Técnica e resultados da endarterectomia de artéria coronária

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Salerno,Pedro R
Data de Publicação: 1994
Outros Autores: Dinkhuysen,Jarbas J, Chaccur,Paulo, Abdulmassih Neto,Camilo, Santos,Magaly A, Souza,Luiz Carlos Bento de, Jatene,Adib D
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Brazilian Journal of Cardiovascular Surgery (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-76381994000300004
Resumo: A abordagem cirúrgica da doença coronária sofreu grandes modificações nos últimos anos. Devido à possibilidade de angioplastia, os doentes encaminhados para cirurgia são aqueles com doença ateromatosa difusa grave e/ou com artérias ocluídas, geralmente responsável por uma área de músculo viável. Assim sendo, a endarterectomia de coronária é um recurso técnico que viabiliza a abordagem destes vasos. Em nosso Serviço, no Hospital do Coração, foram submetidos para cirurgia de revascularização do miocárdio (RM) com endarterectomia, no período de janeiro de 88 a dezembro de 92,110 pacientes(pts.). O sexo masculino predominou, com 99 (90%) pts. Encontramos com função ventricular normal 33 (30%), déficit moderado 71 (64,5%) e severo 6 (5,4%). Doze (10,9%) pts. eram reintervenção para nova RM. Dividimos em 2 grupos quanto ao número de endarterectomias realizadas. Grupo A com uma endarterectomia 104 (94,5%) pts. e Grupo B com mais de uma endarterectomia 6 (5,4%) pts. No Grupo A a coronária esquerda (CE) foi abordada em 38 (36,5%) pts. e a coronária direita (CD) 66 (63,4%) pts. No Grupo B com mais de uma endarterectomia a CE foi abordada 8 vezes e a CD outras 4. Em todos os casos o cirurgião removeu a endoartéria com a placa ateromatosa, com sucesso. A ocorrência de infarto trans-operatório na região da artéria endarterectomizada foi de 7 (6,3%) pts. e em regiões não relacionadas com as artérias manipuladas foi de 3 (2,7) pts. Em 9 (8,1 %) pts. foi realizado procedimento associado, como: aneurismectomia do ventrículo esquerdo 5 (4,5%) pts., troca de valva aórtica 1 (0,9%) e ventrículotomia para retirada de trombo em 3 (2,7%). As complicações mais freqüentes foram: arritmias 26 (23,6%) pts., insuficiência renal aguda 10 (9%) pts., síndrome de baixo débito (SBD) 4 (3,6%) pts. Ocorreram 5 (4,5%) óbitos, tendo como causa mais freqüente a SBD. Quatro (3,8%) pts., do Grupo A e 1 (16,6%) do Grupo B. Com esses resultados, verificamos que a endarterectomia é um procedimento que, utilizado criteriosamente, possibilita uma RM completa e com resultados consistentes.
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