Pré-condicionamento precoce da medula espinal isquêmica: pesquisa em coelhos
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Publication Date: | 1998 |
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Format: | Article |
Language: | por |
Source: | Brazilian Journal of Cardiovascular Surgery (Online) |
Download full: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-76381998000200008 |
Summary: | Investigou-se a possibilidade de desencadear o fenômeno do pré-condicionamento, imediatamente antes da esquemia de 30 minutos, como meio adicional de proteção medular nos casos de pinçamento aórtico prolongado. Oitenta e sete coelhos da raça Nova Zelândia, distribuídos em 6 grupos, foram estudados. A isquemia medular resultou do pinçamento (P) da aorta abdominal, imediatamente após a origem da artéria renal esquerda. Estimulou-se o pré-condicionamento por curtos e repetidos períodos de isquemia, assinalados no texto por grifo, seguidos por variáveis tempos de reperfusão. Grupo I - Controle: 20 animais tiveram a aorta pinçada por 30 min. Dois (10%) recuperaram integralmente a motricidade e a sensibilidade das patas posteriores e cauda; 18 (90%) tornaram-se paraplégicos. Grupo II - Operação simulada: 10 (100%) animais operados como os do grupo anterior, exceto pelo não pinçamento da aorta, recuperaram plenamente as funções sensitivo-motoras. Grupo III - Pré-condicionamento: 10 animais - (P) 1 min ®15 min ®(P) 30 min® reperfusão final. Todos (100%) tornaram-se paraplégicos. Grupo IV - Pré-condicionamento: 6 animais - (P) 1 min ®5 min ®(P) 2 min ®5 min ®(P) 2 min ®5 min (P) 30 min ®reperfusão final. Cinco (83,33%) coelhos ficaram paraplégicos e 1 (16,66%) ficou monoplégico. Grupo V - Clorpromazina: 20 animais receberam clorpromazina por via endovenosa, na dose de 2 mg/kg peso, 10 min antes do pinçamento aórtico. Onze (55%) tiveram recuperação sensitivo-motora integral e 9(45%), ficaram paraplégicos. Grupo VI - Clorpromazina + pré-condicionamento: 21 animais receberam a clorpromazina como os do grupo anterior, sendo pré-condicionados da forma (P) 1 min ® 5 min ®(P) 1 min ® 5 min ®(P) 30 min ® reperfusão final. Nove 42,8%) tiveram recuperação sensitivo-motora integral e 2 (9,52%), recuperação parcial. Os demais (47,68%) ficaram paraplégicos. A análise estatística demonstrou não haver diferença significativa entre os resultados dos grupos III e IV, e quando ambos foram comparados com o grupo I. Não foi significativa a diferença entre os grupos V e VI, mas foi significativa quando ambos foram comparados com o grupo I (p<0,05). Estudo histológico - Outros 12 animais foram usados exclusivamente para o estudo histológico sob microscopia óptica: 6 do grupo controle e 6 com pré-condicionamento do tipo (P) 1 min ® 5 min ®(P) 1 min ® 5 min ® (P) 30 min ® reperfusão de 5 h. Os resultados, avaliados pelo percentual de neurônios isquêmicos, evidenciaram importante dispersão dos valores, sem diferença significativa entre os grupos, considerando-se a mediana desses números (p < 0,05). |
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Investigou-se a possibilidade de desencadear o fenômeno do pré-condicionamento, imediatamente antes da esquemia de 30 minutos, como meio adicional de proteção medular nos casos de pinçamento aórtico prolongado. Oitenta e sete coelhos da raça Nova Zelândia, distribuídos em 6 grupos, foram estudados. A isquemia medular resultou do pinçamento (P) da aorta abdominal, imediatamente após a origem da artéria renal esquerda. Estimulou-se o pré-condicionamento por curtos e repetidos períodos de isquemia, assinalados no texto por grifo, seguidos por variáveis tempos de reperfusão. Grupo I - Controle: 20 animais tiveram a aorta pinçada por 30 min. Dois (10%) recuperaram integralmente a motricidade e a sensibilidade das patas posteriores e cauda; 18 (90%) tornaram-se paraplégicos. Grupo II - Operação simulada: 10 (100%) animais operados como os do grupo anterior, exceto pelo não pinçamento da aorta, recuperaram plenamente as funções sensitivo-motoras. Grupo III - Pré-condicionamento: 10 animais - (P) 1 min ®15 min ®(P) 30 min® reperfusão final. Todos (100%) tornaram-se paraplégicos. Grupo IV - Pré-condicionamento: 6 animais - (P) 1 min ®5 min ®(P) 2 min ®5 min ®(P) 2 min ®5 min (P) 30 min ®reperfusão final. Cinco (83,33%) coelhos ficaram paraplégicos e 1 (16,66%) ficou monoplégico. Grupo V - Clorpromazina: 20 animais receberam clorpromazina por via endovenosa, na dose de 2 mg/kg peso, 10 min antes do pinçamento aórtico. Onze (55%) tiveram recuperação sensitivo-motora integral e 9(45%), ficaram paraplégicos. Grupo VI - Clorpromazina + pré-condicionamento: 21 animais receberam a clorpromazina como os do grupo anterior, sendo pré-condicionados da forma (P) 1 min ® 5 min ®(P) 1 min ® 5 min ®(P) 30 min ® reperfusão final. Nove 42,8%) tiveram recuperação sensitivo-motora integral e 2 (9,52%), recuperação parcial. Os demais (47,68%) ficaram paraplégicos. A análise estatística demonstrou não haver diferença significativa entre os resultados dos grupos III e IV, e quando ambos foram comparados com o grupo I. Não foi significativa a diferença entre os grupos V e VI, mas foi significativa quando ambos foram comparados com o grupo I (p<0,05). Estudo histológico - Outros 12 animais foram usados exclusivamente para o estudo histológico sob microscopia óptica: 6 do grupo controle e 6 com pré-condicionamento do tipo (P) 1 min ® 5 min ®(P) 1 min ® 5 min ® (P) 30 min ® reperfusão de 5 h. Os resultados, avaliados pelo percentual de neurônios isquêmicos, evidenciaram importante dispersão dos valores, sem diferença significativa entre os grupos, considerando-se a mediana desses números (p < 0,05). |
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