Seguimento de pacientes de alto risco com carcinoma diferenciado de tireóide sem doença persistente após a terapia inicial

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rosário,Pedro Weslley S. do
Data de Publicação: 2006
Outros Autores: Borges,Michelle A. Ribeiro, Alves,Maria Flávia Gatti, Purisch,Saulo, Padrão,Eduardo Lanza, Rezende,Leonardo Lamego, Barroso,Álvaro Luís
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-27302006000500012
Resumo: Este estudo avaliou o seguimento de pacientes com câncer de tireóide de alto risco, após a terapia inicial. Foram selecionados 125 pacientes de alto risco (tumor >4 cm e/ou invasão extra-tireoidiana e/ou metástases linfonodais e idade >45 anos), com ressecção tumoral completa. Todos foram tratados com tireoidectomia total e ablação com 131I [3,7­5,5 GBq (100­150 mCi)] e foram excluídos 18 casos (14,8%) com metástases na PCI pós-dose (t-PCI). O valor preditivo negativo da Tg estimulada <1 ng/ml combinada ao US cervical na primeira avaliação (6­12 meses após a terapia ablativa) foi de 96,2% para ausência de recidivas em até 5 anos. Este valor aumentou para 98,7% quando acrescentamos a PCI com 185 MBq (5 mCi) 131I (d-PCI). O valor preditivo positivo (VPP) da Tg estimulada >1 ng/ml foi de 52% para presença de metástases detectadas até 5 anos depois, mas considerando apenas pacientes que apresentaram d-PCI e US negativos inicialmente, o VPP foi 19% (9% se Tg 1­10 ng/ml vs. 40% se Tg >10 ng/ml). Tg reduziu espontaneamente nos pacientes com Tg estimulada >1 ng/ml na primeira avaliação, US e d-PCI negativos e sem recidiva no seguimento, sendo indetectável em metade destes ao final de 5 anos. No primeiro ano após a terapia ablativa, 20 pacientes tiveram captação em leito tireoidiano na d-PCI com Tg estimulada e US negativos e não foram tratados com 131I; estes evoluíram sem recidiva e 60% apresentavam uma d-PCI sem nenhuma captação após 5 anos. Em pacientes sem doença aparente (no US e d-PCI) e Tg estimulada <1 ng/ml, a recidiva em 5 anos foi de apenas 1,3%. Um algoritmo para o seguimento de pacientes de alto risco após a terapia inicial é apresentado por este estudo.
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