Anastomose mamária-coronária: análise de 2923 casos
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 1987 |
Outros Autores: | , , , , , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Brazilian Journal of Cardiovascular Surgery (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-76381987000100002 |
Resumo: | Foi a partir de 1972 que, no Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, se iniciou o emprego da anastomose mamária-coronária associada, ou não, a pontes de safena, ou a outros procedimentos. Nessa época, apenas a artéria mamária interna esquerda (AMIE) foi usada (57 casos) para a revascularização da descendente anterior (DA) ou diagonal. No período 1973/1974 (386 casos), já ocorreram as primeiras anastomoses seqüenciais AMIE-DA/DA, assim como a artéria mamária interna direita (AMID) passou a ser empregada para ramos diagonais. Com a finalidade de verificar a evolução tardia desta técnica, sua aplicação foi praticamente interrompida, entre 1975/1982, restringindo-se a apenas 43 casos, nesse período. Entretanto, a partir de 1982 até junho de 1986, ocorreu significativo incremento na sua aplicação (2374 casos), sendo que, desde então, a quase totalidade (93%) das cirurgias de revascularização do miocárdio tem uma ou mais coronárias tratadas com anastomose mamária-coronária. A combinação mais freqüente é AMIE/DA nos casos de mamária isolada e AMIE/DA e AMID/Mg Cx nos casos de dupla mamária. Contudo, observaram-se, na casuística, as mais variadas combinações (71) e associações, abrangendo, praticamente, todas as artérias coronárias. Analisando-se o pós-operatório imediato de um grupo isolado de 177 pacientes operados em 1984, observou-se que esta técnica não influiu na ocorrência de deiscência parcial, ou total, de esterno, em reoperação por sangramento; todavia, ocorreram, em 25% dos casos, elevação transitória da cúpula frénica, atelectasia em 17% e derrame pleural residual em 27,6%, geralmente concomitantes. Em relação à evolução tardia, num grupo de 754 pacientes com mamária e safena e com evolução até 9 anos, em 924 (71,8% dos enxertos reestudados, constataram-se índices de permeabilidade de 91,5% nas mamárias versus 70,6% (826) das pontes de safena. Em outro grupo (102 pacientes), com evolução entre 5 a 10 anos, apenas com mamária isolada, em 55 reestudos constataram-se 94,4% (50) de mamárias permeáveis e 5,6% (3) de ocluidas. A mortalidade intra-hospitalar, nos 2923 casos, foi de 3,45%. |
id |
SBCCV-1_25ce48f11fd5c1b7c35646c1fcb88745 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:scielo:S0102-76381987000100002 |
network_acronym_str |
SBCCV-1 |
network_name_str |
Brazilian Journal of Cardiovascular Surgery (Online) |
repository_id_str |
|
spelling |
Anastomose mamária-coronária: análise de 2923 casosanastomose mamária-coronáriaFoi a partir de 1972 que, no Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, se iniciou o emprego da anastomose mamária-coronária associada, ou não, a pontes de safena, ou a outros procedimentos. Nessa época, apenas a artéria mamária interna esquerda (AMIE) foi usada (57 casos) para a revascularização da descendente anterior (DA) ou diagonal. No período 1973/1974 (386 casos), já ocorreram as primeiras anastomoses seqüenciais AMIE-DA/DA, assim como a artéria mamária interna direita (AMID) passou a ser empregada para ramos diagonais. Com a finalidade de verificar a evolução tardia desta técnica, sua aplicação foi praticamente interrompida, entre 1975/1982, restringindo-se a apenas 43 casos, nesse período. Entretanto, a partir de 1982 até junho de 1986, ocorreu significativo incremento na sua aplicação (2374 casos), sendo que, desde então, a quase totalidade (93%) das cirurgias de revascularização do miocárdio tem uma ou mais coronárias tratadas com anastomose mamária-coronária. A combinação mais freqüente é AMIE/DA nos casos de mamária isolada e AMIE/DA e AMID/Mg Cx nos casos de dupla mamária. Contudo, observaram-se, na casuística, as mais variadas combinações (71) e associações, abrangendo, praticamente, todas as artérias coronárias. Analisando-se o pós-operatório imediato de um grupo isolado de 177 pacientes operados em 1984, observou-se que esta técnica não influiu na ocorrência de deiscência parcial, ou total, de esterno, em reoperação por sangramento; todavia, ocorreram, em 25% dos casos, elevação transitória da cúpula frénica, atelectasia em 17% e derrame pleural residual em 27,6%, geralmente concomitantes. Em relação à evolução tardia, num grupo de 754 pacientes com mamária e safena e com evolução até 9 anos, em 924 (71,8% dos enxertos reestudados, constataram-se índices de permeabilidade de 91,5% nas mamárias versus 70,6% (826) das pontes de safena. Em outro grupo (102 pacientes), com evolução entre 5 a 10 anos, apenas com mamária isolada, em 55 reestudos constataram-se 94,4% (50) de mamárias permeáveis e 5,6% (3) de ocluidas. A mortalidade intra-hospitalar, nos 2923 casos, foi de 3,45%.Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular1987-04-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-76381987000100002Brazilian Journal of Cardiovascular Surgery v.2 n.1 1987reponame:Brazilian Journal of Cardiovascular Surgery (Online)instname:Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular (SBCCV)instacron:SBCCVinfo:eu-repo/semantics/openAccessDinkhuysen,Jarbas JSouza,Luis Carlos Bento deFichino,Maria Zenaide SoaresChaccur,PauloArnoni,Antoninho SanfinsPiegas,Leopoldo SMagalhães,Hélio M. dePaulista,Paulo PSousa,J. Eduardo M. RJatene,Adib Dpor2011-02-16T00:00:00Zoai:scielo:S0102-76381987000100002Revistahttp://www.rbccv.org.br/https://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||rosangela.monteiro@incor.usp.br|| domingo@braile.com.br|| brandau@braile.com.br1678-97410102-7638opendoar:2011-02-16T00:00Brazilian Journal of Cardiovascular Surgery (Online) - Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular (SBCCV)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Anastomose mamária-coronária: análise de 2923 casos |
title |
Anastomose mamária-coronária: análise de 2923 casos |
spellingShingle |
Anastomose mamária-coronária: análise de 2923 casos Dinkhuysen,Jarbas J anastomose mamária-coronária |
title_short |
Anastomose mamária-coronária: análise de 2923 casos |
title_full |
Anastomose mamária-coronária: análise de 2923 casos |
title_fullStr |
Anastomose mamária-coronária: análise de 2923 casos |
title_full_unstemmed |
Anastomose mamária-coronária: análise de 2923 casos |
title_sort |
Anastomose mamária-coronária: análise de 2923 casos |
author |
Dinkhuysen,Jarbas J |
author_facet |
Dinkhuysen,Jarbas J Souza,Luis Carlos Bento de Fichino,Maria Zenaide Soares Chaccur,Paulo Arnoni,Antoninho Sanfins Piegas,Leopoldo S Magalhães,Hélio M. de Paulista,Paulo P Sousa,J. Eduardo M. R Jatene,Adib D |
author_role |
author |
author2 |
Souza,Luis Carlos Bento de Fichino,Maria Zenaide Soares Chaccur,Paulo Arnoni,Antoninho Sanfins Piegas,Leopoldo S Magalhães,Hélio M. de Paulista,Paulo P Sousa,J. Eduardo M. R Jatene,Adib D |
author2_role |
author author author author author author author author author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Dinkhuysen,Jarbas J Souza,Luis Carlos Bento de Fichino,Maria Zenaide Soares Chaccur,Paulo Arnoni,Antoninho Sanfins Piegas,Leopoldo S Magalhães,Hélio M. de Paulista,Paulo P Sousa,J. Eduardo M. R Jatene,Adib D |
dc.subject.por.fl_str_mv |
anastomose mamária-coronária |
topic |
anastomose mamária-coronária |
description |
Foi a partir de 1972 que, no Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, se iniciou o emprego da anastomose mamária-coronária associada, ou não, a pontes de safena, ou a outros procedimentos. Nessa época, apenas a artéria mamária interna esquerda (AMIE) foi usada (57 casos) para a revascularização da descendente anterior (DA) ou diagonal. No período 1973/1974 (386 casos), já ocorreram as primeiras anastomoses seqüenciais AMIE-DA/DA, assim como a artéria mamária interna direita (AMID) passou a ser empregada para ramos diagonais. Com a finalidade de verificar a evolução tardia desta técnica, sua aplicação foi praticamente interrompida, entre 1975/1982, restringindo-se a apenas 43 casos, nesse período. Entretanto, a partir de 1982 até junho de 1986, ocorreu significativo incremento na sua aplicação (2374 casos), sendo que, desde então, a quase totalidade (93%) das cirurgias de revascularização do miocárdio tem uma ou mais coronárias tratadas com anastomose mamária-coronária. A combinação mais freqüente é AMIE/DA nos casos de mamária isolada e AMIE/DA e AMID/Mg Cx nos casos de dupla mamária. Contudo, observaram-se, na casuística, as mais variadas combinações (71) e associações, abrangendo, praticamente, todas as artérias coronárias. Analisando-se o pós-operatório imediato de um grupo isolado de 177 pacientes operados em 1984, observou-se que esta técnica não influiu na ocorrência de deiscência parcial, ou total, de esterno, em reoperação por sangramento; todavia, ocorreram, em 25% dos casos, elevação transitória da cúpula frénica, atelectasia em 17% e derrame pleural residual em 27,6%, geralmente concomitantes. Em relação à evolução tardia, num grupo de 754 pacientes com mamária e safena e com evolução até 9 anos, em 924 (71,8% dos enxertos reestudados, constataram-se índices de permeabilidade de 91,5% nas mamárias versus 70,6% (826) das pontes de safena. Em outro grupo (102 pacientes), com evolução entre 5 a 10 anos, apenas com mamária isolada, em 55 reestudos constataram-se 94,4% (50) de mamárias permeáveis e 5,6% (3) de ocluidas. A mortalidade intra-hospitalar, nos 2923 casos, foi de 3,45%. |
publishDate |
1987 |
dc.date.none.fl_str_mv |
1987-04-01 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-76381987000100002 |
url |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-76381987000100002 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
text/html |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular |
publisher.none.fl_str_mv |
Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular |
dc.source.none.fl_str_mv |
Brazilian Journal of Cardiovascular Surgery v.2 n.1 1987 reponame:Brazilian Journal of Cardiovascular Surgery (Online) instname:Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular (SBCCV) instacron:SBCCV |
instname_str |
Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular (SBCCV) |
instacron_str |
SBCCV |
institution |
SBCCV |
reponame_str |
Brazilian Journal of Cardiovascular Surgery (Online) |
collection |
Brazilian Journal of Cardiovascular Surgery (Online) |
repository.name.fl_str_mv |
Brazilian Journal of Cardiovascular Surgery (Online) - Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular (SBCCV) |
repository.mail.fl_str_mv |
||rosangela.monteiro@incor.usp.br|| domingo@braile.com.br|| brandau@braile.com.br |
_version_ |
1752126592291700736 |