O uso da mirtazapina como hipnótico

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Scoralick,Francisca Magalhães
Data de Publicação: 2015
Outros Autores: Camargos,Einstein Francisco, Nóbrega,Otávio Toledo
Tipo de documento: Artigo
Idioma: eng
Título da fonte: Geriatrics, Gerontology and Aging (Online)
Texto Completo: https://ggaging.com/details/64
Resumo: <p>A prescri&ccedil;&atilde;o de hipn&oacute;ticos aprovados para ins&ocirc;nia diminuiu em mais de 50%, enquanto de antidepressivos ultrapassou a dos primeiros. Entretanto, existem poucos dados sobre a sua efic&aacute;cia no tratamento da ins&ocirc;nia, e muitas dessas medica&ccedil;&otilde;es podem estar associadas com efeitos adversos desconhecidos. Antidepressivos est&atilde;o associados com v&aacute;rios efeitos nos padr&otilde;es do sono, o que depende basicamente das propriedades farmacol&oacute;gicas dos agentes ativos, tais como o grau de inibi&ccedil;&atilde;o dos receptores de serotonina ou noradrenalina, os efeitos nos receptores 5-HT1A e 5-HT2, a(s) a&ccedil;&atilde;o(&otilde;es) no receptor alfa-adren&eacute;rgico e/ou s&iacute;tios histamin&eacute;rgicos. A mirtazapina &eacute; um antidepressivo espec&iacute;fico, noradren&eacute;rgico e seroton&eacute;rgico que atua antagonizando os receptores alfa-2 adren&eacute;rgicos e bloqueando os receptores 5-HT2 e 5-HT3. Tem uma afinidade elevada para os receptores de histamin&eacute;rgicos H1, baixa afinidade para os receptores dopamin&eacute;rgicos e carece de atividade anticolin&eacute;rgica. Apesar destes efeitos ben&eacute;ficos potenciais da mirtazapina no sono, n&atilde;o h&aacute; ensaios cl&iacute;nicos randomizados controlados com placebo sobre a mirtazapina em ins&ocirc;nia prim&aacute;ria at&eacute; o momento. A mirtazapina foi associada com melhorias no sono em indiv&iacute;duos insones e em pacientes com depress&atilde;o. Os efeitos colaterais mais comuns da mirtazapina, como boca seca, sonol&ecirc;ncia, aumento de apetite e aumento de peso corporal, foram, sobretudo, r&aacute;pidos e transit&oacute;rios. Considerando seu uso frequente na popula&ccedil;&atilde;o geri&aacute;trica, este manuscrito traz uma revis&atilde;o acerca do uso da mirtazapina em transtornos do sono.</p>
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