Experiência inicial da estimulação cardíaca artificial com marcapasso VDD de eletrodo único

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: GONÇALVES,Leonardo Augusto D'Ávila
Data de Publicação: 1998
Outros Autores: REIS FILHO,Fernando Antônio Roquete, LIMA,Luiz Cláudio Moreira, GOMES,Maurício de Castro, MOTA,Ricardo Grossi, MIRANDA,Cláudia Madeira, BRASIL,Juliana Amaral, VASCONCELLOS,André Von Sperling, FRANCO,Talulah Moreira, RABELO,Raul Corrêa, BERNARDES,Rodrigo de Castro
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Brazilian Journal of Cardiovascular Surgery (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-76381998000300013
Resumo: Objetivo: O objetivo deste estudo é avaliar o desempenho do marcapasso VDD com eletrodo único Dromos-Biotronic. Casuística e Métodos: Num período de 12 meses foram realizados 21 implantes de sistemas VDD com eletrodo único, no Instituto do Coração do Hospital Madre Teresa. Onze pacientes eram do sexo feminino, a média de idades foi de 59,8 anos (16 a 77). Todos os pacientes apresentavam bloqueio atrioventricular (BAV) avançado (BAV total e BAV segundo grau). A miocardiopatia chagásica foi a etiologia de maior prevalência (76,1%), seguido de pós-cirúrgico (14,3%), miocardioesclerose (4,7%) e de etiologia desconhecida (4,7%). Os pacientes utilizaram eletrodo SL 60-/13-UP Biotronic. A técnica de implante foi a tradicional para implantes VVI endocavitários, apenas com o cuidado de posicionar os anéis de "sensing" atrial em posição alta ou médio-alta no átrio e medir os potenciais desta cavidade. A avaliação pós-operatória foi realizada a nível ambulatorial, no terceiro mês de pós-operatório, constando de análise telemétrica, ecocardiográfica e teste de esforço em esteira, para avaliação da função ventricular, tolerância ao exercício e manutenção do sincronismo AV no repouso e durante movimento. Resultados: A análise telemétrica demonstrou boa captura atrial no repouso em todos os pacientes (100%). O teste de limiar de sensibilidade atrial revelou onda "P" média de 1,27 mV, sendo que apenas um paciente tinha sensibilidade atrial reprogramada para 0,1 mV devido a perda de captura dependente de posição; os demais pacientes foram mantidos com programação à nominal deste parâmetro (0,2 mV). A ecocardiografia revelou melhora da fração de ejeção em 71,4% dos pacientes e 90,47% relataram melhora funcional (NYHA). Ao teste de esforço 95,23% dos pacientes mantiveram o sincronismo AV no pico do esforço. Conclusão: A estimulação cardíaca artificial em VDD com eletrodo único demonstrou excelente alternativa à estimulação em DDD, porque manteve o sincronismo AV em repouso e no exercício, melhorou o desempenho hemodinâmico e, conseqüentemente, a classe funcional da maioria dos pacientes, sem a necessidade de se utilizar um segundo eletrodo, evitando, assim, as complicações de implante e seu acompanhamento deste. Desta forma, o sistema VDD com eletrodo único reúne as facilidades de implante dos sistemas VVI, com os benefícios hemodinâmicos dos sistemas DDD, devendo, pois, ser indicado em todos os pacientes que tenham estabilidade atrial e competência sinusal.
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