melito tipo 2
insulina
inibidores de hidroximetilglutaril-CoA redutase
albuminúria
nefropatias diabéticas
topic Colesterol HDL
lipoproteínas
diabete melito tipo 2
insulina
inibidores de hidroximetilglutaril-CoA redutase
albuminúria
nefropatias diabéticas
description FUNDAMENTO: O diabete melito tipo 2 (DM2) é um fator de risco isolado para coronariopatia, principalmente quando associado à microalbuminúria (MA). Alterações estruturais e funcionais das lipoproteínas não são totalmente esclarecidas nesse contexto. OBJETIVO: Avaliar a transferência de lípides para HDL (T) em pacientes DM2 e a associação com a presença da MA e com o tratamento com estatina ou insulina. MÉTODOS: Estudamos 33 pacientes com DM2 e 34 controles pareados para idade. Uma nanoemulsão lipídica artificial radiomarcada com ³H-Triglicéride (TG) e 14C-colesterol livre (CL) ou ³H-colesterol éster (CE) e 14C-fosfolípide (FL) foi incubada com plasma. A nanoemulsão e as lipoproteínas foram precipitadas, exceto a HDL, que teve sua radioatividade contada. RESULTADOS: A TFL (%) foi maior no grupo com DM2 que no grupo-controle (25,2±3,2 e 19,7±3,2 respectivamente; p < 0,001), assim como a TCL (%): 9,1±2,7 e 6,3±1,5 respectivamente; p < 0,001. O diagnóstico de MA não se associou a mudanças da propriedade de transferência. O uso da insulina associou-se à menor TFL (%): 23,5±2,1 contra 26,1±3,3; p = 0,018. Já o uso da estatina associou-se à queda de todas - TCE (%): 3,5±0,9; TFL (%):23,8±2,0; TTG (%): 3,9±0,8; TCL (%):7,4±1,3 - quando comparado ao grupo que não usava estatina (TCE (%):5,9±2,4; TFL (%):26,9±3,6; TTG (%):6,4±2,2; TCL (%):11,1±2,6). CONCLUSÃO: O DM2 aumentou a transferência de lípides de superfície para HDL, enquanto o uso de estatina diminuiu todas as transferências de lípides. A presença de MA não se associou às alterações das transferências de lípides.
publishDate 2009
dc.date.none.fl_str_mv 2009-02-01
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0066-782X2009000200005
url http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0066-782X2009000200005
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv 10.1590/S0066-782X2009000200005
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv text/html
dc.publisher.none.fl_str_mv Sociedade Brasileira de Cardiologia - SBC
publisher.none.fl_str_mv Sociedade Brasileira de Cardiologia - SBC
dc.source.none.fl_str_mv Arquivos Brasileiros de Cardiologia v.92 n.2 2009
reponame:Arquivos Brasileiros de Cardiologia (Online)
instname:Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC)
instacron:SBC
instname_str Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC)
instacron_str SBC
institution SBC
reponame_str Arquivos Brasileiros de Cardiologia (Online)
collection Arquivos Brasileiros de Cardiologia (Online)
repository.name.fl_str_mv Arquivos Brasileiros de Cardiologia (Online) - Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC)
repository.mail.fl_str_mv ||arquivos@cardiol.br
_version_ 1752126556622290944